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1.12.01



Hit Parade

Na GloboNews.com e na CNN rola a mesma pesquisa: qual é a sua música de George Harrison favorita? As opções são While my Guitar Gently Weeps, Something, My Sweet Lord e Here Comes the Sun. Na GloboNews.com, Something está ganhando disparado, com 35,6% dos votos, e Here comes the sun fica em segundo, com 27,4%. Na CNN, Something ganha de Here Comes the Sun de 41% a 40% -- mas a minha favorita, While my Guitar Gently Weeps, que está em último na GloboNews.com, com apenas 15,4% dos votos, nem está no páreo. Hoje à tarde, na redação, Xexéo e eu ficamos muito impressionados com isso. Para nós, é tão óbvio que não há nada que se compare a While my Guitar Gently Weeps...

Por falar em GloboNews.com, cliquem aqui e leiam que linda lembrança de George o Sílio Boccanera guardou.












30.11.01


Tecendo a rede


Postei esta chamada para o congresso do Chaos Computer Club há dois dias. O Bicarato viu, gostou e carregou pro blog dele. Mas, caprichoso, fez a coisa como deve ser feita: em vez de linkar a imagem diretamente do site de origem, copiou-a para o seu servidor. Hoje de madrugada, quando eu estava mexendo com o blog, vi que o link da minha imagem estava quebrado. Fui ao site do C3 e tudo me pareceu OK, mas a imagem continuava fora do ar; e de manhã, e de tarde idem. Cortei o link. Agora, indo ao Alfarrábio, vi a chamada piscando alegremente. E pronto, cá está ela novamente, mas dessa vez linkada no Bicarato... Legal, né?






FH no País dos Peagadês

Paulo Roberto Pires, o PRP, escreveu; a Meg linkou. Muito bom!






















Valeu, George.





Link & Pense


Amanhã é o Dia Mundial da Aids na ciber-comunidade, aquele parte incomensurável do ciberespaço habitada por pessoas físicas, manifestando-se geralmente através de blogs e páginas pessoais. A idéia -- que cada participante dedique as postagens do dia, ou parte delas, a sites, assuntos, memórias ou depoimentos sobre a Aids e o HIV -- é, naturalmente, uma idéia bonita mas utópica, sem maiores conseqüências ou resultados práticos.

Esta falta de objetivos concretos, infelizmente, desanima muitos webmasters, que não vêem sentido em participar de algo tão vago. Afinal, o que adianta pararmos todos ao mesmo tempo para pensar sobre a Aids? De um ponto de vista puramente pragmático, sinceramente, não sei responder, até porque o grupo a que a campanha pode alcançar (usuários de internet) já está, suponho, bastante informado sobre o assunto.

Mas penso que, ainda assim, algumas coisas positivas podem nascer disso. A primeira, e mais evidente, é a divulgação intensa de sites sobre a Aids, que, em alguns casos, são importantíssimas referências para os doentes e seus familiares e amigos. A outra é que talvez sejam produzidas páginas de grande impacto visual ou emotivo, capazes de sobreviver aos limites de um sábado, e de comover ou influenciar pessoas ao longo do tempo.

De imediato, contudo, acho que a principal vantagem da campanha diz respeito à internet, bem mais do que à Aids. Um blog ou um site pessoal sozinhos não são nada, mas blogs e sites pessoais linkados entre si compõem a verdadeira estrutura da teia, a razão básica de ser de uma rede cuja força é, e sempre será, um reflexo da sua admirável diversidade e da multiplicidade de vozes que a compõem.

Ao contrário do que possa pensar quem a vê assim por alto, hoje em dia, a internet não é apenas um gigantesco shopping virtual -- e, diga-se, nem foi criada com este propósito. Ela é uma forma de unir pessoas e idéias, de cortar caminhos e de manter a informação livre, em constante circulação. Qualquer movimento de base que nos lembre disso, e que reforce esta imagem da rede, já cumpre, pela sua própria existência, uma importante função social.

