31.1.07

Deu no Estadão...


(Valeu, S. e Eduardo!)

Enquanto isso, aqui no Rio, recebo informação de que a capivara minha xará, que vive no Bosque da Barra, teve três filhotinhos: estou louca para ver!!!

E, quase em frente de casa, nasceu o filhote que os franguinhos d'água estavam chocando.

A vida é bela.

Delícia: mobília para gatos!

A editoria de esportes tá que tá




Hoje elas têm companhia




Tutu

Emergência felina!

Pessoas, uma amiga está precisando muito de um filhote de persa, para presentar uma outra amiga, que adora persas, e cujo gatinho escapou de casa há alguns meses e nunca mais foi encontrado.

Alguém tem, ou sabe de quem tem?

Missão cumprida!




30.1.07

Uma forma diferente de fazer jornal




Netcat

Leiam amanhã, no Globo... ;-)




Gente, e a "égua loira", hein?!

Foi presa hoje à tarde; Rio Bonito está bombando. O botequim que vende coxinhas em frente à delegacia aumentou a tiragem e o preço, devido à quantidade de jornalistas que, de uma hora para outra, acamparam por lá.

Quanto tempo vocês dão até "Égua loira" virar pagode?

A caminho




Cheguei graças ao gato... =^..^=

("Lá" sendo uma série de filminhos de quedas de dominós, bobinhos mas curiosos, dos quais me agradou particularmente esse aqui. O gatinho é o frajola do casal dos dominós; ele entra em cena depois da queda, para checar os estragos.)

Um ótimo filme ruim

O Tomzinho me chamou para ver "O perfume, história de um assassino". Topei porque estava histérica de nervoso: amanhã de manhã cedíssimo tenho que fazer exame de sangue, e não sei o que me deixa mais contrariada, se a espetada da agulha ou o celular uivando ao lado da cama para me acordar. Sem falar que estou de jejum desde as oito.

Num estado de espírito desses eu toparia assistir até "Ananconda, a monja muçulmana" (para juntar num mesmo saco dois filmes cult do Tom, he he he).

Não encontrei ainda quem tivesse gostado do filme, e eu, pessoalmente, tenho uma implicância danada com o livro, que li assim que saiu, na esteira do sucesso d'"O nome da rosa".

Acontece que o Umberto Eco era original e delicioso de ler, ao passo que "O perfume" era tão pretencioso quanto mal escrito. Para fazer de conta que aquele era um romance "sério", o autor despejava sobre os leitores uma catadupa de informações sobre cheiros e perfumes, usada como pano de fundo para a história de um serial killer barroco.

Li-o de ponta a ponta, reclamando a cada página virada. A única coisa de que me lembro hoje é, justamente, essa capacidade de forçar os leitores a irem até o fim, enredados no suspense da trama. Muito pouco, convenhamos, para um romance tão cheio de si.

Sair de casa para ver uma versão filmada deste livro esquecível, portanto, ainda por cima apodada de "História de um assassino", só com motivação muito forte. O pior é que ainda perguntei ao Tom se ele achava que o filme prestava, e a resposta foi exatamente o que eu esperava:

-- Mas é claro que não! Deve ser uma bomba.

Pois não é que o filme nos prendeu do começo ao fim, e é muito interessante? Mais do que isso: é muito bom. Seus defeitos -- basicamente, rombos de lógica enervantes -- não são defeitos cinematográficos, mas literários. Se fossem consertá-los, o diretor Tom Tykwer e os roteiristas Bernd Eichinger e Andrew Birkin teriam que filmar um outro romance.

Tirando a história capenga em que se baseia o roteiro, porém, o resto é excelente: cenários, figurinos, fotografia, atores, narração. O conjunto da obra, digamos assim, compensa a ida ao cinema.

* * *

Quando já estávamos quase aqui na porta é que me lembrei: a Luiza ligou de tarde, avisando que o exame de sangue não era logo mais, de manhã, mas na quarta-feira.

Fiquei aliviada, estressada, indignada comigo mesma pela cabeça de vento. Nem ao menos tirei qualquer consolo de não precisar acordar TÃO cedo, porque tenho que acordar, quase tão cedo, para a cabine de um filme que estréia essa semana.

Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!

Tom e Pipoca




28.1.07

Netcat




Emergência felina!

Escreve a Bruna Prado:
"Estou procurando ajuda para alguns gatinhos dos quais minha mãe cuida, aqui no bairro de Santa Teresa, juntamente com outros moradores. O terreno em que os animais se encontram fica na Rua Joaquim Murtinho e pertence ao Museu da Chácara do Céu.

Esses animais são alimentados nessa área há mais de dez anos. Infelizmente ontem recebemos uma carta do Museu pedindo a retirada das casinhas em até 10 dias, caso contrário eles as retirarão.

Infelizmente minha mãe e eu nos encontramos numa situação muito complicada, meu pai infartou no mês de dezembro e no momento se encontra internado. Dessa forma estamos com muita dificuldade de resolver o problema. Não sabemos muito o que fazer. E estamos tentando dar os animais. Não sei se divulgar a situação seria uma boa... estamos um pouco perdidas.

Comecei a criar uma página na internet para divulgar o trabalho com os felinos e tentar fazer uma área de adoção, mas com essa situação pessoal não consegui terminar. Estou muito preocupada com a situação desses bichanos e muito triste com tudo isso."

Abricó de macaco




Uma tarde linda!




Tina, a flor é essa?




Bia fez uma amiga




Faz sol lá fora




Vivem juntinhas...




27.1.07

Ipanema




Caso Meg

Acho que esse assunto já rendeu mais do que devia. Faço, porém, uma última observação: não se trata de ter ou não ter "caráter", de ter ou não ter "consideração com as pessoas", de ser ou não ser "legal". Esses são valores que se aplicam a pessoas em seu juízo perfeito, mas, pelamordedeus, não se esqueçam: nós não estamos falando de uma pessoa saudável!

Uma das características mais cruéis dos distúrbios mentais é, justamente, o fato de ninguém dar-lhes a devida consideração, especialmente no caso de uma pessoa articulada, culta e inteligente como a Meg.

Quando alguém tem câncer ou perde uma perna todos reagem cheios de pena e solidariedade; quando alguém não bate bem das idéias, todos lhe atiram pedras, como a um cão danado.

Vocês acham que a Meg não preferia ter juízo e ser plenamente responsável por seus atos, como a maioria de nós? Acham, sinceramente, que se ela pudesse escolher, não preferiria estar ativa e alegre, cercada de gente, dando aulas em alguma faculdade?!

O Anônimo escreveu: "Se não fosse pelas maldades, ela mereceria compaixão..."

Perdão, mas... que maldades? Nos quase 150 comentários do post lá embaixo, várias pessoas deram depoimentos em que reconheceram, em primeira pessoa, o carinho e a gentileza que receberam da Meg. Não houve um só relato de alguém que se dissesse diretamente vítima de qualquer maldade. Falaram na Magaly e num blog deletado em 1915, sem levar em consideração o que eventualmente estaria escrito naquele blog, e porque cargas d'água a Meg teria a sua senha.

Repito o que escrevi: acho que ela quis dar um perdido no tal português -- que deve ser, este sim, um tremendo mau caráter (fiquei horrorizada ao ver como ele quis surfar na popularidade da sua "falecida mulher") -- não calculou o exato alcance dos seus atos e, a essas alturas, se a conheço, deve estar arrasada e profundamente arrependida do que fez.

A meu ver a Meg é, sim, digna de compaixão. Muita compaixão. Por vários motivos, mas agora, sobretudo, por ter posto a perder tantos amigos conquistados ao longo dos anos: afinal, também não se pode pedir a ninguém que chore o mesmo defunto duas vezes.

Dito isso, vamos cuidar da vida.

25.1.07

Estranho, muito estranho

Os blogs fervem com boatos sobre a Meg: que não teria morrido, que estaria viva em algum lugar se divertindo com a comoção que criou, etc. etc. etc.

Torço para que os boatos estejam certos, por maluca que seja a história.

E nem tento entender, porque loucura não é para amadores.

