20.11.05



Larry Rohter bebeu...

Acho que o povo faz mais onda com Larry Rohter, o correspondente do New York Times, do que ele merece. Em geral, seu trabalho é razoável, e só cria polêmica quando diz coisas que todos nós sabemos, mas fazemos que não.

Como quando falou dos porres do presidente, e o presidente, provavelmente de porre, mandou cassar o seu visto.

Agora ele acaba de escrever um panegírico sobre Cesar Maia, pintando o prefeito apenas como um excêntrico e, o que é pior, um excêntrico que dá conta do recado.

Nem uma palavra sobre as secretarias municipais, onde impera, na melhor das hipóteses, a mais absoluta incompetência; nenhuma palavra sobre as esquisitíssimas PPPs onde rolam rios de dinheiro que não precisam ser explicados a ninguém; nenhuma palavra sobre o abandono geral da cidade (ande pelas ruas, Larry! dê uma circulada pelo Centro, por exemplo!); nenhuma palavra sobre a irmã do prefeito ou a mulher do prefeito e o seu (delas) papel na história toda.

Vocês vão dizer que é implicância minha, mas não é não. A gente conhece os homens públicos pelas pessoas que chamam para assessorá-los. César Maia chamou, entre outros, Victor Fasano.

Precisa dizer mais alguma coisa?!

Ah, em tempo: para meu desgosto, a matéria termina com um elogio do Gabeira, um dos poucos políticos de quem eu gosto, dizendo que Cesar Maia é um parceiro confiável porque "cumpre as suas promessas".

Desculpe, Gabeira, mas pode cumprir as que fez a você. As que fez às milhares de pessoas que, como eu, votaram nele porque disse que ia cuidar do meio-ambiente e dos animais abandonados não cumpriu MESMO.

Mentiu deslavadamente, e foi além -- hoje compactua com as piores pessoas da área, aquelas para as quais um quarto de ambiente já está de bom tamanho e para quem animal bom é animal morto.

Como representante do PV, você, mais que ninguém, deveria saber o quanto valem o já mencionado Fasano e o ainda não Ayrton Xerez.

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