O resto é lucro.




29.11.01



Legislador, não passes da corrupção

Millôr Fernandes

A língua é a mais complexa, a mais milagrosa, a mais estranha, a mais gigantesca e variada invenção humana. E nada é mais dinâmico e menos sujeito a tutelas autoritárias. Agora, mais uma vez, vê-se um cidadão, ''eleito pelo povo'', propor uma lei proibindo o uso de palavras estrangeiras em nosso cotidiano, hebdomadário e até anuário.

Pera aí: estava em sua proposta de governo que ele tinha autoridade para interferir no que eu falo, escrevo ou pinto em minha tabuleta? Ele sabe, literalmente, do que está falando? Quanta idioletice!

P.S. -- Não adianta correr ao Aurélio.

Por causa deste texto, Millôr está sendo processado pelo deputado em questão. O que ele (Millôr) tem a dizer a respeito do assunto está aqui ou (obrigada, Meg!) aqui.







Para variar, os Comentes estão dando pau novamente... *sigh*






Bem na linha I Love NY, Barbara Walters (argh!), Woody Allen, Robert De Niro, Ben Stiller, Yogi Berra, Kevin Bacon e Henry Kissinger (arghhhhhhhhhhh!!!) gravaram pequenos comerciais promovendo a cidade, e tentando atrair turistas. A série é meio bobinha, mas vale pelo Woody Allen andando de patins no gelo. Ela pode ser vista aqui.




28.11.01
It was a dark night, full of scary silences. When the dawn broke over Paris, the rays of light shone on the dead body of Jean-Marie Léclair, stabbed in the back by some unknown hand. The murder was never solved, the assassin went unpunished, and the world lost a magnificent composer. Este é o começo de uma crítica de CD feita pela Laura, minha irmã. A íntegra está aqui.









EXTRA! EXTRA!


Há uns dois dias, num dos comentes, o Eduardo me pediu que fizesse uma foto da árvore de Natal da Lagoa assim que fosse iluminada. A festa acontece este fim de semana, e eu vou assistir de camarote, conforme vocês podem ver pela foto, que fiz hoje à tarde da janela. No ano passado também foi assim. A Família Gato quase morreu de susto com o foguetório, e depois a árvore saiu passeando e não parou mais tão pertinho daqui de casa; mas a festa de lançamento foi uma noite linda, inesquecível.

Pois esta madrugada, aí pelas três da matina, estava eu me preparando para postar justamente esta foto, quando um helicóptero começou a voar lá na sala. Tá, exagero. Mas o barulho era exatamente igual ao que faria se estivesse querendo pousar no sofá. Olhei pro relógio e fiquei meio revoltada: "Mas onde é que eles pensam que estão, em Mazar e-Sharif?!" Continuei no escritório, indignada com a barulheira, quando a ficha caiu: a árvore! É lógico que deviam estar filmando a árvore! Peguei a digital e corri pra sala. Dito e feito, lá estava a árvore lindona, toda acesa.


Portanto, meninos, aí vai, num exclusivo furo de reportagem do internETC., a primeira foto da árvore acessa exatamente no lugar onde será inaugurada -- e, de quebra, lá no alto, uma lua cheia, redonda como um tamanco. Devo dizer que é impossível fazer justiça à arvore em fotos. Ela está muito, mas muito mais bonita ao vivo do que nesta foto, até porque as luzes piscam, criam desenhos e ficam em foco...

SHOW!







27.11.01



O mundo lusófono vai se conectando aos pouquinhos: a Gata das Pantufas, de Setúbal, linka o internETC., que por sua vez recomenda a leitura daquele ótimo blog d'além mar.






Leitura fundamental


Mario AV escreveu um excelente artigo sobre Blogs e Anarquismo. Eu concordo com ele em gênero, número e grau -- apenas seja, talvez, um pouco menos pessimista em relação ao futuro da rede e à participação individual na sua construção e na modificação do status quo.






