29.9.02



É HOJE!

Atenção, pessoal: a Grande Marcha do Rosinha Não! sai hoje lá do Posto 10, na Vieira Souto, às quatro da tarde (16h), em direção ao Jobi. Todo mundo lá!

28.9.02



ELA VOLTOU!!!



Sampa

Hoje eu vou dormir aqui (e vou fazer umas fotos pra gente). Mas -- claro! -- amanhã volto em tempo de cumprir com o meu dever cívico.


É AMANHÃ!

Cariocas, não se esqueçam: a marcha do Rosinha Não! é amanhã, domingo, e sai às quatro da tarde lá do Posto Dez, no calçadão, em Ipanema, rumo ao Jobi. Se você ainda não tem adesivo ou camiseta, aqui vão dois Cut&Pastes do site:

ADESIVO? TEM SIM SENHOR!

Pegue já o seu adesivo de carro gratuitamente nos dois pontos de ditribuição mais legais do Rio. No Leblon: Livraria Dantes, Rua Dias Ferreira, 45 B. No Centro: Rock Station, Rua 13 de Maio, 47 sobreloja 204. Agora, vê se deixa de ser zura e compra algum livro ou CD nas lojas.

SEUS POBREMA SE ACABARAM

Todo mundo pede camisetas ROSINHA NÃO! Agora chegou a sua vez. Vamos liberar 200 camisetas durante a MARCHA DOS 10 MIL. Para faturar a sua, imprima o VALE CAMISETA e pegue com a gente a partir das 15:30. Corra porque vai acabar rápido.

Se você preferir fazer a sua produção independente, baixe o arquivo da camiseta e seja feliz!


Pergunta para blogueiros

O Rafael Cotta pergunta:

Estou escrevendo um programa (que qdo estiver pronto vai ser freeware) que vai permitir que a pessoa tenha o seu blog em qq servidor (geocities, por exemplo), e que o edite offline, simulando uma interface dos blogs tradicionais, onde o cara aperta um botão para dar um post, mas fazendo tudo offline, e fazendo o upload dos arquivos de uma só vez quando o usuário quiser (ah, com direito a templates -- claro, num formato diferente dos templates do blogger -- e outras gracinhas).

O pessoal que escreve blogs teria interesse nesse tipo de coisa? Existe algum programa semelhante?


JAWS

O Ictiossauro, réptil marinho,
Dominava o mar todinho.
Parecia um tubarão
Ou, quem sabe, um peixe-espada.
Seus requintes de crueldade
Fariam sensação
Num filme-calamidade:
Triturava
Sem pressa
Sua presa
Com suas duzentas e tantas presas.
Tremenda superpotência!

A ditadura
Da dentadura.

(Este é especial pro Tom Taborda, que pediu mais: portanto, se vocês não gostarem, já sabem de quem é a culpa... ;-) )



Se situa!


A simpática imagem acima é o meu Guest Map, uma idéia da Bravenet, que oferece contadores, álbuns, fóruns e uma série de outras gracinhas gratuitas com as quais se pode animar um blog. Ele está aqui, meio na moita, há 20 dias; um bocado de gente já descobriu sozinha o caminho das pedras, e aos poucos o mundinho do internETC. vai se povoando.

Se você ainda não foi até lá, e gostaria de deixar um recado, aqui vão as instruções: basta clicar à esquerda, no banner que tem o desenho de um globo e diz View My Guest Map. Quando o mapa aparecer, clique no ícone do alfinete, ache o seu cantinho, e clique de novo. Com isso vai se abrir uma janela de diálogo onde você pode deixar nome, email, homepage, o seu recado e até uma bandeira do país que escolher. É muito engraçadinho...


Fora de controle

Totalmente!

A premissa é até boa: um advogado apressadinho (Ben Affleck) causa um acidente de trânsito e, por pura arrogância, prejudica terrivelmente a vida do executivo em cujo carro bateu (Samuel Jackson). Na confusão, deixa cair no chão uma pasta fundamental para o desenrolar do processo em que está envolvido — e essa pasta acaba, é claro, nas mãos do homem que prejudicou.

Ao longo do dia, de golpe em golpe, os dois se transformam em inimigos mortais. O problema é que, apesar do bom ponto de partida, o filme se perde em incongruências e lugares comuns, e se encaminha, longa e tediosamente, ao previsível final. No Cinemark Downtown, às19h e 21h30 — ou, breve, numa sessão da tarde qualquer.


Lição de Moral

O Tiranossauro
(Está no nome)
Era um ditador,
Um tirano.
Tinha dentes
Indecentes!
Só pra comer dissidentes
(Pobres sauros cretacianos,
Todos vegetarianos!)

Horrendo, mal-educado
Urrava
Aterrorizava
Matava.

Foi o Rei dos Animais.
Mas com todo o seu tamanho
Se acabou... pra nunca mais.

(Escrevi isso pro Paulinho e pra Bia, quando eram crianças; saiu num livrinho chamado Há milhões de anos atrás, com outros poemas semelhantes. Na época, as informações dos versos estavam rigorosamente de acordo com o que os paleontólogos diziam. Hoje não sei mais; o que os dinossauros evoluíram nos últimos dez anos...!)

27.9.02



Emergência felina em Sampa!

A Leila me escreve pedindo para divulgar a página dos gatinhos da liberdade, que estão em situação desesperadora, precisando de ajuda e, sobretudo, de gente amorosa que se disponha a adotá-los. Há retratos deles na página, que também diz o que você pode fazer para ajudá-los.

Por falar em gatinhos, o Barney (lembram?), outro protegido do grupo ResGato, já achou uma dona, e está, parece, se recuperando muito bem.

