29.11.08















A árvore foi, enfim, inaugurada. Gostei do som dos sinos, a novidade de 2008; e gostei sobretudo da árvore propriamente dita, a mais bonita em muitos anos. Do que não gostei nada foi da confusão que precedeu a inauguração, e que me impediu de tirar fotos dos fogos.

É que, tradicionalmente, os fogos -- minha parte favorita do espetáculo, e acho que parte favorita de todo mundo -- acontecem depois do show. Mas o show não começava. É que, para não atrapalhar a visão da árvore, não há toldo sobro palco, e a orquestra, com toda razão, não quis se apresentar debaixo de chuva.

E tudo atrasou.

Eu estava monitorando o movimento aqui de cima; desceria assim que o show começasse, ou desse pinta de que ia começar. Às nove e tanto cansei de esperar e desci. Parece que a multidão também cansou, porque, segundo me contaram, a coisa estava descambando para as vaias.

Foi aí que, do nada, para acalmar os espectadores que esperavam e esperavam, houve uma queima de fogos -- enquanto eu estava exatamente atrás dos camarins, ao lado da sala de imprensa! Quase fui atropelada por um batalhão de fotógrafos pegos de surpresa.

Depois disso, cheguei à conclusão de que devia me recolher à insignificância do meu joelho. Perguntei às recepcionistas do camarote vip se ainda haveria fogos e, como todas foram unânimes em dizer que não, fiz uma ou duas fotos lá de cima e tomei o rumo de casa.

Mas, quando eu estava atrás daquela construção toda, o que aconteceu? A segunda -- e verdadeira -- queima de fogos! Dessa vez, quase fui atropelada pelos espectadores que, como eu, achavam que o show tinha acabado, e corriam feito loucos, de câmeras e celulares em punho, para conseguir ver e registrar alguma coisa.

Até eu chegar a um cantinho de onde pudesse fazer umas fotos, o espetáculo já ia pelo fim. O pior é que, ainda por cima, eu estava com a lente errada para a situação...

Só tenho uma coisa a dizer: grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!

Juro que não saio de casa no ano que vem. Vou ficar quieta na janela, e pronto; já até pedi ao Lucas que me cobre essa promessa.

Minha sorte é que ainda haverá outras queimas de fogos nos próximos sábados, às 21hs.

Quanto aos gatos: quando voltei, estavam todos tranqüilinhos, na sala -- mas tenho certeza de que se esconderam debaixo da cama durante o foguetório.

Para compensar o estresse emocional, ganharam muitos pedacinhos de carne.

E tem gente que gosta muito da árvore




Tem é gente...




Antônio e Marcela




Agora sim!




Ele está achando tudo muito curioso




Já está ligeiramente confuso




28.11.08

Luiz Paulo e Ana Cristina




Nelson Pereira dos Santos




Ói eu aí!




Livro de presença




Ó que casal sorridente...




Bebida teremos; e comida...?




Tem uns ângulos bons




Até eu estou de longo!




Tá todo mundo nos trinques




É muito chique...




A posse do Luiz Paulo está muito concorrida




A árvore está linda!




Hmmmm...




O blog já tem ícone pra iPhone :-)

 
Posted by Picasa


Peguei emprestado do Flickr do Lucas; como ele pegou emprestada a Tutu, fica tudo em casa...

Uma história com final feliz!

27.11.08

Mais Santa Catarina

O pessoal da ONG Viva Bicho está se desdobrando para cuidar dos bichos atingidos pelas enchentes. A Bianca explica:
"Precisamos da ajuda de todos. Estamos fazendo o que podemos para salvar os animais. Precisamos muito de doações de ração, potes de água e comida, tanto para os que estão no canil quanto para os da rua.

Nós sabemos que existem pessoas precisando de ajuda e socorro urgentes, mas os animais também precisam de socorro. Para ajudar pessoas, existem milhares de outras pessoas solidárias, inclusive nós, voluntários da ONG; mas ninguém pensa nos bichos nessa hora.

Eles não têm como pedir socorro, não podem se ajudar sozinhos. Não falam, mas sentem como nós. Em Itajaí a situação está crítica: muitos animais ilhados precisam ser resgatados ou precisam, ao menos, que se leve comida para eles. O pessoal dos barcos não está deixando os animais serem embarcados."

