14.9.02


Blog!







Parab�ns atrasados...

... ao meu querid�ssimo Victor. Tudo de bom, baby: aproveite bem esses 22 aninhos! Voc� � feliz e n�o sabe... Beijos!












13.9.02



Hoje �
dia de
BLOG!










O ateu e o urso

Recebi esta historinha do Christiano Rangel, que a recebeu do Fernando Antonio Mendes de Souza:

Um ateu estava passeando em um bosque, admirando o que, imaginava, a evolu��o havia criado:

-- Que belos animais! Que �rvores majestosas! Que rios caudalosos!

Caminhava absorto nesses pensamentos, quando ouviu um ru�do vindo de uns arbustos. Virou-se e se deparou com um imenso urso-pardo vindo em sua dire��o. Disparou a correr o mais r�pido que podia, mas era in�til: o urso se aproximava mais e mais. Era tanto o seu medo que l�grimas vieram-lhe aos olhos, turvando-lhe a vis�o. O cora��o batia freneticamente; tentou imprimir maior velocidade a seus passos, mas cego pelo choro trope�ou e caiu, desamparado.

Rolou pelo ch�o, tentou levantar-se, mas logo o urso estava em cima dele, prestes a devor�-lo. Neste exato momento, o ateu exclamou:

-- Oh, meu Deus...!

O tempo parou; o urso ficou sem rea��o; o bosque mergulhou em profundo sil�ncio e at� o rio parou de correr. Enquanto uma luz clara brilhava iluminando tudo misteriosamente, ouviu-se uma voz tronitruante, vinda do c�u:

-- Tu negastes a minha exist�ncia durante todos esses anos, ensinastes aos outros que eu n�o existia e reduzistes a cria��o a um acidente c�smico. Esperas agora que eu te ajude a sair do apuro? Devo eu esperar que tenhas f� em mim?

O ateu olhou diretamente para a luz e respondeu:

-- � verdade, seria hipocrisia da minha parte pedir que, de repente, passasses a me tratar como crist�o. Mas talvez, quem sabe? pudesses tornar o urso crist�o...

-- Muito bem. Se � isso o que me pedes...

A luz foi embora, o rio voltou a correr, os sons da floresta voltaram e, ent�o, o urso recolheu as patas. Fez uma pausa, abaixou a cabe�a e disse, contrito:

-- Senhor, agrade�o profundamente por este alimento que agora vou comer.






Uma Canon de... 11,1 megapixels!!!

Quem deu o aviso foi o Andr� Gurgel: um release que a Canon divulgaria apenas no dia 24, �s v�speras da Photokina, vazou. Passou meia hora na rede -- e a�, j� era! Foi capturado e est� aqui, estragando a surpresa: a SLR modelo EOS D1, uma c�mera digital com assombrosos 11.1 megapixels.

"Mais do que alt�ssima resolu��o, a nova m�quina oferece algo realmente in�dito" -- explica o Andr�. "Seu sensor interno tem o mesmo tamanho de um negativo 35mm. Este � o sonho dos fot�grafos profissionais em fase de migra��o para o meio digital, pois permite que se possa utilizar as mesmas lentes das c�meras 35mm convencionais, mas sem que o comprimento focal seja alterado. At� aqui, uma lente de 50mm se comporta como uma 80mm, por exemplo. O problema � ainda mais agudo com as grande-angulares, que s�o muito caras. Para se obter o efeito de uma 28mm � preciso uma 10mm -- mais cara ainda. Agora os profissas da arte luminosa t�m tudo (ou quase) para se sentirem seguros sem aqueles rolinhos de filme nos bolsos."




12.9.02


Not�cias do Barney, aqui









Esses s�o Alecrim e Pimenta, que moram com o Ad�o Iturrusgarai, e s�o t�o chiques que at� posam para fotos... Lindos! :-)





Salve nosso planeta. Mande Bush de volta ao dele.

Adesivo do Greenpeace, descolado pela Marina W.


Na mesma linha, mas ao contr�rio:

O que ser� da humanidade no dia em que a nave-m�e regressar � Terra e levar todos os gatos de volta?!

Ah! O Dudi avisa que agora tem Baile Blogue geral! Os meus pinguinzinhos j� est�o l� dan�ando...







Eu sei, eu sei -- todo mundo j� cansou de falar sobre isso ontem, mas eu s� agora voltei para casa, para o computador, para as not�cias. Uma declara��o do presidente Bush me chamou a aten��o:

"N�o permitiremos que nenhum terrorista ou tirano ameace a civiliza��o com armas de assassinato em massa."

T�: mas o exemplo come�a em casa?






