22.7.06

Volta ao lar


O avião da Air France estava lotado, atrasou quase duas horas mas, ainda assim, a viagem foi boa: eu estava voltando, e em viagem de volta a gente tem um bom humor que resiste a tudo. Ou quase tudo: ainda tenho que ligar pro Luis Fernando Verissimo e pra Lucinha, pra saber se humor deles resistiu ao cancelamento do vôo Varig SP-RS que os levaria até Porto Alegre.

Aqui em casa estava bem e lindo e gostoso; a começar pelos quadrupes, que fizeram fila na porta para me receber. Normalmente, quando volto de viagem, aparecem um ou dois, mas acho que desta vez acharam que eu tinha sumido no mundo e se esqueceram de fazer de conta que estavam me ignorando.

Foi uma festa completa! Todas as divergências entre eles foram esquecidas. Me deitei no chão e fiquei um tempão brincando com todo mundo. Depois, quando começaram a cheirar as malas, achei melhor tirá-las de cena o mais rapidamente possível, antes que alguém tomasse satisfação com elas.

Deixei a idéia de dar uma pedalada na Lagoa pra lá e, pela úlyima vez na temporada, já coma ajuda da Sônia, brinquei de Pack-Man: trois paquei (do original ã péquin, do Ribondi, transformado em deux péquin pela Mônica L) tudo e guardei as malas no closet, antes que alguma vingança maligna as inutilizasse olfativamente.

Por falar nisso, sabem a tal pilha de jornais tão bem arrumadinhos pela Sônia descrita pelo meu amigo? Pois dançou, junto com boa parte da correspondência e o Razr prateado que eu tinha emprestado pra Bia antes de ela trocar o preto comigo pelo W800. Este Razr andava dando problemas (desligava sozinho, a tela às vezes só acendia pela metade) de modo que não foi uma grande perda, mas agora estou sem o celular que os meus amigos conhecem: o chip que estava lá dentro era o meu telefone habitual.

Não sei quem foi o(a) culpado(a), mas, puxa, dá pra entender. Quase dois meses sem notícias, tadinhos, era querer demais que se portassem feito lordes ingleses ou British Short Hairs.

Tirando isso, tudo na mais perfeita ordem: antes que a última mala fosse guardada, todos já estavam dormindo pelos cantos. Tenho para mim que os gatos culpam as malas pelas nossas viagens. Afinal, quando saímos de casa sem elas, sempre voltamos logo; quando entra um daqueles quadrados pretos em cena, pronto, é ausência longa. Desfazer as malas e tirá-las da vista deles os tranqüiliza, é sinal de que vamos ficar em casa.

Quanto a mim, que achei que estava no maior pique, desmaiei antes da meia-noite cercada de gatos, na minha prórpia cama! e com o meu próprio travesseiro!, acordei morta de fome de madrugada, não consegui continuar na cama depois das oito, tomei café quando o corpo pedia almoço já!, fui para o sofá ler o jornal e... acordei ainda agora, sem noção de que tinha adormecido.

Ontem, enquanto desempacotava as coisas, fiz várias fotos da Família Gato. Mais tarde subo pra cá, para que vocês possam conferir com seus próprios olhos como estão lindos; agora vou dar uma volta pela Lagoa e conferir como anda o quintal.

É tão bom estar em casa... :-)

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