Bianca, da ONG Viva Bicho
(47) 8425-1459 | 9903-5441

Para ajudar a ONG com doações em dinheiro:

Banco do Brasil Ag. 1489-3 cc 20793-4
Associação Viva Bicho
CNPJ 06 156 776 / 0001 - 81

Fala, Juliana!

Direto de Blumenau:
"Estamos em estado de calamidade aqui. Ninguém, reforço: ninguém, faz idéia do que está acontecendo no Vale. As imagens mostram tudo parcialmente. Aquela Blumenau que foi ao ar em outubro, colorida, não existe mais. Tudo aqui é marrom, a cor que resulta de morros deslizados, boeiros transbordados e rio fora do leito. A previsão é de pelo menos um ano pra tentar colocar a cidade de volta no prumo.

O final de ano já era.

Vendo esse post sobre os animais, a impressão que deu é que nosso povo aqui não tem coração. As imagens são fortes. Os animais não têm nada a ver com nossa irresponsabilidade com a natureza e nessas situações de calamidade só estando na pele dessas pessoas para poder responder.

Não nos cabe julgar, muitos voluntários estão atendendo os animais abandonados, mas isso não dá mídia pro Datena, pra Globo, ou pra qualquer que seja. O sensacionalismo com animais ainda não é uma prática corrente entre nossos veículos, ainda bem.

De qualquer forma, estamos aceitando ajuda. Em forma de cobertores, roupas, comidas e inclusive ração."

Juliana Maria da Silva

Para ajudar:



Em termos de espiritualidade, esses russos me parecem melhores...


Não, não é Casseta & Planeta: é o Axé Católico, a nova febre do You Tube.

A música, se é que assim se pode chamá-la, é o "Pó pará com o pó".

É cada uma que a gente vê...

Está quase pronto





Tudo azul... em Campinas

Enquanto o Rio perde uma empresa,
os cariocas perdem tempo e dinheiro



Sempre pensei que atrair empresas para o Rio fosse um bom negócio para a cidade e para o estado, sobretudo empresas ligadas a turismo. Pois parece que pensei errado. O governador, que deve entender mais disso do que eu -- até porque viajar tem sido sua principal atividade desde que assumiu o governo -- acaba de despachar para Campinas uma companhia aérea novinha em folha, que queria se estabelecer aqui e operar a partir do Santos Dumont.

Eu também achava, por sinal, que o Santos Dumont devia ser mais bem aproveitado, sobretudo depois que gastaram toda aquela dinheirama na sua reforma. É bem localizado, conveniente para quem vai e quem vem. Seu saguão quase sempre deserto é, sem dúvida, muito confortável para quem viaja, mas não parece fazer qualquer sentido operacional. Por outro lado, que sentido faz sair do Rio para, digamos, Brasília ou Belo Horizonte, gastando muito mais tempo no engarrafamento, na Linha Vermelha e num Galeão caindo aos pedaços do que no avião propriamente dito?

É claro que vejo a situação como uma viajante comum, que não usa helicóptero, vai de taxi para o aeroporto e nem sabe onde fica o hangar dos jatinhos executivos. Não tenho, portanto, a privilegiada visão do governador, que, lá do alto, certamente há de saber o que é melhor – se não para nós, pelo menos para ele, para as demais autoridades do ramo e, last but not least, para a TAM e para a Gol. Mas também, o que é que eu quero? Ninguém pode pensar em todo mundo ao mesmo tempo.

* * *

A Azul entra no ar (literalmente) a partir do dia 15 de dezembro e, segundo ótima entrevista dada por seu proprietário a Geralda Doca, aqui do jornal, terá passagens até 75% mais baratas do que as da concorrência. Eu não sabia quem era David Neeleman até começarem a surgir as primeiras notícias a respeito da Azul, mas, há tempos, sou fã da JetBlue, sua voadora norte-americana -- essa sim uma empresa de linhas aéreas verdadeiramente inteligentes, que sabe que passageiro, por barato que esteja pagando, quer algo mais de uma viagem além de barras de cereal.

