23.2.02


Morrer ainda vá lá...

Achei no Pensagens:

Dois homens condenados à cadeira elétrica no mesmo dia foram levados à sala de execução. O padre lhes deu a extrema unção, o carcereiro fez o discurso formal e uma prece final foi rezada pelos presentes. O carrasco, voltando-se para o primeiro homem, perguntou:

-- Você tem um último pedido?

-- Sim, eu tenho. Como eu adoro pagode, gostaria de ouvir Os Travessos, SPC , É o Tchan e Molejo pela última vez!

-- Concedido -- disse o carrasco, que virou-se para o segundo condenado e perguntou:

-- E quanto a você, qual é o seu último pedido?

-- Por favor, posso morrer primeiro?







Casa dos Presidenciáveis

A Vania, que não deixou nem e-mail nem URL, pôs este texto nos comentários a respeito da idéia do voto contra do Millôr. Achei muito engraçado! Se alguém conhecer o autor, avise, para que a gente dê o devido crédito:

"Em vez de termos horário eleitoral gratuito este ano, alguém podia inventar a 'Casa dos Presidenciáveis'. Todos os candidatos juntos em uma casa, com transmissão 24 horas por dia nos canais da TV paga e com os melhores momentos passando todos os dias, em programas de 45 min.

As pessoas iriam votando pela internet ou por telefone (bastava discar um número e dizer o seu título de eleitor) e, no final, o candidato que restasse 'ganharia' a presidência do Brasil. Assim conheceríamos os candidatos como realmente são -- ninguém conseguiria ficar dois meses inteiros 'fingindo'. E poderiam existir tarefas como culitivar uma horta, dividir as tarefas de limpeza da casa, distribuir os quartos entre as pessoas, etc. Algo que testasse na prática e em escala menor como eles resolveriam problemas que atravancam o País.

Também seria bom para sentirem na pele o que o povo sente. A 'Casa' estaria dentro do programa de racionamento de energia e sofreria apagões programados. Faltaria água (também de forma controlada). Eles teriam direito a uma cesta básica por mês cada um. E assim por diante.

As TVs ganhariam vendendo cotas de patrocínio e merchandising na 'Casa'. A população, pela sua curiosidade mórbida e por não ter nada melhor (ou pior) para ver ia acabar assistindo. O programa podia ser apresentado pelo Sílvio Santos. Isso se ele não quisesse concorrer à presidência. Nesse caso, o Ratinho podia ser o âncora. E o melhor é que, se um deles topasse ir, os outros acabariam indo.

Por isso eu lanço aqui a minha campanha: eleição 2002 é na 'Casa dos Presidenciáveis' !!! "





Imperdível!

Marcos Sá Corrêa dá um show de bola e de mosquito no no. de hoje. Muito bom! Um trechinho:

"As bromélias sempre andaram soltas pelo Rio de Janeiro sem que a cidade desconfiasse de suas intenções. Oblíquas e dissimuladas, as tais plantas estavam quietas desde que o sanitarista Oswaldo Cruz acabou com as epidemias do mosquito. Esperaram cem anos para armar um novo bote contra a saúde pública".

Bom -- aí, já que vocês vão mesmo lá pro no., não deixem de conferir o dramático depoimento da Ana Lagoa, que conta como quase morreu de dengue. Em 1984...





Planeta Blog BR: a grande família

Não sei qual é a dinâmica dos blogs no resto do mundo mas, no Brasil, o Planeta Blog é engraçado, inteligente, implicante, confessional, solidário e, essencialmente, comunitário. Estou chegando à conclusão de que, entre nós, mais do que uma simples vizinhança, rola algo parecido com uma grande família, em que há sempre alguém brigando, alguém se apaixonando, alguém pondo panos quentes, alguém indignado, alguém tendo idéias e chiliques, alguém batendo portas, alguém cuidando do macarrão na cozinha; e tudo isso vai e vem entre os blogs, entre os posts e comentários que se cruzam, que trazem e levam recados, oferecendo conselhos, fazendo reclamações, trazendo agrados. Como em toda família, nem todo mundo está satisfeito, e nem tudo é bom; mas o saldo me parece ser altamente positivo.