Estou devendo resposta a um monte de emails, a coment�rios feitos aqui e no �lbum de visitas: mil perd�es, pessoal, mas a barra est� t�o pesada...! Al�m do meu trabalho normal estou com duas pautas pesadas, uma tradu��o pelo meio, um conto sobre gatos que j� estourou todos os prazos... Um dia eu ponho a vida (e este blog) em dia, prometo {sigh}.

Enquanto isso, aproveito a sorte de ter amigos que escrevem bem! Tom Taborda -- que at� hoje n�o sei por que n�o tem um blog -- me mandou ontem esta mensagem. Estava sem acesso, s� a recebi agora. Resolvi divid�-la com voc�s. Com um dia de atraso -- ou de adiantamento, dependendo da �tica de calend�rio que se queira adotar:

"No dia 13/set/2001, enviei a msg abaixo para o Dines. Nas nossas 'videoretinas', temos estampadas imagens indel�veis do atentado.

Mas � sempre bom lembrar que estas marcantes imagens foram sendo criadas nas salas de edi��o, posteriormente. Fica a impress�o, hoje, de uma brilhante cobertura da CNN, quando na verdade, do ponto de vista tele-jornal�stico, foi um fiasco: demonstrou falta de agilidade, despreparo e incapacidade de cobrir o acontecimento (c� pr� n�s: uma �nica c�mera num terra�o distante � inadimiss�vel! Nem mesmo o 'Cidade Alerta' faria uma coisa dessas, teria um helic�ptero e alguns motoqueiros despachados para o local). Faltou chefia de reportagem na sucursal novaiorquina.

Como t�m toneladas de dinheiro, nos dias seguintes foram comprando as imagens dispon�veis, de amadores e profissionais independentes. E fica a id�ia que cobriram o fato de todos os �ngulos. A reputa��o est� salva.

Mas os americanos s�o mesmo mestres em 'colocar todos seus fracassos nas Paradas de Sucesso' (vide o filme "Falc�o Negro em Perigo/Black Hawk Down", um fiasco militar pintado com cores de hero�smo; pat�tico, se comparado com "Galipoli", filme australiano sobre uma derrota militar, que � maravilhoso).


Dos terra�os da CNN

por Tom Taborda


Avisam-me da inimagin�vel trag�dia do WTC. Liguei as televis�es (s�o tr�s aqui no meu escrit�rio -- uma na Globo, outra na Record e a terceira na DirecTV, alternado a CNN, a BBC e a TVEspa�a; infelizmente n�o tenho a NET). O ato terrorista pegou n�o apenas o governo americano desprevenido, como tamb�m exp�s o despreparo da CNN em cobrir o inesperado: uma �nica c�mara, no alto de um terra�o t�o mal situado que, quando o segundo avi�o chocou-se, estava eclipsado pela torre da frente. E esta inepta loca��o manteve-se durante todos os dias seguintes. Tudo bem que, num primeiro momento, fosse o primeiro acampamento, enquanto outras equipes se posicionassem em outros terra�os, outras janelas, outras ruas, outros pontos de vista. Mas isso n�o ocorreu, n�s telespectadores ficamos ref�ns de um �nico ponto de vista. A 'est�tica' CNN, consolidada na Guerra do Golfo, consiste em mostrar pr�dios � dist�ncia sendo bombardeados. S�o pr�dios, constru��es inanimadas. N�o existem pessoas, dentro dos pr�dios, n�o h� gente, n�o h� sangue, n�o h� suor, l�grimas ou sofrimento. N�o h� vida. No dia seguinte, um novo terra�o amorfo da CNN: em Cabul. A CNN confunde 'cobertura' com 'terra�o'. E n�o ag�ento mais os terra�os, o distanciamento da CNN! N�o ag�ento mais a mesma escavadeira � dist�ncia, do mesmo ponto de vista, a vasculhar os escombros (n�o d� para colocar duas, tr�s, cinco c�meras no local?). Ser� que h� alguma restri��o, unwritten law, do governo em rela��o �s imagens de uma trag�dia?

A Globo, convenhamos, deu 'um show' de jornalismo, ativando toda a sua infra-estrutura: os rep�rteres, produtores e c�meras, exibindo variados quadros e �ngulos da trag�dia. At� mesmo a imagem da janela do escrit�rio, com as multid�es escoando pelas ruas e, mais tarde, as mesmas ruas desertas com o carro de pol�cia parado, tinha mais emo��o. Naquela noite, no Jornal Nacional, os editores de VT, mais uma vez mostraram porqu� seus nomes aparecem nos bem-merecidos cr�ditos de edi��o. Outro show de efici�ncia, que nenhuma outra emissora fez igual (abro um par�nteses para louvar que sempre apreciei a qualidade das edi��es da TV Globo, mesmo quando flagrantemente apelativas, no emocional, s�o precisos nesta proposta; ninguem edita VT t�o bem quanto os editores de VT da Globo, altamente profissionais, os melhores do mercado).