Assim se deve tratar os animais

Eu vibrei com essa história que a Marcia Amaral contou:
"Em novembro de 1988, eu estava na Hauptbahnhof, em Hamburgo, vendo como funcionavam os trens (ainda estava atordoada tentando me adaptar ao país e a seus hábitos) quando vi um tipo chutando o cachorrinho filhote de um músico de rua.

O cara foi logo cercado por pessoas de todas as idades, que começaram a xingá-lo e empurrá-lo, enquanto outras foram correndo chamar a polícia, sempre presente nas estações de trem. Quando esta chegou (imediatamente, por sinal) o cara foi separado dos demais, que já queriam linchá-lo, e recebeu ordem de prisão por maltrato a animais.

Em menos de cinco minutos chegou um carro da polícia e ele foi jogado lá atrás, algemado. Antes, porém, recebeu vários bifes dos policiais, bengaladas e guarda-chuvadas das pessoas em volta, várias, inclusive, com seus cachorros."
Eu sei que nunca se deve apoiar a violência policial, mormente na Alemanha, que não tem um histórico dos mais confiáveis, mas, do fundo do coração, não consigo deixar de ficar feliz quando a vítima dos sopapos é um torturador.

Se a cada bicho maltratado correspondesse uma dúzia de tabefes, guarda-chuvadas e bengaladas, acho que teríamos muito menos bichos sofrendo -- e muito mais animais de pé atrás.

Todo mundo no batente!




Austin, Texas

Brasil, o país mais caro do mundo

Pergunta: alguém fiscaliza o que o Aerolula traz do exterior?


Durante muitos anos, minhas viagens aos Estados Unidos foram marcadas por uma frustração enorme. Naquela época, não custa lembrar, o ir ainda era bom. A imigração aprontava das suas, com certeza, mas as histórias de horror que patrocinava eram tão raras que ganhavam destaque nos jornais. Ninguém precisava se despir de bom-senso, dignidade e sapatos na aduana, e as autoridades pensavam (!) antes de atropelar os direitos dos visitantes.

Aqui, por outro lado, reinava a reserva de mercado, um equívoco político e econômico que atrasou o desenvolvimento tecnológico do Brasil em pelo menos duas gerações. Enquanto lá uma turma de garotos hoje cinqüentões (e miliardários) inventava um mundo novo, os garotos daqui eram forçados por um governo imbecil e reacionário a reinventarem a roda. A reserva -- que, paradoxalmente, unia militares a comunistas como o vosso Aldo Rebelo -- proibia a entrada no país de qualquer coisa relacionada à informática. De caixas de disquetes a computadores, nada podia entrar. O que nos salvou da ignorância completa foi o denodo dos "executivos de fronteira". Brincadeira? Nem tanto. Honestamente, acho que todas as universidades brasileiras deveriam erguer em seus campi monumentos ao contrabandista anônimo, essa figura essencial ao desenvolvimento do país.

Pois saía eu do nosso brejal bizantino e, doze horas depois, aterrissava num país onde havia de tudo para comprar nas lojas. Os americanos não precisavam ligar para ninguém e falar em código, não precisavam ir buscar a muamba, nada! Todos tinham acesso ao que havia de mais moderno, abertamente.

Parece bobagem de nerd, mas acreditem: o sentimento de inferioridade e de exclusão experimentado pelos brasileiros antenados em tecnologia era desesperador. Nós sabíamos o que a distância daquelas máquinas significava, e ficávamos para morrer. Ao mesmo tempo, todos tínhamos amigos empresários que já haviam sido vítimas da fiscalização. Ela atacava nos momentos mais inesperados e roubava os bens de informática que encontrava -- para, depois, distribuí-los tranqüilamente em Brasília. O ódio que isso dava!

* * *

Depois a reserva acabou, a tecnologia mal ou bem chegou ao Brasil e houve um breve tempo em que fomos quase felizes. Estávamos empatados com o resto do mundo. Lojas como a CompUsa ou a Fry's continuavam despertando inveja, é claro, mas num grau administrável -- mais ou menos como qualquer supermercado francês, digamos, desperta a inveja dos gourmets de todo o planeta.

