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8.9.01

Mais um golpe $ujo!


John Rhodes é um especialista em... usabilidade, digamos assim. Ele estuda websites e ferramentas de navegação, e é uma voz importante na rede. Num excelente artigo escrito para a sua newsletter WebWord, ele analisa, passo a passo, a mais recente gracinha da Micro$oft na sua estratégia de dominar a internet: seqüestrar os erros de página (os famosos 404) para a máquina de busca da MSN (fraquíssima, por sinal). A coisa é bem mais complicada do que parece à primeira vista, mas essencialmente resume-se ao seguinte: quando o usuário digita uma URL errada, ou vai atrás de uma URL que não existe mais, ele cai no servidor, que o avisa disso. Ao interceptar a mensagem do servidor e apresentar a máquina da MSN, a M$ está transferindo a essência da rede do servidor para o cliente, ou seja, para o Internet Explorer. E por que faria isso? Porque, como se sabe, ela está longe de ser a escolha universal em servidores internet. Ao contrário, é quase monopólio na área de clientes. Esta é não só uma forma de maquiar a rede, mas de arrastar os usuários para o uso de seus produtos e ferramentas. Enfim, mais uma jogada suja, mas suja mesmo. Leiam o que Rhodes escreve, é da maior importância. Se você não clicou lá em cima, clique aqui agora.



Escândalo etimológico


Quem levanta essa bola é o Sergio Faria, no seu BBS (Blog Best-Seller): há dois erros no novo dicionário Houaiss num único verbete, mas não digo qual (nem quais) para vocês irem até -- ele faz um dos melhores blogs do pedaço. Embora eu seja, teoricamente, do "campo oposto" -- Aurélio era meu padrinho, e melhor amigo do meu pai -- não acho que dicionário seja Fla-Flu, não gostei da forma como foi lançado o Houaiss e essa notícia me entristece. Numa obra de referência dessa monta, o mínimo que se espera é informação fidedigna.



Atenção: cópia descarada!

Confesso: roubei esta utilissíma nota, tal e qual, dos escritos do meu querido C@T, lá na Globonews. A causa, porém, é nobre: as dicas são excelentes.

Busca de imagens



Do impecável Conca, chega a notícia de que temos na praça novos serviços grátis de busca de imagens: o do Google (ainda em beta) com 250 milhões de imagens e o PicSearch. O velho buscador do AltaVista cuspia basicamente imagens chatas da Corbis e acabava sendo de pouca serventia. Já esses dois novos sites fazem a ressalva de que as fotos indexadas podem ser protegidas por direito autoral. A decisão de usá-las ou não fica por conta da usuária.

No dia que esses caras incorporarem uma busca avançada gráfica, como o QBIC da IBM, aí sim, a cobra vai fumar. Para uma pequena amostra, vá até o Hermitage e depois experimente pesquisar pra valer.




Imperdível


Sou sionista, diz Alberto Dines em excelente artigo no JB de hoje.



Welt Wide Web


Graças ao Der Schockwellenreiter, o internETC. está pintando nas paradas alemãs: agora foi o EuroRanch que mandou um link. Eles gostaram do site pornô da Barbie... Danke, Jörg!




Momento Caras


Ontem foi aniversário do Paulo Autran, e a Tônia fez uma festa linda. Muita gente interessante -- mas, com eles dois lá, não sobrou para mais ninguém, é claro. Detalhe: a Tônia é (talvez junto com a Vera Fischer) a atriz de maior star quality que já vi. Ela entra numa sala e vira o centro das atenções, automaticamente. É incrível, não falha nunca! Infelizmente, não há filme ou televisão que consiga captar isso.