Talvez pelo tamanho ainda "administrável" da comunidade, todos estão sempre atentos aos movimentos do grupo e ao que acontece com os demais parentes. Há sempre alguém comunicando um aniversário ou um prêmio, comemorando uma data, relembrando um episódio antigo, cuidando de quem está mal e festejando quem se deu bem.

Venho observando isso há vários meses, em centenas, talvez milhares de posts e de comentários espalhados por todo os blogs BR, dos mais imediatamente afins a este internETC. aos diários de adolescentes em que, volta e meia, dou uma espiada por causa das minhas sobrinhas blogueiras. E já fui eu mesma, claro, grande beneficiária deste espírito solidário, quando fiquei doente e recebi tantas mensagens maravilhosas.

O curioso é que a analogia com essa espécie de família de filme italiano só me ocorreu agora, quando encontrei, no a®timanhas, a Ruth Mezeck, ainda preocupada comigo, relembrando uma das minhas (melhores) vidas passadas, num gesto de grande e inesperado carinho.

Olha, gente, os blogs anglo-parlantes podem até dar mais ibope e serem mais profissionais do que os nossos, mas eu não troco este Planeta Blog BR por nada: minha Pátria é minha língua. E meu blog.





Vida de inseto: uma ótima reportagem sobre dengue.




22.2.02


Gillmor contra os piratas

Dan Gillmor: [Pirates Run the Record Companies] "Any suggestion that the music industry is really just trying to protect the interests of performers should be seen now for what it is -- another misrepresentation from the thugs who are out solely for themselves. As the New York Times reports today, the industry's purported answers to Napster is stiffing the artists. What a shock."





Barlow contra o totalitarismo

John Perry Barlow: "In essence, [the media companies] are in a position to own the human mind itself. The possibility of getting a dissident voice through their channels is increasingly scarce, and the use of copyright as a means of suppressing freedom of expression is becoming more and more fashionable. You've got these interlocking systems of technology and law, where merely quoting something from a copyrighted piece is enough to bring down the system on you."

A entrevista completa está aqui







Daniel Pearl



Ontem à noite conversei com um amigo do Wall Street Journal, onde Daniel Pearl trabalhava. Ele, que sequer conheceu Pearl muito bem, já que eram de sucursais diferentes e, portanto, se encontravam apenas esporadicamente, está em estado de choque. Compreensível: eu, que jamais havia sequer ouvido falar em Pearl antes do seu seqüestro, não consigo tirar esse horror da cabeça, nem me conformar com esta morte grotesca e inútil.

Hoje, vários jornais, entre eles o NYT e o LAT, confirmam o que meu colega disse ontem: os monstros que seqüestraram Pearl cortaram a sua garganta, enquanto, calmamente, filmavam a cena em videotape. Os jornais não dizem mas, depois de morto, Daniel Pearl foi decapitado; o video mostra a ação em detalhes.

Eu me recuso a acreditar que esses seres humanos são meus semelhantes. Se são, tou fora, e passo a me considerar qualquer coisa, menos um "ser humano". Talvez, apenas, um bípede sem conexões, perplexo e chocado, que não entende nem por que, nem para que, tanta violência.

Há um editorial do WSJ aqui; e se você quiser mandar uma mensagem para os amigos ou para a família de Daniel Pearl, clique aqui ou aqui.






Big Brother a Domicílio

Deu no IDG Now:

A nova versão do popular Windows Media Player, da Microsoft, está coletando dados sobre as músicas e os filmes acessados pelos internautas, informou o site de notícias MSNBC. (Não é uma novidade; novidade é eles reconhecerem isso.) A Microsoft informou que já alterou sua política de privacidade e notificará os usuários sobre a iniciativa. (Ah, bom.) O sistema cria uma lista valiosa sobre as preferências das pessoas -- mas, segundo a gigante, não há qualquer intenção de comercializar os dados obtidos pela ferramenta, que vem gratuitamente no Windows XP (Mas é claro que não! Como é que nós poderíamos, jamais, pensar uma coisa dessas?!) O aplicativo permite que os usuários assistam a vídeos, filmes, ouçam arquivos de música e CDs no computador. Quando um CD é inserido, o Media Player guarda no sistema o nome do disco e o título de cada música -- e essas informações são armazenadas em um pequeno arquivo em cada computador (Para que amanhã, entre outras coisas, os agentes da lei possam bater às nossas portas, alegando que estamos infringindo o sacrossanto copyright dos poderosos de Hollywood...).