Tenho certeza de que o povo de Campinas deve estar muito contente com o inesperado presente que ganhou, de mão beijada, do governo do Rio de Janeiro: quem é que não quer viajar sem escalas a um precinho camarada? O mínimo que a câmara de vereadores local poderia fazer, em troca, era dar a Sérgio Cabral o título de cidadão honorário, pelos excelentes serviços prestados à cidade.

Enquanto isso nós, cariocas, que já somos obrigados a ir a São Paulo para qualquer viagem internacional, continuaremos amarrados ao Galeão para vôos que poderiam perfeitamente sair ali da esquina. O secretário de transportes Júlio Lopes (outro que, há tempos, deve ter uma visão muito privilegiada lá do alto para não ver o que aos usuários comuns parece óbvio), afirma que a Azul é bem-vinda “desde que respeite as regras que visam à consolidação do Galeão”. Ou seja: desde que só use o Santos Dumont com o máximo de escalas e de desconforto para os passageiros.

* * *

E, já que estamos nisso: estava eu na fila para embarcar, há duas semanas, quando um grupo de mocinhas uniformizadas aproximou-se, distribuindo um folheto. Pensei que fosse promoção de assinatura de revista ou de operadora de telefonia, os dois maiores sucessos do hit parade da chateação aeroportuária desnecessária, mas, surpresa!, era uma novíssima novidade.

O folheto – na verdade, uma folha do tamanho de dois cartões postais, impressa a cores num ótimo papel – era propaganda da Infraero. Aceitei um e li com atenção; afinal, havia sido pago com o meu dinheiro. Num dos lados, na parte de baixo, um rapaz sorria, não sei exatamente do quê. Na parte de cima, estava escrito o seguinte: “A Infraero vem trabalhando 24 horas, de segunda a segunda, para deixar o Galeão melhor a cada dia”.

Do outro lado, mais uma frase de efeito: “O Galeão é grande. E, por isso mesmo, a reforma não é pequena.” Em alguma repartição, alguém deve estar se achando um gênio. Depois, mais lero lero a respeito das “importantes mudanças” e da “modernização e revitalização”, que, em tese, tornarão o Galeão “ainda melhor para todos nós”. Como, “ainda melhor”? Quer dizer que eles acham que está bom?

Mas o mais importante não é isso. É a lista do valor das obras em execução. Certamente querendo mostrar “transparência”, a Infraero informa: a substituição do piso e do revestimento vai ficar em R$ 3.744.723,97; a reforma dos sanitários públicos, a R$ 4.015.502,26; a instalação dos monitores de vigilância, R$ 1.414.117,63; e assim por diante. O custo dos folhetos, bem como o do encarte que saiu semana passada nos jornais, não foi especificado. Pergunto: dá para levar a sério um orçamento de milhões que especifica centavos? Pergunto de novo: isso é sacanagem, má fé, safadeza, ou todas as respostas acima?


(O Globo, Segundo Caderno, 28.11.2008)

Preparem-se!




Dos comentários

"Triste a calamidade que se abateu sobre Santa Catarina.

E igualmente tristes, ou talvez mais tristes, as condições do resgate e de como ele está sendo feito.

Depois de ficar ilhado sem água e comida, remédio, assistência, ver o socorro chegar é alívio e esperança; mas não foi isso que vi na televisão, muito pelo contrário. Vi um cena de resgate que me chocou, e pensei em tantas outras que devem ter ocorrido de maneira semelhante.

Uma família numerosa, pai , mãe, avós, filhos, crianças e quatro cachorros, que há dias estavam em sua propriedade ilhados, sem água, sem comida. Ao avistarem o helicópero da Força Aérea, o alívio levou todos às lágrimas porque viam, enfim, ali, a esperança de sair daquela situação difícil que há muito se prolongava.

Até os cachorros pulavam em torno dos soldados e das pessoas. Via-se neles a alegria espontânea de quem entendia o que significava aquela chegada.

Uma a uma as pessoas foram sendo encaminhadas ao helicóptero e por fim, depois da última, os soldados se afastaram, fecharam o aparelho, subiram e foram embora. E o olhar e a perplexidade dos animais ficou claramente refletida na suas atitudes, pois ficaram totalmente paralisados, observando a aeronave ir embora.