(CoraCam)





"Sinergia"


Grandes conglomerados têm dessas coisas. Há algum tempo, a Time Life comprou uma empresa chamada Time4 Media, que publica, sob o selo TransWorld, cerca de uma dezena de revistas pequenas especializadas em esportes radicais. Depois, a própria Time juntou-se com a Warner e, ainda depois, a America On Line comprou a Time-Warner. A compra das revistinhas, por modesta que tenha sido dentro deste mega-quadro, foi um ótimo negócio. Os esportes radicais estão crescendo de forma impressionante e uma delas, por exemplo, a TW Skateboarding, cresceu quase 25% nos dois últimos anos -- feito e tanto, nessa época de recessão econômica. O grande desafio para essas publicações é conservarem o aspecto indie, semi-amador, que cativou o público inicialmente. Mas a TW Skateboarding, pelo visto, não tem com o que se preocupar. Na penúltima edição, foi encartado na revista um kit de acesso da AOL, a coisa toda foi selada em plástico -- e, ato contínuo, o céu caiu sobre a redação. A AOL, como se sabe, não é um provedor exatamente benquisto pelas camadas mais radicais e conectadas do pedaço, ainda mais quando lacra a revista favorita dos usuários. Os leitores skatistas chiaram brabo, e até o editor Eric Sentianin soltou o verbo: "Desculpem o vacilo na edição passada", escreveu na primeira página da revista. "Nós aqui na revista só descobrimos esta atrocidade quando os primeiros exemplares daquela bosta empacotada chegaram à redação. Nós nos sentimos tão invadidos quanto vocês."
Até agora, ele continua no cargo.








Excentricidade


Do Nosso Departamento de Idéias Cretinas: conta o Dave Pell no Next Draft, um bom clipping eletrônico de notícias (que, por sinal, descobri através de um banner aqui do Blogspot), que cientistas britânicos organizaram um movimento (no sentido absolutamente literal da palavra) para fazer com que um milhão de crianças inglesas ficassem pulando para cima e para baixo, em suas escolas, ao mesmo tempo. A idéia era ver o que registravam os sismógrafos do país que, naturalmente, nem se abalaram. O Dave sugere que essas crianças passem a se alimentar, durante alguns meses, com a dieta das crianças americanas -- quem sabe aí não funciona?





Papo cabeça


Está terminando hoje na Califórnia (é, parece que todos os eventos que me interessam acontecem lá; agora pergunto, não podia ser um pouco mais perto?!) o Web2001, encontro de pensadores e webmasters em que se estão discutindo os rumos e tendências da rede. O temário está ótimo, mas tenho certeza de que nada a ser dito lá poderá suplantar a abertura feita por Stewart Brand, uma das cabeças mais interessantes do mundo conectado. Um dos fundadores da Well (de Whole Earth 'Lectronic Link), modesto BBS de São Francisco que acabou se transformando na melhor comunidade virtual de todos os tempos (foi tão bom enquanto durou...), Brand passa a vida fazendo uma coisa cada vez mais rara entre nós, bípedes: pensando. Não se pode acusá-lo de não enxergar longe. Um dos seus projetos mais recentes é um relógio que, espera-se, vai marcar a hora certa pelos próximos dez mil anos. A história completa deste relógio está em "The Clock of the Long Now", publicado no ano passado. Como eu não consigo me garantir nem pelas próximas dez horas, babo de admiração por ele, autor de um outro livro extraordinário, "How Buildings Learn".




7.9.01
Uma das fotos que fiz da Lagoa está lá no Cassio :-)
(eu sou uma típica fotógrafa-coruja -- mas acho que isso já deu pra perceber, né?)



Mundo animal



Postando novamente, pro meu amigo Carlos Irineu:

Estou apaixonada por um livrinho que está, acho eu, deixando todo mundo meio bobo: "Um dia daqueles". É um livrinho pequeno, em P&B, com algumas das fotos mais lindas de animais que já vi. Acho que ninguém sabe o nome do autor -- eu mesma não me lembrava, até descobrir esta entrevista no site da Sextante, sua editora brasileira. É Bradley Trevor Greive, e eu gostei dele de cara porque, falando da sua inspiração para fazer o livro, ele disse que ela veio num dia em que estava deprimido, foi ao cinema e voltou pior, porque o filme era com o Kevin Costner. Um cara que gosta de bichos e detesta o Kevin Costner não pode ser de todo mau, né? Se você ainda não conhece o livro, clique aqui: este link leva a uma página com dez das fotos, que podem ser enviadas como e-postais.