Bom, gALLera, tão avisados. Do meu lado, continua valendo o de sempre: havendo alternativa viável no mercado, NÃO USE software da M$.





21.2.02


Deu no El Pais




Olivia Byington, Geraldinho Carneiro, Giselle e Wagner Tiso estão na Espanha (que inveja!), de onde me mandaram este link pro El Pais:

Geraldo Carneiro, Wagner Tiso y Olivia Byington recuerdan a Vinicius de Moraes

Se publica un libro y se celebran dos recitales en Madrid y Barcelona sobre el poeta brasileño

Muy chiques eles, não?

A foto foi feita pela Giselle, com a nova câmera digital da Olivinha.





O WSJ confirmou, há pouco, a morte de Daniel Pearl, o repórter seqüestrado no Paquistão. Esta notícia me deixa indizivelmente triste.





Voto contra

Há tempos o Millôr propõe um sistema eleitoral infalível: o do voto contra. Hoje, mais uma vez, ele explica, no JB, como a coisa funciona. Pena que ele seja considerado humorista, e não "cientista social", "sociólogo" ou qualquer outra daquelas categorias mais ou menos indefinidas que -- justamente por isso -- o povo acha que deve levar a sério... Vejam se não é mesmo uma grande idéia:

Vejo, na coleguinha Dora Kramer (percuciente como sempre), e no coleguinha Villas-Bôas Corrêa (mais indignado do que nunca com a nossa justiça, que farda mas não talha) a desesperança, não só pelo ''sistema'', a velhacaria oficial, o desmando e o despreparo da máfia do poder, mas com o próprio povo que, neste exato momento, promete reeleger Collor, Barbalho, ACM e outros tantos marginais que chegaram à luz da ribalta.

Bem, coleguinhas, o desalento é geral. Faço-o meu.

Vamos tentar uma saída.

Há tempos proponho -- com o bom senso que Deus me deu e até Alá ratifica -- uma solução simples.

O voto contra.

Em princípio reconheço enorme dificuldade para adoção de minha proposta. Pelo simples motivo de que não há nada igual ou parecido ''lá fora''. Vocês sabem.

Mas, tentemos. Teríamos dois votos. Um normal, escolhendo quem vai nos dirigir. O outro contra, naquele candidato que não queremos de jeito nenhum. O candidato seria eleito -- ou não -- com o resultado dos votos positivos menos os negativos.

Sencillo, no, mamita?

Especulando: creio, com a minha psicologia de galinheiro, que o impulso contra o que não queremos de jeito nenhum é mais forte do que o a favor daquilo que queremos. E o número dos que não queremos de jeito nenhum, dos que odiamos -- para usar essa expressão doentia --, é menor do que o dos que podemos aceitar. Assim, os votos negativos algumas vezes se concentrariam de tal forma que determinados candidatos -- justamente por serem poderosos -- ficariam devendo votos.

Que tal uma exprimentação, pessoal?

Dengue dar certo.









Café para mosquitos


Eu acho que já falei sobre isso há alguns posts, mas a Ana Lagoa me mandou um e-mail confirmando a história: uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP, descobriu que a borra de café (aquela espécie de pasta que sobra no coador depois que a gente prepara café) bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes Aegypti.

Ela explica que 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água são suficientes para bloquear o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios, e reduzir o tempo de vida dos mosquitos adultos. Em seu estudo, Alessandra demonstra que a cafeína altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais, como o metabolismo hormonal e a reprodução. Eu nem desconfio do que sejam essas enzimas, mas parece ser essa a causa dos efeitos verificados sobre larvas e insetos adultos.

