31.5.06

Queridos!




Lá vou eu!






Até logo!

Bom, está na hora de desligar o notebook e fechar as malas. Meu avião sai amanhã, quer dizer, hoje, às 15h45, o que para mim é madrugada; e só fiquei sabendo disso ainda agora, pois só recbi a passagem quando voltei para casa da livraria.

Ainda estou meio tonta do lançamento do "Fala Foto"; como todo autor, ou, pelo menos, a maioria dos autores que conheço, estava muuuuuuito aflita, achando que não viria ninguém.

Mas não é que veio um monte de gente?!

Até o Anônimo Covarde apareceu: e, como eu imaginava, ele é um encanto de pessoa... :-)

Foi uma noite inesquecível para mim pela mistura de emoções: ver o livrinho com que tanto sonhei nas mãos de amigos tão queridos e de tantos leitores simpáticos, justamente às vésperas de embarcar para a Copa -- aventura que, confesso, está me deixando a-p-a-v-o-r-a-d-a.

Há uma semana, achei que era uma maluquice completa fazer o lançamento colado na viagem; quase desisti. Agora tenho certeza de que não poderia ter escolhido data melhor do que esta que o destino se encarregou de providenciar.

Esta é mais uma lembrança que vai me acompanhar não só agora, mas para todo o sempre.

Agradeço de coração a todos que estiveram presentes, tanto na livraria quanto aqui no blog e no Flickr da Jussara: ela e o Lucas fizeram um trabalho de reportagem sensacional.

Agradeço especialmente a Andrea d'Egmont e à intrépida troupe da editora Senac/Rio, que fizeram algo que me parecia impossível -- produzir um lançamento tão caprichado e um livrinho tão bem acabado em tempo recorde.

* * *

Enfim, amigos queridos do blog, mais uma vez, muito obrigada por tudo.

Vou tentar postar fotinhas durante a viagem, mas o mais provável é que a gente só volte a se encontrar quando eu estiver instalada na Alemanha.

Já estou morrendo de saudades!

30.5.06

No clima




Terminando? Duvido!




Assumindo o controle?




Presentinho do Eduardo Stuart




Aldo MonicaL Tom




Sergio Liuzzi designer




Cora e Van




Fala foto by Lucas




Mamãe (vamos ao Detran)




Mais carinhos






(Deste modelo elas nunca viram)

Carinhos...




Aniversário da tia Eva




Pipoca ao sol






POVO, É HOJE!!!

Não se esqueçam: lançamento do Fala Foto lá na Argumento (Dias Ferreira 417), a partir de sete e meia, oito horas, e indo até quando acabar.

Apareçam por lá!

Já estou morrendo de saudades de todo mundo.


CBN

Dei várias entrevistas para rádios por conta do "Fala Foto". A da CBN pode ser ouvida online: é só clicar aqui, ir até a caixa de busca, à direita, digitar o meu nome e clicar no link que aparece.

Não me conformo...




27.5.06



Os bandidos na mesa do café

por Fernando Gabeira
Depois de uma hora de braçadas tranqüilas, saio da piscina e subo numa arquibancada de madeira para tirar a toalha da mochila. Olho para uma edificação baixa de tijolos vermelhos, com uma placa: alameda Paissandu. Diante dela, mesas brancas, cadeiras. Numa delas dorme o gato Amaral. O sacana do Amaral, como o chamamos: gordo, castrado, sonolento, ainda assim faz das suas, encostando-se nas gatas, irritando a torcida do Flamengo, "precisamos acabar com esses gatos no clube".

Nesses momentos de contemplação, nuvens desenhando anéis em torno da estátua do Cristo, sinto uma dor por ter dedicado tantos anos à política, com tão escassos resultados. Invade-me uma vontade de mudar de vida, fazer como o narrador do romance "O Enigma da Chegada" (de V.S. Naipaul), que se retira para o interior e passa apenas a observar e escrever o que está na sua frente.

Segunda-feira, auge da crise de violência em São Paulo, parti para Brasília para fazer um discurso de solidariedade e propostas, pensado durante o fim de semana sangrento. Não pude realizá-lo até o fim, embora o plenário estivesse vazio. Minha palavra foi cortada por um presidente ocasional. Ele vem do Norte toda segunda-feira e assume a presidência porque não há ninguém para abrir as sessões. Dá a impressão aos seus eleitores de que é importante, embora já tenha sua prisão preventiva decretada e inúmeras processos. Limitei-me a dizer: "Vossa Excelência é um bandidaço", embora soubesse que até os insultos seriam usados por ele junto aos eleitores como sinal de importância. A um jornal de Brasília, declarou que aqueles que assistem à TV no seu Estado pensam que é o presidente da Câmara.

Ele é desse numeroso e sórdido grupo com que, depois de tantos anos de lutas e sonhos, tenho de conviver no café da Câmara: contas fantasmas, entidades fantasmas, ambulâncias superfaturadas, desvios de verbas no hospital do câncer. A própria luz do Planalto atravessando as vidraças e banhando os flocos de poeira que flutuam nos torna também fantasmas, e você olha a mancha de iogurte na mesa do café, duvida se aquilo não é um ectoplasma desses putos que pintam o cabelo e beliscam a bunda das secretárias.