Esta nota foi ao ar, originalmente, no dia 28.08.01



Um (já velho) hai-kai informata que eu adoro


Três coisas são certas:
Morte, impostos e dados perdidos.
Adivinhe qual aconteceu.



O que o Chico desenhou na toalha de mesa do Satyricon? O que o Millôr acrescentou? Clique aqui para ver.




Capturei esses pingüinzinhos maravilhosos comemorando os dez anos do Linux lá no Alfarrábio.






Em casa, com Bush


Uma das coisas de que sempre gostei na web foi a grande, gigantesca dormida no ponto da Casa Branca, que ganhou por direito o domínio gov, mas não deu à rede suficiente importância para se dar ao trabalho de registrar os www.whitehouse com e org. O primeiro, como todo mundo está cansado de saber, é um dos mais lucrativos sites pornô do planeta. E o segundo... bom, o segundo é sensacional!!! Sobretudo quando a gente lembra que a atual administração não tem o menor senso de humor, e deve estar odiando aquilo tudo. O org é uma paródia maravilhosa, que deu um trabalho cão a sei lá quem, e que começa com a denúncia de um site falso da Casa Branca: o www.whitehouse... gov! Uma das provas: como é que um presidente machão feito Bush ia deixar aqueles tons pastéis bichinhas num site oficial? "Patrocinado" pela NRA, pelas indústrias de cigarro e petróleo e pelo lobby da energia nuclear, ele é altamente recomendado para os anglo-parlantes, que vão dar ótimas risadas. Mas ainda que você não fale nada (nothing) de inglês (English), vai adorar o Jogo da Memória de Ronald Reagan.




6.9.01

Gilda, um engarrafamento


Acabo de passar 3h35min no trânsito (trânsito?!), num percurso que, normalmente, faço em menos de 15 minutos. Véspera de feriado, Linha Vermelha fora de combate -- o que eu sei é que este foi o maior engarrafamento da história do Rio. É claro que eu tinha que estar nele. É claro também que, pela primeira vez, eu tinha que sair de casa sem nenhum livro ou revista na bolsa. E de propósito, ainda por cima, porque tenho uma pilha de contas para conferir e ia aproveitar o trajeto para fazer isso (o que não faria nunca, é lógico, se tivesse algo decente para ler).

ARGHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!

Nunca vi nada igual. Este engarrafamento cai, decididamente, na categoria daquela mulher que, 50 anos antes da Sharon Stone levar à loucura todos os homens com uma cruzada de pernas, fazia isso tirando apenas uma luva. Gilda. Nunca houve um engarrafamento como Gilda.

Quando cheguei à redação, um dos primeiros e-mails que abri foi este:

De: Rolland Gianotti - Chefe de Reportagem - Grande Rio - O GLOBO
Enviada em: quinta-feira, 6 de setembro de 2001 19:26
Para: Usuarios Redacao - O GLOBO
Assunto: trânsito: p/ quem pensa em ir para casa

O trânsito está caótico em toda a cidade -- sentidos sul e norte. A travessia do Túnel Santa Bárbara está demorando quase duas horas (acaba de informar o Werneck, que abandonou o carro e veio a pé para o jornal). Antes que perguntem: Av. Brasil, Ponte Rio-Niterói, Linha Amarela, Túnel Rebouças, Avenida Presidente Vargas, Radial Oeste etc etc TUDO PARADO!!!!!



Wundebar!


Gente, que estranho: o internETC. saiu... na Alemanha! Num blog chamado Der Schockwellenreiter. Eu não entendi nada, é claro, mas tá se vendo que o moço sabe das coisas. Danke!