Weblogger? Esquece...


Durante o fim de semana, sugeri à Laura, minha irmã, que criasse um blog. Ela é flautista e professora da Unirio mas, além disso, escreve críticas de CDs clássicos para uma revista americana chamada Fanfare. Nesta revista mensal, que mais se parece com um livro do que com outra coisa qualquer, algumas dezenas de malucos descrevem, para outros malucos semelhantes, todos os lançamentos clássicos da temporada. Todos! Eles falam de vibratos, pausas e pizzicatos com a paixão de locutores esportivos narrando final de campeonato. É muito esquisito -- mas, quando a gente começa a ler, descobre que é também muito legal. O problema é que a Fanfare mal e mal se encontra fora dos Estados Unidos, e não é exatamente uma revista para músicos (a galera da minha irmã) mas para colecionadores de CDs e bibliotecas que precisam de orientação para as suas aquisições.

Ora, quando a revista para a qual você escreve não está chegando à sua turma, o que você faz? Reproduz as suas críticas num blog, obviamente. Assim lá fui eu fazer um blog para a Laura. Resolvi experimentar o similar nacional, o Weblogger, que -- em tese -- teria algumas facilidades interessantes para ela, micrófoba fundamentalista: contador e ferramenta de comentários já vêm incluídos, e postar fotos é uma moleza. Mais simples, impossível, certo?

Errado. Abrir um blog com o Weblogger é até fácil. Mas qualquer outra coisa é praticamente impossível. Tente descobrir o endereço do seu blog. Tente mudar o template. Tente carregá-lo...

TRISTE!!! Manter um blog lá é um teste de paciência além do que se pode desejar do usuário médio. Sei que há incontáveis blogueiros postando felizes por lá, mas isso apenas comprova a tese universal de que as noções de felicidade são tão variadas quanto as pessoas. Resultado: ontem de madrugada, depois de tentar em vão chegar ao blog que eu mesma havia criado (!), acabei perdendo a paciência e criando um outro blog para a Laura no nosso bom e velho blogger. Instalei um contador e o SnorComments e pronto, lá está ele solto no espaço, funcionando sem problemas. Chama-se Mostly Music, e é exatamente o que diz o título, principalmente música. Em inglês. Não porque a Laura seja um ser esnobe ou o quê, mas porque o material original está mesmo em inglês. Eu, em que pese a natural parcialidade familiar, recomendo o MM, sem restrições, a todos os melômanos anglo-parlantes (êta, nóis!): vocês vão gostar.







Rio by night

Jantando com o Oscar Niemeyer e a Vera, mais o Fernando Balbi, no nosso point habitual (diga-se o que se quiser da cidade, mas o Rio tem dessas coisas) a conversa, mais uma vez, caiu n'O Assunto. O Oscar foi convidado, com outros grandes arquitetos do mundo todo, a submeter um projeto para o espaço do WTC, em Nova York. Não topou. Está cheio de trabalho mas, ainda que não estivesse, está cheio dessa situação toda.

O Millôr, em compensação, tem uma idéia prontinha na cabeça: ele acha que está na hora, finalmente, de algum país assumir que não é o Maior, o Melhor, o Ó do Borogodó 24 horas por dia, 365 dias por ano. E sugere que seja erguido ali, em Nova York, o primeiro Arco da Derrota do mundo.

-- Como é possível que só existam Arcos do Triunfo por toda a parte? Então ninguém nunca foi derrotado?!

A idéia foi prontamente apoiada pela mesa toda, ou seja, 100% dos entrevistados: não é assim que se fazem as pesquisas de opinião pública?




26.11.01



O Stimpy tem uma teoria curiosa a respeito da verdadeira identidade de Jackie Miller!






