31.12.02



O pior ano

















A festa pode até ser hoje, mas ontem já estivemos com Iemanjá na Praia Urca, saindo da casa do Ricardo Cravo Albin. A maquininha digital fez o que pode mas, coitada, não esteve à altura da ocasião; e neste computador eu sequer tenho Photoshop para dar aquele trato básico às imagens.

Sim, ainda estou tendo problemas de máquinas e de conexão: o Eudora subiu no telhado, o Blogger está esquisito, o webmail não dá nem pra saída.

Mas tudo bem: no ano que vem a gente resolve isso...


Um especial do Millôr para o internETC!

Na fronteira

Para ser lido entre o último toque de 31.12.2002 e o primeiro toque de 1.1.2003

Fim de um, começo de outro, passado e presente sem contornos, a certeza, mais uma vez, de que o tempo não existe. Só existe o passar do tempo. O que nos falta, entre o ano que termina e o que começa, é um limite de precisão que não o do relógio. Não há tique-taque que meça isso a não ser o, amedrontado, do coração.

Necessitamos saber - e não podemos - se já chegamos ou ainda estamos. Queremos pelo menos uma terra-de-ninguém, que nos dê tempo de respirar, enquanto abandonamos um ano e assumimos outro. Será por isso que procuramos fazer tanto barulho quando o ano acaba? Mas não adianta tocar uma corneta, bater um bumbo, emitir um grito; as ondas se espalham, ainda!, igualmente, num ano e noutro, em círculos perfeitos que estão, ao mesmo tempo, no fundo de 2002, no primeiro degrau de 2003.

Círculos perfeitamente concêntricos de nada. O momento é totalmente vago, fugidio, não tem realidade. Estamos na angústia do que perdemos definitivamente - mais 365 dias que mergulham para sempre no buraco negro do ido - e no fulgor do primeiro minuto que virá, novo, polido, toda uma outra coisa, como nunca foi. É, ainda não chegou, e talvez jamais chegue.

Pois no meio, pavorosamente silenciosa, aquela fímbria, o instante e espaço fim/início.O intervalo invisível, inaudível. Tordesilhas de nossas vidas, linha nem sequer imaginária.

Um gesto de carinho, um copo erguido, um beijo. E o abraço do afeto, o cálice da saudação e os lábios da intimidade estarão de um lado e do outro, num tempo e noutro tempo, no aqui e agora, e no semper et ubique.

Mas é isso aí.

Feliz Ano Lula.

(Millôr Fernandes)

29.12.02





Gatinhos cariocas em busca de um lar

Cut&Paste do blog do Tiago Teixeira:

"Amigos, ajudem a encontrar um lar para essas duas belezinhas da foto. Eles têm dois meses, aproximadamente, e estão vermifugados. São brincalhões e muito doces. A pretinha é fêmea e o tigrado, macho. Aqui quem fala é Juliana, a esposa do Tiago. Nós moramos no Rio, e quem quiser entrar em contato, por favor envie um email para ju@tiagoteixeira.com.br"


TUDO

...e mais alguma coisa: é a edição especial de Natal do Pulso Único que -- pecado! -- só vi agora. Dá pra gente se divertir até o ano que vem. O outro, digo.


TUDO

...e mais alguma coisa: é a edição especial de Natal do Pulso Único, que -- pecado! -- só vi agora.

28.12.02















Do Bricabraque

"Nome e endereço do autor do lotogipo Tim, por favor.

Precisamos conversar, ele e o meu 38."

Taí. Dô morrrapoio.


Faxina geral

E hoje acabou sendo dia de arrumar as máquinas. O Abel passou aqui à tarde, confirmou o meu diagnóstico e trocou a fonte do computador, que voltou a se comportar comme il faut; aproveitamos e abrimos a máquina da Bia, que está fazendo um barulho estranho há uns tempos, e vimos que lá teremos em breve outro problema de fonte. Antes que aconteça, vamos trocar também aquela fonte e, de quebra, o gabinete.