Farra no Satyricon, um dos nossos points dos sábados:

Tônia (Carrero -- luxo pouco é bobagem, não?) observa o Millôr e o Chico (Caruso: não fazemos por menos...) rabiscando a toalha.

Aguardem, a qualquer momento, a publicação do desenho, em edição extraordinária.


(CoraCam)



É cada coisa que se acha...


Date Fri 5/28/99 1:07 PM
From: Cora Ronai (cronai@well.com)
To: newsfeedback@wired.com
Subject: Global vs. Local Domains

With regards to the article, ("AOL Loses Brazil Ruling," 27.May.99), the question of "global" trademarks versus "local" trademarks is much more delicate than it seems. Companies like AOL will, of course, always have to face the fact that wise guys everywhere have realized their trademark’s quick money potential long before the companies themselves fully realized what the "global" in globalization means. But, on the other hand, many long-established, bona fide local companies are often faced with quite costly legal battles over their own trademarks. A case in point is delta.com.br, also in Brazil, which belongs to Editora Delta, the country’s most respected encyclopedia publishers, and who almost lost their domain to Delta Airlines. When you are dealing with a rip-off, as is, in my view, the aol.com.br case, the solution, being essentially a financial question ("How much?") doesn’t involve very complicated equations. The issue gets on an entirely different level, however, when small local companies -- who want to keep their own old names, don’t want to sell them and can be seriously harmed by costly lawsuits -- have to face the clout of global companies that want their domain names.

Eu estava procurando uma coisa inteiramente diferente e encontrei este post de três anos atrás.
Tá valendo -- mas eu me prefiro em português.




A culpa é da M$. Como sempre.


O problema de se ler tanta coisa quanto eu leio é que, quando a gente quer descobrir onde foi que leu o que leu, não lembra mais. Tudo isso para dizer que não lembro mais onde li alguém reclamando de algo que também me chamou a atenção: o gradual sumiço das páginas de erro 404 (aquelas que nos informam que o site que procuramos não está lá). E por que estão sumindo essas páginas? Ora, por causa da Micro$oft, naturalmente. Para usuários de IE, o erro 404 é substituído pela janela de uma máquina de busca da M$, que se oferece para procurar outra coisa.

Prático, dirão vocês.
Assustador, digo eu.

...$c@Ry...
...cRe&pY...

Juro: já estou começando a ter arrepios cada vez que tento fazer alguma coisa distraída, me virar casualmente para o lado ou respirar mais fundo. Um dos efeitos colaterais desta homogeneização universal, desta microsoftização planetária, é a morte da fabulosa biodiversidade que habitava as páginas de erro, e que, às vezes, nos oferecia deliciosas limonadas extraídas do amargo limão do desencontro (ha!). Para ter uma idéia do que estou falando, clique aqui.

Adendo, no dia 6.09, às 22h25: Lembrei, afinal, de onde li a matéria. Foi na CNET.
Adendo, no dia 8.09, às 21h39: É, mas a CNET leu aqui!




Lição de coisas



Nem sempre o que é mais novo é melhor.
Esta frase -- altamente reconfortante para senhoras da minha provecta idade -- é perfeita em relação a programas que estão na mira do Grande Irmão. Leia-se, sobretudo, softwares que, de uma ou de outra forma, transportam e/ou embalam a chamada "produção intelectual", e esbarram, conseqüentemente, em leis de direito autoral elaboradas no Pleistoceno, recentemente ajustadas à arrogante ganância das mega-corporações americanas. Muitos de nós já passamos pelo desgosto de trocar a versão perfeitamente boa de um programa por uma nova, "aprimorada", que acaba não funcionando direito, ou não funcionando de todo -- mas, quando chegamos a descobrir isso, é tarde, e a versão legal (no bom sentido) já era. Chato? Demais. Triste? Nem tanto: este blues tem cura. Ela está no Old Version, site onde uma criatura do bem mantém 59 diferentes versões de doze programas estratégicos, do Adobe Acrobat ao Zone Alarm.