Com menos recursos locais, usando imagens de sat�lite foi igualmente satisfat�ria a cobertura da TVEspa�a. Quase na madrugada, descobri zapando que a MTV.LA estava transmitindo a programa��o da CBS. Vi muito pouco, j� o final do dia, mas a cobertura local me pareceu infinitamente superior � da CNN.

E, para terminar, como meu irm�o, Felipe Taborda lembrou: ele desconfia de manipula��o propagand�stico das imagens, repetidamente mostradas, daqueles palestinos comemorando. Nada nas imagens atesta que eles estejam, de fato, comemorando o dito bombardeio (nenhum deles segura um jornal com as imagens das torres em chamas, por exemplo) e � uma m�sera rua, meia d�zia de pessoas, com uma padaria cujo dono distribui bolos. Pode ser comemora��o de um time de futebol ou at� mesmo o nascimento do filho do dono da padaria. Ocorrida naquele dia, na semana anterior, ou imagens de arquivo. J� vimos antes comemora��es nacionais anti-americanas nos pa�ses �rabes e as imagens s�o completamente diferentes.

Desconfie sempre do que dizem ser as imagens, sobretudo propagandas que inflamam �dios.





10.9.02


Serra e os gen�ricos (do software)

Ontem Jos� Serra veio ao Globo para uma esp�cie de debate diferente, em que n�o havia tempo marcado e em que v�rios de n�s (mais cinco assinantes sorteados pelo jornal) fizemos perguntas sobre diversos assuntos. Ao longo da semana, os outros candidatos v�o passar pela mesma sabatina.

Eu gostei da forma como ele respondeu, inclusive � minha pergunta, para a qual n�o tinha resposta -- tendo, em compensa��o, humildade e coragem para reconhecer isso. Eu quis saber se, como homem que j� se bateu contra o cartel dos laborat�rios farmac�uticos a favor dos rem�dios gen�ricos, ele n�o pensava em fazer a mesma coisa em rela��o a softwares gen�ricos. Ou seja, em adotar software livre nas ag�ncias e nas iniciativas governamentais.

Cora: Queria saber se h� no seu programa de governo uma id�ia de partir para o gen�rico do software?

Serra: H� uma id�ia gen�rica (risos). Mas, partindo da id�ia que voc� exp�s, vai ser uma id�ia menos gen�rica. Voc� me chamou a aten��o para um aspecto que tenho que confessar que eu n�o sabia. � uma contribui��o que voc� deu.

Acho a falha grave; mas acho que foi compensada pela sinceridade da resposta e pelo fato de, depois, ele me ter feito v�rias perguntas, de fato interessadas, a respeito do assunto. Teria sido muito simples inventar uma bobagem qualquer ou, como tanto se faz por a�, desconversar e sair pela tangente. Gostei que n�o tenha feito isso.

Se ele de fato correr atr�s de informa��es sobre o assunto vai ser muito legal.

Em tempo: a Teresa Cruvinel escreve hoje sobre o caso.




8.9.02


9/11

A menos que a gente esteja disposta a se enterrar num buraco sem qualquer esp�cie de comunica��o com o mundo exterior, vai ser imposs�vel escapar do anivers�rio dos ataques terroristas aos EUA. N�o h� jornal ou revista que n�o fa�a, ou j� n�o tenha feito neste fim de semana, uma cobertura especial dos acontecimentos e uma an�lise pormenorizada do ano que passou. A televis�o est� a mil -- para n�o falar, claro, na internet.

Algo me diz que, no dia 12, estaremos todos de ressaca dessa overdose de homenagens, reflex�es e diatribes. Antes disso, por�m, vale a pena dar um pulo no New York Times, que fez uma hist�ria multim�dia fant�stica da duas torres do WTC, dos primeiros projetos � derrocada final.

Entre dezenas de fotos, desenhos e artigos, um texto, particularmente, me chamou a aten��o. Foi escrito por Ada Louise Huxtable, cr�tica de arquitetura (isso existe!) e publicado no pr�prio Times, em maio de 1966, quando as torres come�aram a sair do papel. Chama-se Who's afraid of the big, bad buildings? e termina assim:

"Quem tem medo dos grandes pr�dios maus? Todo mundo, porque h� tantos fatores no gigantismo que desconhecemos. A aposta de triunfo ou trag�dia numa escala dessas -- pois no fundo � isso, uma aposta -- exige dividendos extraordin�rios. As torres do Trade Center podem vir a ser o come�o de uma nova era dos arranha-c�us, ou as maiores l�pides do mundo."

Passados 35 anos, as duas profecias se realizaram.








Ganhei do Daniel: bonitinho!





Cuidado: game viciante!

Achei a dica no Stanley. N�o recomendo, se voc� ainda quiser fazer alguma coisa hoje; caso contr�rio, vai fundo...