Em suma: esta é uma daquelas soluções caseiras simples e altamente eficazes que todos nós podemos adotar. "Produzida" todos os dias em praticamente todas as casas brasileiras, a borra de café tem custo zero, e está logo ali, ao alcance da mão. Para fazer aquele café esperto que vai dar cabo dos mosquitos, bastam duas colheres de sopa de borra para cada meio copo d'água. Depois, é só aplicar nos pratinhos que ficam sob os vasos das plantas, dentro das bromélias e, para quem mora em casa, espalhá-la sobre a terra de vasos, jardins e hortas. Isso é importante porque, segundo os cientistas, o mosquito se desenvolve até mesmo naquela fina película de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida. Outros alvos: os óbvios ralos, pneus, garrafas, latas, caixas d'água...

Uma boa notícia para os mais preguiçosos é que, existindo em quantidade suficiente, a borra não precisa nem ser diluída em água para ser usada. Ela pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois que se regam as plantas se encarrega de diluí-la.

Além do custo zero e da extrema facilidade de obtenção, a borra de café tem uma vantagem que nenhum dos produtos químicos que vêm sendo usados por aí têm: ela é inteiramente inofensiva para plantas, animais e pessoas.

P.S. -- Pode continuar a tomar o seu cafezinho tranqüilo, Mosca. Casos fatais, até agora, só foram registrados entre os Aedes, mesmo...





20h20, 20/02, 2002: o day after


Muito legal o que está rolando no Zone Zero, que está postando fotos feitas ao redor do mundo às 20h20 de 20/02 de 2002...

Adoro essas sintonias universais! Há, claro, diversos brasileiros por lá. A Suely, assídua leitora deste blog, mandou esta idéia ótima.



Outro dos nossos que mandou muito bem foi o Eduardo Simioni, que se deu ao trabalho de levar a câmera para o cinema...

Quem quiser ver tudo, deve clicar aqui.






20.2.02



Taí, idéia legal. E logo bem bonitinho!





sacanagem, mentiras & videotape


O assunto do momento nos jornais americanos é a criação de certa Secretaria de Informação Estratégica pelo Pentágono, que, abertamente, anuncia que vai divulgar mentiras e meias-verdades para os órgãos de imprensa estrangeiros. Os órgãos de imprensa estrangeiros agradecem, mas, quero crer, dispensam a gentileza -- como se, alguma vez, qualquer notícia oficialmente liberada pelo Pentágono houvesse sido recebida como digna de qualquer credibilidade por parte de qualquer jornal sério em qualquer lugar do mundo...

O que me espanta, porém, não é isso; afinal, da Bush & Co. eu espero qualquer coisa. O que me espanta, me aterroriza, mesmo, é que os jornalistas americanos apenas discutem se a criação da tal secretaria, com suas mentiras anunciadas, é ou não é constitucional -- sim, porque lá dentro, em casa, nos EUA, o Pentágono está proibido de mentir -- ou, pelo menos, de ser pego mentindo. Uma vez solta no ar, uma dessas "notícias" pode muito bem dar uma de bumerangue e aterrissar, digamos, no Washington Post ou no Modesto Bee -- e aí o que será do sagrado direito do cidadão americano à verdade, nada além da verdade?!

Meu Deus, mas será que não passa pela cabeça de um só deles de se perguntar se isso é ou não é de um ridículo atroz?! Se isso é ou não é um o pior gol contra da história do marketing político?! Se com a simples divulgação dessa história o governo americano já não perdeu, de vez, a escassa credibilidade que ainda lhe restava (se é que restava)?!

É ASSUSTADOR!!!

Perto disso, qualquer piada de agente secreto português perde de goleada.

E pensar que este é o povo que domina o planeta...





Já foi... agora só em
21:12, 21/12, 2112







É logo mais:
20:02 - 20/02, 2002!







Deu no Chicago Tribune

Coincidência: a gente aqui neste papo de jornalismo on e off line, blogs e publicação eletrônica, e encontro no Tribune uma entrevista com Michael Kinsley, ex-editor da New Republic e da Slate e um dos meus heróis.