Isso é tudo o que eu tenho a dizer:








5.9.01

Adoráveis argentinos



Este cartaz está espalhado
pelas calles de Buenos Aires.
O que eu gosto de ver é como
eles são carinhosos com a gente.
Isso, claro, pra não falar na sua
tradicional elegância e sutileza.

(Valeu, Cláudia!)








HP/Compaq: big deal...


Não é à toa que estou cansada do caso HP/Compaq: mal comparando, é o seqüestro do SS da imprensa especializada em negócios. O WSJ montou um dossiê especial em tempo recorde.



Made in casa


Esqueceu o folheto do CD no taxi? O cachorro comeu o estojo do DVD? Seu irmão pequeno acabou com aquele CD bárbaro que você ganhou no outro dia? No problema. A internet é, como o mundo, um lugar vasto e variado, onde, sabendo-se procurar, tudo se acha. Essas pequenas misérias da vida digital já têm solução. É só clicar em CDcovers, achar a capinha perdida do CD ou do DVD favorito, fazer download e imprimir em casa. Fica uma beleza. Neste utilíssimo banco de imagens, há ainda etiquetas e capas para uma infinidade de videogames. Antes que alguém pense mal dos intuitos das almas abnegadas que suprem o estoque, informo: um dos patrocinadores do generoso sítio é a Looney Tunes, que também merece uma visita. Lá há bons desenhos animados, papéis de parede simpáticos e screen savers lindinhos. Eu estou usando um deles. Do Frajola, claro.



Eu disse que voltava ao assunto HP/Compaq mas mudei de idéia: me deu uma preguiça...



Mais um vírus: haja saco!



Atenção: se você é usuário de Outlook, ponha as barbas de molho. A McAfee acaba de informar que há um novo vírus (melhor dizendo, um worm) comendo solto na praça. É o W32/APost@mm ("APost" ou "New Backdoor"), que apareceu nas últimas 24hs. Para variar, os e-mails infectados chegarão aos destinatários, provavelmente, através de endereços conhecidos, já que o esquema é mais ou menos semelhante ao dos últimos worms que andaram por aí. Por enquanto apenas em inglês, ele tem as seguintes características:

Subject: As per your request!
Body: Please find attached file for your review.
I look forward to hear from you again very soon. Thank you.
Attachment: README.EXE


Se o attach é aberto, o worm pula pro diretório do Windows e manda um filhote pra cada endereço registrado no Outlook. Em seguida exibe uma caixa de diálogo dizendo "Urgent!", em que há um único botão, "Open". É ao clicar nele que o inocente usuário detona as mensagens contaminadas para todos os seus amigos, conhecidos e afins.
Cumprida essa tarefa malsã, o W32/APost@mm gera uma msg de erro onde se lê "WinZip
SelfExtractor: Warning"... e pronto. Maiores informações aqui.
Taí. É por essas (e muitas, mas muitas outras) que eu uso Eudora.






Primeira lição de informática:
software é aquilo que você xinga,
hardware é aquilo que você chuta

Roubei esta frase maravilhosa do ¢AtaRrO vE®De, o campeão de audiência (acho: não é não? se não é, devia ser) dos BRogs (oops: não resisti) -- aquele, que é melhor visualizado por quem não é cego... Confiram!



Um repeteco do que escrevi na semana passada,
para que vocês não percam a oportunidade:



Hoje tem!


