Voando no Concorde
Uma noite eu estava em Paris, fazendo as malas para ir para Nova York no dia seguinte, quando o telefone tocou. Era um funcionário da Air France, perguntando se eu queria ir de Concorde.-- O senhor não está usando o verbo certo; não é bem querer... Querer eu quero, lógico. Também quero ter um Mercedes e um pequeno veleiro em St. Martin.
-- Não se preocupe, nós estamos convidando a senhora. Oferecendo um upgrade. Grátis.
Um upgrade grátis na Air France?! Estranho, muito estranho! Não podia ser pelos meus belos olhos. Perguntei o que estava acontecendo.
-- Ah, é que um cliente nosso, que toda semana voa para Nova York com o Concorde, não vai poder viajar amanhã de manhã. Ele pode ir à tarde, no horário em que a senhora vai, mas o seu vôo está lotado. Como a senhora é a única passageira que está viajando sozinha na primeira classe, nós estamos propondo uma troca: a senhora vai às 11h, no Concorde, e o outro passageiro vai no seu lugar, às 14h.
-- Ah, bom. Tudo bem. Faço esse favor à Air France. Aliás, sempre que precisarem de mim para resolver problemas semelhantes, podem ligar, estou às ordens.
E assim é que, no dia 25 de março de 1998, fiz a minha primeira, única e inesquecível viagem de Concorde, junto com uma Mavica F5. Que, por ser então uma alta novidade digital, chamou quase tanta atenção quanto o avião em si mesmo.
Algumas fotos dessa viagem estão lá no Fotolog.
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