Marcola, o líder do PCC, já leu mais livros do que todos eles juntos; os da minha geração, que tiveram uma base político-militar -não no sentido de terem feito ações armadas, mas por terem curiosidade em relação às leis da guerra-, esses praticamente saíram de cena.

Fiquei surpreso ao perguntar por um grande nome do Partido Verde alemão, que surgiu nos anos 60, e soube que, ao deixar o governo, está quase aposentado. Lembrei de tantos outros que se voltaram para suas especialidades acadêmicas, dos que morreram, dos que simplesmente deram uma banana para a idéia de transformar o mundo.

De uma certa maneira, foram poupados dessa humilhação que sinto todos os dias ao ver que os bandidos estão triunfando na vida pública, que não só tomaram conta de tudo mas também tomam café ao seu lado, riem para você, falam sobre o tempo e reclamam da dureza da vida política.

É uma ilusão pensar que o mundo do crime ignora essas variáveis. Marcola já esteve aqui depondo e, nos poucos minutos que passei pela sala, olhou-me com muita freqüência, como se quisesse dizer: com esse tipo de gente me interrogando jamais sairá outra coisa, além do desprezo recíproco.

O mundo que está ruindo aos meus pés é muito desconcertante, pois leva consigo toda uma forma de pensar a política que nos reduz ao ridículo de tentar trazer a guerra urbana de São Paulo para o parlamento e ser interrompido por um idiota que está posando de presidente para seus eleitores do Norte.

O mundo que está ruindo nos impõe a humilhação de chamar de Congresso brasileiro um lugar onde os dirigentes da mesa estão mergulhados num escândalo e nem sequer pedem licença para serem investigados, um lugar onde o corregedor, num ano eleitoral, foi o primeiro a ser multado pela Justiça por fazer propaganda fora de tempo.

Numa semana tão importante, talvez não devesse enfatizar minhas frustrações. Acontece que não estou sendo humilhado sozinho, nem o está a pequena parcela de deputados honestos.

Enquanto não se desvendar o elo entre as quadrilhas que queimam ônibus, metralham policiais, fuzilam inocentes e os bandidos que nos cercam, poucos vão sentir a humilhação que sinto. E quando falo de vínculo não me refiro a advogados, emissários ou mesmo um ou outro deputado que possa estar ligado ao crime organizado. Refiro-me ao plano simbólico tão bem expresso na célebre frase carioca: está tudo dominado.

O tudo dominado revela-se não apenas em números mas também em encenações falsas, pequenas omissões, um rígido controle da agenda para que venha à tona o debate dos verdadeiros problemas do país.

Aqui as matracas, os "treisoitões", as bananas de dinamite transfiguram-se em questões de ordem, permita-me um aparte, regimentos internos. Aqui e ali, no Planalto, onde instalamos um governo destinado precisamente a mudar tudo isso e que, no fim das contas, apenas exacerbou o processo, degradando-se e nos degradando.

Só penso em aposentadoria quando vejo o Amaral, gordo, castrado e sacana: divagações à beira da piscina. Não rolei tanto barranco para entregar o ouro aos bandidos. Se há uma boa maneira de viver os últimos dias, essa maneira ainda é o combate.


Oba, funcionou!!!

A foto abaixo não está grandes coisas mas, para mim, representa um triunfo do espírito sobre a matéria. Uma das características do K790 e do seu irmão quase gêmeo K800 é fruto do acordo da Sony-Ericsson com o Google: os aparelhos podem postar fotos e legendas diretamente em blogs editados via Blogger.

Quando você clica a foto, entre as opções estão MMS, email, Bluetooth, IR e blog. Quando se escolhe blog, zapt! -- a foto, como num passe de mágica, vai pro blog do freguês.

Eu já fazia isso via Flickr, mas o Flickr come as legendas, e implica uma operação mais complicada.

Acontece que o aparelho que a Sony-Ericsson mandou é um Beta, ou seja, uma versão de teste e, como tal, ainda cheia de probleminhas. Este celular só chega ao mercado, de fato, no segundo semestre.

Tentei inúmeras vezes fazer esta operação, mas sempre quebrava a cara.

Conseguia mandá-las via Flickr, mas não via Blogger. Mudei chip, mudei configurações, falei um tempão com o pessoal de São Paulo. Já estava desistindo quando resolvi fazer mais uma tentativa.

E... não é que deu certo?

Muito bom!!!

Da próxima vez vou tentar pôr um espaço entre a legenda e a foto.

:-))))

Testando o celular


Esta foto e a legenda seguiram diretamente do 790 para o Blogger!

Macro




Macro




Em ritmo de Copa




26.5.06

Olivinha e Debi




Estou muito impressionada com este celular!




Esta vista, agora, só daqui a 50 dias...




Happy hour




Candelária




Hora do banho




Pipoca




Keaton no café da manhã




Tutu




Para zoom de telefone não é mau...




Um belo (e frio) dia