Acabo de assistir ao show do Dussek e, sinceramente, só tenho uma palavra para definir o espetáculo: maravilhoso. O Millôr foi ainda mais enfático: "Perfeito!". O Chico e a Eliana (Caruso) não disseram nada ou, por outra, diziam tudo -- mas mais eloqüente do que qualquer coisa que tenham dito é o fato de já terem assistido três vezes ao show. O Lan saiu maravilhado. E eu, com certeza, ainda volto lá, até porque há tempos não ria tanto. O Dussek, que toca bem, interpreta melhor e tem um timing de comédia afinadíssimo, faz um espetáculo inteligente, e delicioso de assistir. Não percam!
Teatro de Arena, Rua Siqueira Campos 143, Copacabana. Tel: 2235-5348. Terças e quartas, às 21h. R$ 25,00

Voltando ao dia de hoje, 5 de setembro: vale dizer que, desde então, o disco dele, que comprei depois do show, tem sido a trilha sonora daqui de casa. As minhas favoritas: Querido Adão e Adeus Batucada; mas todas as faixas são 10, e já estão devidamente inseridas no contexto. Em tempo: Contexto é o nome do disco rígido desta máquina, que está com o melhor som. O da outra, antes que alguém pergunte, é Write in C.






4.9.01

Poderosa Fiorina, ou Compaqtando a HP



Carly Fiorina, CEO da HP e certamente a mulher de maior cacife no mundo da tecnologia, acaba de confirmar numa coletiva, em Nova York, que a HP está mesmo comprando a Compaq, numa operação que envolve US$ 25 bilhões de dólares. A nova companhia vai se chamar HP (de... Hewlett-Packard, ora essa!), e vai ser dirigida por Fiorina. Mike Capellas, CEO da já-quase-ex-Compaq, vira presidente da HP (ou seja, aquele cara que vai ficar conspirando para detonar a Forina lá de cima). Mais do que compra, porém, o que há mesmo nessa história é mais uma das tantas (con)fusões a que o mercado tem assistido nos últimos tempos: duas empresas debilitadas, que já foram líderes das suas respectivas áreas, unindo forças para tentar economizar algum e enfrentar as vacas magras (e loucas) da crise. A economia começa, é claro, por onde sabemos todos: pelos bípedes. Dez por cento do total de 158 mil pessoas empregadas pelas duas empresas no mundo todo dançam, de pesquisadores da pesada a faxineiros, passando por engenheiros, designers e flanelinhas. Quer dizer: mais uns 15 mil desempregados para fazer companhia aos outros 15 mil da semana passada, dispensados pela Hitachi. E mais os 3.700 da AOL, os 2.500 da Alcatel... etcetera, etcetera, etcetera.
(Eu volto a este assunto ainda hoje, mas agora vou aproveitar a carona do Marcelinho para ir pra casa).





curiosity





O Rio de Janeiro continua lindo



Não, meninos, sinto desapontá-los, mas eu não passo o dia inteiro no computador...
Vamos combinar que isso é impossível numa cidade como o Rio, certo? Hoje de tarde não resisti, atravessei a rua e fui dar uma volta na Lagoa, que estava simplesmente deslumbrante.
O inverno está um pouco caliente demais para o meu gosto, mas a minha esperança é que neve bastante no verão.

(CoraCam)






3.9.01

Progresso tecnológico


Havia antigamente (1994) um ótimo site na web: O Grande Botão Vermelho Que Não Faz Nada (ou um nome que o valha). Ele era, naturalmente, um grande botão vermelho que não fazia nada. A gente ia lá (a 14.400kbps, não se esqueçam), clicava e... não acontecia nada! Foi um sucesso estrondoso de público, embora a crítica tenha sido menos generosa: li muitos ataques àquela fantástica idéia, como se fosse um crime de lesa-web conspurcar a rede com tal bobagem (mal sabiam...). Depois dos gifs animados e do flash, porém, o GBVQNFN sumiu do mapa. Em compensação, uns parentes seus estão atacando com força total. São as bolhinhas de plástico virtuais. Como explicar? Hmmm... sabe aquelas folhas de plástico com bolhas de ar que se usam para embrulhar objetos quebradiços? E que a gente fica estourando, bolha por bolha, só para ouvir o ploc-ploc enjoado e ter o gostinho de matar o tempo de uma forma idiota? Pois é...! Essas aí. Estão online, aqui. O que significa que agora podemos, todos, matar o tempo de forma absolutamente idiota. É porisso que eu amo tecnologia.