Essa operação estava sendo filmada, e o repórter José Luis Datena, da TV Bandeirantes, dentro do helicóptero, comemorava (!?!) feliz o que tinha acontecido.

Como comemorava?

Deixar para trás quatro animais indefesos para morrer e não livrá-los daquela calamidade é motivo de comemoração?

Como aquelas pessoas puderam ser tão frias e abandonar os animais, que até então com elas conviviam, e não se importar se eles ali continuariam sem água e sem comida, até quando e como?

Aquela cena foi simplesmente desprezível!

Como um ser humano pode ser tão desumano, se importar tão pouco, e não olhar para o lado! Como senhores de cabelos brancos, a quem a vida supostamente já deveria ter dado lições, podem não ter um mínimo de sentimento por seres incapazes e dependentes, e largá-los sem olhar para trás?

Por outro lado, como a Força Aérea estabelece esse critério de resgate, determinando por sua conta um sentença de morte a seres que não tem voz de escolha?

Quantas vezes a cena triste que vi se repetiu e vai se repetir, com outras pessoas igualmente frias, de coração indiferente, alma pequena e comportamento cruel?

Tudo isso tem um único nome: EGOÍSMO.

O ser humano hoje, infelizmente está cada vez mais voltado para o mundo do "seu" . O resto é exatamento isso: o resto.

Que exemplo lamentável aqueles adultos passaram para os seus filhos e netos!

Que exemplo cruel aqueles adultos que criaram e conviveram com aquelas criaturas, com certeza meses, anos, passaram para um país tão carente de referências de solidariedade, amizade, amor!

Schopenhauer uma vez disse: "A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem".

Foi exatamente isso que faltou: COMPAIXÃO.

O ser humano que não tem compaixão pelo próximo, seja ele ser humano ou um outro ser vivo que precisa da sua ajuda, não tem retidão de caráter na vida. Sobra-lhe crueldade. Desse tipo de pessoas, quero distância. Em nada vão contribuir para melhorar o planeta."

Elizabeth Dias

Cada vez mais lindos...




25.11.08


Chantagem emocional é isso aí!

Este cartaz, espalhado pelas ruas de Tóquio, diz:

-- Compre agora, por favor!

Agora imagina só o estrago que isso não faz no coração (e na carteira) de quem, como eu, já não precisa de muita súplica para gastar dinheiro...

Quem me mandou a foto foi o Fábio Porchat, que fez cinco shows para a comunidade brasileira no Japão como parte do Festival de Humor: duas apresentações em Gunma, duas em Nagoya e uma em Hamamatsu.

Ele está melhor; eu também




É, o ano acabou mesmo...




22.11.08

Emergência felina!

Fala, Wanda:
"Uma gatinha foi deixada em um petshop próxima a minha casa. Ela é muito pequenininha, um bebê, foi deixada antes de ser desmamada. Como o petshop fecha de sábado a tarde e só abre na segunda, fiquei com ela para poder alimentá-la nesse fim de semana.Infelizmente, não posso adotá-la pela minha idade avançada e de meu marido. E alguém que ler essa mensagem quiser adotá-la, peço que responda a esse comentário. Posso ficar com ela até acabar o período da xuquinha, sei que muitas pessoas tem dias atarefados e não teriam como alimentá-la nessa fase. Ela é cinza e tem olho azuis e é um linda vira latinha."

Wanda Cavalcante

Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...ipe

Pois é; eu estava crente que ia escapar da gripe, porque quase todo mundo que eu conheço já teve e já passou, mas é lógico que achei errado. Se eu pego todas as gripes!

(Na verdade, eu não pego coisa nenhuma, elas é que vêm atrás de mim; mas isso são outros 500.)

Enfim: é por isso que o blog anda meio devagar esses dias.

Estou espichada ou na sala ou no quartinho de vídeo, e mal tenho vindo ao computador. Dou umas espiadas pelo celular para ver se reina a paz, e continuo desconcentrada, espirrando e tossindo.

A família, os gatos e os amigos estão dando a maior força, como sempre.

Gatoterapia intensiva




Um ótimo remédio pra gripe