Ele diz: "As revistas online precisam descobrir melhores formas de uso da tecnologia. Elas não podem se contentar em imitar as publicações tradicionais, de papel e tinta".

E diz também: "A coluna de jornal está praticamente morta como mídia. Não há mais [nos EUA] um colunista que dê a ordem do dia como faziam Walter Lippman ou James Reston. Há apenas uma colunista imperdível no momento, uma cuja coluna você procura direto, que é Maureen Dowd".

(Não é gozado como a gente tende a achar inteligentíssimas e geniais as pessoas que pensam como a gente? Maureen Dowd, do NYT, é a única colunista da imprensa americana que faço questão de ler sempre. É corajosa, saca as coisas longe e, ainda por cima, tem um senso de humor imbatível. Deve ser uma das pessoas mais odiadas por Bush & Co.)

Ainda assim, Kinsley aposta nas colunas online: "graças à tecnologia -- diz o Tribune -- elas podem reagir instantâneamente aos acontecimentos, e permitem a interação entre os autores".

A-há!






Jogando conversa fora

Esta pensata começou num papo com esses caras aqui; é redundante, eu sei, mas às vezes acho necessário repetir certas coisas.

Estou convencida de que o que faz a internet ser o que é (os blogs sendo apenas a parte mais visível neste específico momento histórico) é a comunidade, e a imensa colcha de retalhos em que trabalhamos todos juntos. Não são os portais, nem as amazons da vida: o que eles oferecem é um plus, um algo mais que a gente usa quando precisa mas, na maioria das vezes, nem nota.

Gente quer gente. Simples assim.

Às vezes um manda melhor, às vezes o outro, é normal. O que é admirável é que, como caixas de repercussão, os muitos blogs espalhados pelo mundo vão se repercutindo uns aos outros no que eles têm de melhor e de mais relevante.

Em suma: we can make beautiful music together.




19.2.02


3 X Lucas



Para Lelia




Para Meg






"Aequalis et Congruens"

Esta nota foi deixada nos comentários a respeito do Momento histórico no seu relógio digital, do Cat, pela Adriana Paiva (que, por sinal, tem um ótimo blog). Vejam que interessante:

O fotógrafo mexicano Pedro Meyer ( editor do excelente "Zone Zero") anuncia que exporá nas páginas de seu website fotos registradas durante os 60 segundos em que os relógios digitais (padrão dd/mm) mostrarem os números em perfeita simetria : 20:02 - 20/02, 2002.
Abaixo, trecho da msg que recebi hj à tarde:

"(...) So why not celebrate this event? Please send us your pictures taken at that exact moment in any place you find yourself. We will publish it here in ZoneZero it will be fun to see what happens. Please send the images in jpeg format 640 x 480 pixels to the following
address: bravo@zonezero.com Please do not forget to include your name and where the image was taken, or anything else you might wish to write. Good luck! Pedro Meyer"

Então, gALLera, está dada a dica: todo mundo aprontando as máquinas. E não vale falsificar a hora, obviamente, porque o barato não é o número, mas sim a ocorrência do número... Valeu, Adriana!







Nova pesquisa!

A primeira pesquisa do internETC. chegou ao fim. Das 160 pessoas que responderam se pagariam para ter um sistema de comentários confiável e estável em seus blogs e/ou websites, 97 (correspondentes a 60% do total) disseram que não. Os 40% restantes se dividiram: 13% pagariam até R$ 5 por mês, 9% pagariam até R$ 10 por ano e 9% pagariam entre R$ 10 e R$ 20 anuais. Doze pessoas, correspondentes a 7% do "universo pesquisado" (não é assim que eles dizem?) estariam dispostas a desembolsar até R$ 50 por ano para não sofrer sobressaltos com os seus preciosos comentes.

Há um fenômeno curioso aqui: o total de pessoas que pagaria o valor máximo que estipulei é, na verdade, bem maior do que esses 7%, já que quem paga R$ 5 mensais paga, se a minha matemática ainda funciona, R$ 60 ao cabo de um ano.