Tá explicado!


Pronto, pessoal, taí a explicação científica pra aquele desconcertante fenômeno sócio-zoológico chamado pit-boy:

"Para dizer a verdade, eu nunca amei mulher nenhuma. Eu gosto delas, é diferente. Porque amor é uma fraqueza e eu não tenho fraquezas. O amor é sexo, e sexo para mim é uma necessidade que você usa para procriar, nunca tive uma namorada que quisesse ir adiante e não quisesse ter filho. Eu sempre perguntava, 'Você gosta de criança? Você quer ter filho?'. Se ela dissesse não, não tinha sexo." O filósofo por trás deste raciocínio no mínimo bizarro é Hélio Gracie, guia espiritual da categoria. (Este trecho foi clipado da revista Trip pelo Nilson Junior.)




Eu tenho um blog, e você?

Coluna desta segunda do Informática etc.


No sábado de madrugada, depois de dar comida para a Família Gato e de checar a mailbox, resolvi fazer um blog. Duas horas depois, ele estava no ar. Por que demorou tanto? Ora, porque eu sou fresca e levei horas escolhendo um bom formato e fazendo nele as modificações que me pareceram necessárias.

O quê? Você não sabe o que é um blog? Você não tem crianças e adolescentes em casa? Ah, bom. Então explico. Um blog é uma espécie de diário online, e é uma autêntica febre coletiva. Todo mundo tem blog. Algumas pessoas têm até blogs coletivos, onde trocam idéias e comentam os escritos uns dos outros. O segredo do blog — palavra derivada de weblog, diário web — é a simplicidade. Um blog é uma página web como outra qualquer, mas facílima de criar e manter atualizada. Existem websites especializados na criação de blogs e outros na sua hospedagem; e já existem até cópias descaradas de uns e de outros.

Para fazer o meu blog, optei pelos clássicos da modalidade. Fui ao Blogger , me registrei com um mínimo de informações, e optei por manter o meu bebê hospedado no Blogspot, irmão do Blogger. Tudo isso o usuário faz em poucos minutos. O mais difícil, neste ponto da criação, é encontrar um título legal e um modelo gráfico bonito. Chamei o meu blog de InternETC., quase o título da última página do caderninho, mas com uma diferença sutil e importante: internETC. é apenas a palavra “internet”... com um “C” (de Cora) a mais. Bacaninha, né?

E aí começa a parte realmente difícil da história: o conteúdo. Nisso, o blogueiro adolescente que registra as desditas da sua vida amorosa enfrenta a mesma parada das grandes empresas de mídia. Sem bom conteúdo, não há comunicação.

Nada é ortodoxo no mundo blog, evidentemente, mas recomenda-se ter uma linha básica de atuação (até para se fugir dela). Eu optei por dar ao meu blog um caráter hi-tech — vocês vão encontrar as notinhas que escrevo diariamente para o Globonews, esta coluna e uma ou outra coisa que me passe pela cabeça ou pela mailbox. Na edição de sexta-feira, por exemplo, inclui um trecho de correspondência trocada entre a Cristina De Luca e o Carlos Afonso, e um link para a sensacional reportagem do Pedro Doria, publicada com o devido destaque pelo no. Mas já falei do show do Dussek, que é imperdível, da Barbie, e dos peixes da Lagoa. Vale tudo. E, como é facílimo trabalhar com o Blogger, o internETC. está sendo atualizado várias vezes por dia.

Por incrível que pareça, este blog é a primeira home-page que tenho, apesar de estar há tantos anos na internet. É que nunca achei graça em ter uma página estática, ou simplesmente de arquivo, e fazer o que faço com o blog, que é anotar coisas daqui e dali, seria chato de fazer com uma home-page “normal”.