Nunca pensei que pudesse voltar a ter os sentimentos malsãos da época da reserva -- mas eis que, há dez dias, me peguei em plena Circuit City com a mesma sensação de impotência dos velhos tempos. Tive até certa dificuldade em identificá-la; mas não, não havia dúvida. Aquela sensação de exclusão, aquela mistura de náusea e de revolta não tem paralelo. Dessa vez a culpa foi da estúpida carga tributária que nos cai sobre as costas, e que é igualmente contraproducente. Nossa renda per capita está em US$ 4,3 mil, contra os US$ 42 mil dos EUA -- mas, apesar disso, pagamos de duas a três vezes o que se paga lá por produtos de tecnologia. Além disso, os impostos americanos são às claras, ao passo que os nossos vêm maliciosamente camuflados.

A exemplo do índice Big Mac de custo de vida, publicado pela Economist há 20 anos, a ZDNet apresentou, há uma semana, seu primeiro índice iPod, em que foram comparados os preços do Nano 2Gb em vários países. O que a revista descobriu? Ora, nada que seja surpresa para nós, contribuintes esfolados: no Brasil, país mais caro do mundo, o aparelho, que custa US$ 144,20 para os canadenses, sai a US$ 327,71. Muito distante da Índia, segundo lugar entre os mais caros, com o iPod a US$ 222,27. Os Estados Unidos ficam em quarto entre os mais baratos, com o iPod a US$ 149; os alemães pagam US$ 192,46, os franceses US$ 205,80, os australianos US$ 172,36.

Um iPod não é artigo essencial à sobrevivência humana, mas o contexto em que ele se insere é vital. É através do uso cotidiano da tecnologia que se aprendem os macetes de um mundo cada vez mais vez mais conectado. A ZDNet apenas escolheu um objeto emblemático para seu índice; se comparasse o preço de processadores, câmeras ou microscópios, o resultado não seria diferente.

Se o nosso custo de vida e a nossa exclusão digital tivessem como objetivo a construção de uma sociedade mais justa, com bons serviços, bons hospitais e boas escolas, ninguém poderia reclamar dos impostos. Mas há poucas coisas mais deprimentes do que ver o dinheiro que nos custou tanto esforço financiando as regalias e as maracutaias do governo. Aliás, gostaria muito que alguém me respondesse a uma pergunta básica: quando o Aerolula volta de viagem alguém lhe fiscaliza o conteúdo, ou o avião presidencial é a Nave Mãe do Contrabando?

* * *

Passei a semana final da viagem em Austin, Texas, onde moram meu filho, minha nora e meus três netos lindos. Com isso, fui testemunha de uma das maiores ondas de frio já registradas no estado: tive direito a paisagens congeladas, neve e um frio de oito graus negativos. A população, que não está acostumada, estava tão atônita quanto eu. Aquecimento global à parte, foi um espetáculo e tanto.

(O Globo, Segundo Caderno, 25.1.2007)
Chiquinha

Chiquinha

Esta é a Chiquinha, gatinha que adotou a Bia.

Este pitoco de gato mal nasceu -- ainda não tem 300 gramas -- e já sabe o que é a maldade humana: o machucado da boca é resultado de um chute que levou.

Tadinha da minha neta gata.

(Amanhã, a história da Chiquinha, contada pela Bia.)

22.1.07

A blogueira que veio do frio

Joe e um icicle

O carro do vizinho

Placa do carro do vizinho

A lixeira

Assim estavam as coisas por lá: um frio que não se vê no Texas há tempos, e que foi manchete de jornal, especial de televisão e assunto non-stop do rádio.

Essas são algumas das fotos que fiz com câmera -- coisa quase tão rara, hoje, quanto o frio em Austin.

Precisa-se de babá, urgente!

A Bia pede socorro: a afilhadinha dela, que está com dois meses e é uma gracinha, precisa urgentemente de uma babá de muita confiança. Se alguém tiver indicação, favor ligar para 2245-2594 e falar com a Elizabeth.

Muito obrigada!

Vamos matar as saudades!