O que é que isso significa? Não tenho lá muita certeza, mas acho que é uma espécie de demonstração cabal de que ainda preferimos comprar a prazo do que pagar à vista, não será isso? De qualquer forma, meninos, é óbvio que há aí um mercado a ser desbravado.

A nova pesquisa, que já entrou no ar aí ao lado, pergunta se você faria ou não um clone do seu bichinho de estimação. Participe!







18.2.02


Momento histórico no seu relógio digital

Esta nota foi descaradamente roubada do Cat, lá nas Parabólicas. Isso já está virando um hábito...

Reúnam a família, chamem as crianças e os vizinhos, pois no próximo dia 20 de fevereiro, às 20h02m, haverá em cada fuso horário do planeta um momento numericamente histórico, que não será assinalado por festas com fogos de artifício, nem badalar de sinos, nem paradas pelas ruas. Naquela hora específica daquela data específica, acontecerá algo que só duas vezes ocorreu antes e apenas mais uma vez ocorrerá no futuro. As duas ocasiões anteriores se deram há 1001 e há 891 anos, respectivamente.

Se você ainda não se tocou, quando os relógios digitais abandonarem o minuto 20h01m, por sessenta segundos os mostradores exibirão uma seqüência de números em perfeita simetria -- 20:02, 20/02, 2002 -- obviamente, apenas nos aparelhos que adotam o padrão dia/mês (dd/mm). No passado, já tivemos o instante das 10h01m em 10 de janeiro do ano 1001 (10:01, 10/01, 1001) e o instante das 11h11m no dia 11 de novembro do ano 1111 (11:11, 11/11, 1111). Pena que, nessas duas oportunidades, os habitantes do planeta não puderam apreciar o fato, visto que não havia relógios digitais então.

Pelo fato de os mostradores de "hora:minuto" em formato 24 horas só irem até 23h59m, depois da data que se aproxima, o fato só ocorrerá mais uma vez no futuro, daqui a 110 anos. Será às 21h12m do dia 21 de dezembro de 2112 (21:12, 21/12, 2112). Depois disso, nunca mais, pois só existem 12 meses e a simetria do tipo descrito só comporta anos com quatro dígitos. -- c.a.t.






17.2.02


Blog. Blog.





Music is everybody's possession. It's only publishers who think that people own it.
-- John Lennon






A diferença entre
Foco no Problema e Foco na Solução

Esta foi o Gilberto Scofield quem mandou:

Quando a NASA iniciou o lançamento de naves tripuladas, descobriu que as canetas não funcionariam com gravidade zero. Para resolver o problema, contratou a Andersen Consulting (hoje Accenture). Foram empregados vários anos de pesquisa e 12 milhões de dólares, ao cabo dos quais de fato se conseguiu desenvolver uma caneta que escreve em gravidade zero, de ponta cabeça, debaixo d'água, em praticamente qualquer superfície incluindo cristal e nas mais extremas variações de temperatura.

Enquanto isso, os russos continuaram usando lápis.

Adendo, em 18.02.02: Gente, é claro que isso está mais para lenda do que para realidade... O importante, aqui, não é a notícia (conforme eu já escrevi num dos comentários), mas a moral da história. Enquanto isso, o Tom Taborda, que encontra absolutamente tudo o que pode ser encontrado na internet, já achou um link pro site da tal caneta. Valeu, Tom!





RRRRRRRRRouge...!!!

Outra coisa que seres que acordam deprimidos fazem é ir ao cabelereiro para mudar de visual. Eu pedi Silvia Pfeiffer mas estava em falta.

Então pintei um pedaço do cabelo de vermelho. Eu queria uma coisa assim tipo Argh!!! que raiva!!!! mas a Bia disse que se eu fizesse isso ela

A) Não saia mais comigo na rua; e
B) Não trazia mais ninguém em casa.

Então ficou mesmo uma coisa tipo Ai ai ai, é assim que começa...




(Esta foto é pro Jose Uribe, em Michigan)





Agora já passou

O que faz um ser que acorda deprimido? Simples: ouve a Nona Sinfonia com Harnoncourt regendo a Chamber Orchestra of Europe. E, lógico, brinca os gatos.