Quanto aos gatos, continuam, como sempre, na sua home-page habitual, em go.to/gatos.




Um clique, por caridade


O site da fome, lembram? aquele em que os cliques dos usuários significavam pratos de comida para os famélicos da Terra, foi vitimado, há cerca de um mês, pelo inferno zodiacal da Nasdaq. Resultado: milhares de internautas caridosos que gostariam de resolver os problemas do mundo a cliques de mouse ficaram desorientados, zapeando a torto e a direito em sites sem consciência social. Pois eu tenho uma boa notícia: ele acaba de ser comprado dos antigos proprietários e está de volta. Tim Kunin e Greg Hesterberg, co-proprietários do EcologyFund.com, são os novos donos do site que, lançado em junho de 1999, recebeu mais de 150 milhões de visitas e patrocinou a compra e distribuição de 250 milhões de tijelas de cereais. Faça a sua boa ação do dia clicando aqui.




A primeira a gente nunca esquece...



(Foto: cortesia involuntária da AP)


Taí: a vida está cheia de experiências interessantes! Ontem à noite, como o Millôr não queria perder por nada o duelo Guga x Mirnyi no US Open, acabei descobrindo que assistir a um jogo de tênis pode ser até bem divertido. Foi a primeira vez na vida em que assisti a uma partida inteira e achei: 1) o Guga muito engraçadinho; 2) o Mirnyi tão expressivo quanto uma batedeira, embora as batedeiras sejam mais delicadas; 3) o jogo demorado demais; 4) a mãe do Guga um barato; 5) as propagandas dos intervalos da PSN muito boas: IBM, Motorola, Banco do Brasil, Peugeot... todas ótimas. Millôr já me explicou que, em geral, os jogos não costumam demorar tanto assim; mas que esta partida foi, sob todos os aspectos, excepcional. Gostei! Quando conseguir entender o lance dos sets e daquela marcação de pontos, então, vou gostar mais ainda. Me aguardem.




2.9.01

Uma ótima análise do caso governo/M$


"O governo errou, mais especificamente, os ministérios das Comunicações e da Educação erraram ao desenhar o edital para conexão das escolas públicas de segundo grau à internet com recursos do Fust. Ao invés de definirem os serviços e as funções desejadas e permitir que fossem apresentadas propostas tecnológicas alternativas, fechou um pacote Microsoft, direcionou e encareceu a compra. Mas antes de tudo escolheu uma via pior, educacional, científica, financeira e socialmente". Quem escreve essas sábias (como sempre) palavras é Sérgio Abranches, em excelente artigo no no.




Minha vingança sará maligna!



Confesso: não resisti à tentação e acabei usando o Spam Devil, aquela terrível ferramenta de vingança contra spams de que falei no outro dia (a notinha ainda está aí para baixo, em algum lugar). A idéia é boa demais! Pega-se o e-mail do spammer, dá-se-o à inteligente ferramenta, e zás!, ele é prontamente inscrito em mais de 150 listas. Sei que este é um péssimo comportamento para o internauta civilizado, mas às vezes a irritação ultrapassa os limites bem-educados dos protestos aos sites anti-spam. Submeti a este tratamento cruel meia dúzia dos piores spams, aqueles que têm o descaramento de se auto-proclamarem não-spams "de acordo com o decreto tal e tal", uma hipocrisia que me deixa realmente passada. Para ver o que aconteceria com as vítimas, criei uma conta zero quilômetro no Hotmail em nome de um dos meus gatos (a Keaton; ela não se importa, não é de muito papo) e mandei bala. Bom. Em menos de meia hora, chegaram à conta 196 mensagens pedindo confirmação de inscrição. Uma beleza! Muuuuuito lixo! Depois, acabou: nos dois dias seguintes chegaram apenas cinco spams, um deles certamente ainda procedente da armação do Spam Devil. Os outros não sei. Mas, só entre nós, juro que gostei da coisa. He he he.



Fim de semana