Mais Globlogueiros


Quando, há alguns dias, escrevi sobre os coleguinhas que estão fazendo blogs, tinha certeza absoluta de que estava deixando alguém de fora: claro, numa redação daquele tamanho é normal que uma ou duas pessoas estejam fazendo um trabalho formidável do qual a gente sequer desconfia. E não deu outra.

Entre a valente turma que faz o Jornal de Bairros, trabalha, quietinho, o Gustavo Leitão, que está fazendo um blog ótimo: não deixem de ler a descrição que ele faz de uma ida ao teatro para ver a peça do Gerald Thomas! (Qual delas? Ué, e faz diferença?!)

Enquanto isso, ali do lado, Cláudio Motta, também repórter do Bairros, ficou tão animado quando viu o que o Gustavo estava aprontando que resolveu partir imediatamente para uma carreira blogo, criando o Baticum. Confiram!








Sim: um ser humano como outro qualquer

Tudo começou em 1989, com o “SimCity”, que deixou muita gente viciada com o que era, então, um conceito revolucionário de game: um simulador de cidade em que o jogador, fazendo o papel de prefeito, tinha que administrar tudo — e, ainda por cima, com responsabilidade fiscal. Até hoje faz sucesso, inclusive em versão para Palm OS. Depois vieram variantes do tema, entre elas o inesquecível “SimAnt”, simulador de formigueiro.

E, claro, sucesso dos sucessos, “The Sims”. Os sims eram, inicialmente, habitantes de “SimCity”. Não passavam de pontinhos, menos relevantes e visíveis até do que as formiguinhas de “SimAnt”. Como conjunto, porém, eram importantíssimos, já que do seu bem-estar ou irritação com a cidade é que dependia o sucesso do “prefeito”. Mas eles cresceram e, literalmente, apareceram. Em “The Sims”, lançado em fevereiro de 2000, o próprio conceito do jogo mudou; da simulação de cidades, passou-se à simulação de gente, e o objetivo passou do macro para o micro: esqueça a cidade, concentre-se nas pessoas. Em suma, faça do seu sim um ser feliz e realizado, com uma família harmoniosa, vivendo numa casa rica e confortável.

Espécie de crossover de playmobil com tamagochi, o sim precisa ser alimentado, instruído e cuidado com desvelo; como qualquer humano, virtual ou não, é sensível às mudanças de clima, à fome, à sede e ao tédio. Os sims têm vida social, casam-se, divertem-se, morrem. E, como as unidades de carbono que representam, são consumidores natos: desde que foram lançados, já ganharam três pacotes de expansão para atender às suas necessidades. O mais recente, que acaba de chegar às lojas, é “Encontro marcado”, em que, pela primeira vez, saem de casa, e podem ampliar sua rede de relacionamentos para além da família e da vizinhança.

Vão fundo, sims!

(O Globo, 26.11.01)

Adendo em 27.11.01: Cliquem aqui: é um site (na verdade um mini-portal) de sims brasileiros! Muito bom!







Deu na... Radiobrás!

O mundo é mesmo um lugar estranho, que evolui das maneiras mais surpreendentes: agora, até nas agências oficiais a gente pode encontrar matérias interessantes! Com essa, sinceramente, eu não contava. Esqueçam o meu parti-pris pela espécie, e vejam que bom o texto dessa jornalista de nome tão adequado à reportagem:

Não será o gato o melhor amigo do homem?
Julia Segatto

Brasília, 23 (Agência Brasil - ABr) - Quem disse que o cachorro é o melhor amigo do homem deve rever essa afirmação. Com a redução do tamanho das residências e o ritmo acelerado de vida, os gatos, geralmente mais independentes e higiênicos do que os cães, passaram a ser os melhores companheiros do homem moderno. De acordo com estudo sobre a convivência entre humanos e animais domésticos realizado pelo professor e pesquisador Carlos C. Alberts, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o comportamento do gato com seu dono se assemelha às relações humanas contemporâneas, em que o comprometimento com o outro é menos valorizado. Continua aqui.