Me dei de presente de Natal um gravador de CD (o meu computador, espartano, só tinha um DVD player); instalei uma nova impressora, especialmente boa para fotos (Epson 820) e a nova versão do Norton Systemworks, completa, na pequena rede do escritório, que a Bia e eu chamamos de Nossa Redação Particular.

Agora estou limpando arquivos antigos, velhos programas, essas coisas.

A Família Gato, prestativa como sempre, ajudou no que pôde. Mosca já adotou os gatinhos pequenos, brinca com eles, dá lambidas e -- gracinha completa! -- deixa que comam da sua comida. Lucas, mas impaciente, ainda dá, volta e meia, uns safanões nos fracos abusados.

Os outros membros da famiglia, desconfiadíssimos, só agora começam a chegar perto dos pequenos -- mas é lógico que vão acabar vencidos pela curiosidade.


Da caixa postal

Uma mensagem em galego: vejam que linda é esta língua!

"Cora, gracias pola tua amabel mensaxe. Eu tamén che desexo un Bo Nadal e un inmellorabel Aninovo.

Saúdos dende a Galicia do Apóstol, e agora tamén do Fuel-Oil.

Unha aperta

Xosé"

Para quem quiser saber mais sobre a Galícia, vítima do trágico vazamento de óleo do Prestige, aqui vão alguns links -- e um trecho do Hino Nacional, para os que gostam de brincar de detetives de letras, e que pode ser ouvido na íntegra aqui.

Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden
e con arroubo atenden
o noso ronco son,
mais sóo os iñorantes
e féridos e duros,
imbéciles e escuros
non nos entenden, non.

27.12.02





Psicologia felina

Quem tem gato vai entender perfeitamente este cartão, na mesma linha de um livrinho que comprei há tempos na Amazon, melhor pelo título do que pelo conteúdo: Everything Here is Mine.

Essas coisas parecem piada mas são a mais pura expressão da verdade.

Na noite de Natal, conversando com mamãe, cheguei à conclusão de que o meu nível de tolerância com os gatos é infinitamente superior ao meu nível de tolerância com as pessoas. Quando é que eu ia aceitar que uma pessoa -- qualquer pessoa -- fizesse o que eles fazem com o sofá?

Por outro lado, como sempre lembro a amigos que sonham em ter gatos *e* sofás bem conservados -- o que é um sofá diante de um gato?!

Curioso que a conversa voltou à tona ontem à tarde: Marina W. e eu tentando convencer Luciana a adotar uns gatinhos. Ia se divertir tanto!

Os pequenos hospedados aqui em casa descobrem uma novidade a cada dia, mas ainda há lacunas muito engraçadas no seu conhecimento. Ainda não sabem, por exemplo, que são carnívoros. Comem farofa, bolo e arroz com o mesmo entusiasmo que dedicam à ração, e entraram em êxtase quando provaram o purê de castanhas da Laura.

Eles também ainda não sabem que o rabo de um gato é parte integrante do seu corpo. Passam um tempão entretidos em correr atrás das próprias caudas; às vezes conseguem capturá-las e ficam tão empolgados que tascam-lhes os dentes. Aí dão um miadinho indignado e olham pra gente com o ar perplexo de quem acaba de sofrer uma injustiça inexplicável do destino.

Horas depois, esquecidos do incidente, recomeçam tudo de novo.

26.12.02




Especial Dilbert


Ano Novo 2002


Natal 2002... ainda em andamento

Há links nas imagens


Fórum

O Fórum sofreu um downgrade: não estranhem. É que quando me inscrevi, eles ofereciam uma semana grátis de modelo VIP, sem anúncios e com algumas firulas extras. Não assinei logo porque não sabia se ia funcionar; mas agora que está testado, vou pagar a assinatura e em breve teremos a versão antiga e mais chique de volta.




Eu acho linda (e muito bem selecionada) essa colagem que o
Matusca fez. Volta e meia eu passava lá, olhava e ficava pensando: "Tenho que roubar isso..."

Hoje não pensei não...

Aliás, a Múmia deu sinais de vida por !