E, por falar em Leila: o Katzine está de roupa nova. Um luxo! Não deixem de conferir.

Finalmente, uma emergência -- não tão emergência assim -- carioca: um casal de amigos meus está precisando de duas gatinhas siamesas. Filhotes, de ótimo temperamento. Alguém tem, ou sabe de quem tem?



Domingo sangrento

Assim caminha a humanidade

No dia 30 de janeiro de 1972, uma passeata contra a presença britânica na Irlanda do Norte entrou para a história quando parte de seus manifestantes desviou-se do trajeto proposto para confrontar-se com as tropas de repressão inglesas, que abriram fogo sobre a multidão. Vinte e sete civis foram feridos; 13 morreram no local e um mais tarde, no hospital. Ao longo dos 30 anos seguintes, três mil vidas mais se perderiam no país em choques entre católicos e protestantes, numa espiral de violência que, se não nasceu ali, lá teve seu momento decisivo, ao lançar nos braços armados do IRA centenas de jovens desiludidos com as possibilidades de um movimento pacifista.

O primeiro inquérito, instaurado logo após o massacre, inocentou os soldados com a clássica desculpa de que teriam atirado em defesa própria contra manifestantes armados, ainda que arma alguma tenha sido encontrada no local. Um novo inquérito, menos parcial e mais atento aos fatos, foi aberto em 1998, e prossegue até hoje, tentando trazer à tona a verdade.

Baseado no livro “Eyewitness Bloody Sunday”, de Don Mullan, que recolheu depoimentos de testemunhas do episódio, o filme de Paul Greengrass poderia ser, na verdade, a versão filmada deste novo inquérito — que, por sua vez, pode vir a ser uma espécie de continuação da história, em tempo real, para quem tiver a atenção despertada para os conflitos da Irlanda do Norte a partir desta obra extraordinária.

A narrativa se resume às 24 horas que cercam a manifestação e se concentra no político pacifista Ivan Cooper. Representado de forma comovente e irretocável por James Nesbitt, um dos poucos atores profissionais em cena, Cooper se inspira em Gandhi e Martin Luther King, canta “We shall overcome” acreditando piamente na letra, e conduz sua gente ao abatedouro com a aflitiva ingenuidade do idealismo. No fim do dia, é visivelmente um homem em estado de choque, abalado pela perda de amigos e de convicções.

“Domingo sangrento” (Urso de Ouro no Festival de Berlim, às 18h30m na Casa de Rui Barbosa) não é um filme “fácil”. Greengrass não faz favores ao público, não explica nada, não conta uma historinha linear com começo, meio ou fim. Mostra os dois lados da moeda, os ativistas sedentos por briga e os soldados despreparados, com os nervos à flor da pele. A câmera entra de sola numa ação em movimento, mantém distância dos personagens, corre e cai com eles e é tão confusa quanto a situação que retrata. Quando se ouvem os primeiros tiros, ela está apontada para outra direção; quando os soldados imaginam ver armas nas mãos dos manifestantes, ela não esclarece coisa alguma. O que é que eles estão segurando? Pedras? Pistolas? Quem sabe?

O que a gente vê na tela é magistralmente mostrado quase que como material bruto para um documentário, característica acentuada pelas cores amortecidas do dia de inverno, com seus 256 tons de cinza. As cenas são curtas, algumas falas interrompidas ao meio, a seqüência por vezes sem nexo. O fato de sabermos, desde o começo, qual é o fim da história só faz aumentar a impotência gerada pelas imagens incompletas, como se o cinegrafista, assim como os seus personagens, fosse, a cada momento, pego de surpresa.

Como, ao fim, somos todos nós. O pior é que já vimos este filme e esta intifada milhares e milhares de vezes, desde o começo dos tempos — mas não aprendemos nada.


Leiam!

Cut & paste direto da Clarah -- que fez a tradução -- por indicação da Bia Badaud:

A ÍNDOLE DA MULTIDÃO
(Bukowski)

Há suficiente traição, ódio,
violência,
Absurdo no ser humano comum
Para abastecer qualquer exército a qualquer
momento.
E Os Melhores Assassinos São Aqueles
Que Pregam Contra o Assassinato.
E Os Melhores No Ódio São Aqueles
Que Pregam AMOR
E OS MELHORES NA GUERRA
-ENFIM- SÃO AQUELES QUE PREGAM
PAZ

Aqueles Que Pregam DEUS
PRECISAM de Deus
Aqueles Que Pregam Paz
Não Têm Paz.
AQUELES QUE PREGAM AMOR
NÃO TÊM AMOR
CUIDADO COM OS PREGADORES
Cuidado Com Os Conhecedores.

Cuidado
Com Aqueles
Que Estão SEMPRE
LENDO
LIVROS

Cuidado Com Aqueles Que Ou Destestam
A Pobreza Ou Orgulham-se Dela

CUIDADO Com Aqueles Rápidos Em Elogiar
Pois Eles Precisam de LOUVOR Em Retorno

CUIDADO Com Aqueles Rápidos Em Censurar:
Eles Temem O Que
Desconhecem

Cuidado Com Aqueles Que Procuram Constantemente
Multidões; Eles Não São Nada
Sozinhos

Cuidado
O Homem Vulgar
A Mulher Vulgar
CUIDADO Com O Amor Deles

Seu Amor É Vulgar, Busca
Vulgaridade
Mas Há Força Em Seu Ódio
Há Força Suficiente Em Seu
Ódio Para Matá-lo, Para Matar
Qualquer Um.

Não Esperando Solidão
Não Entendendo Solidão
Eles Tentarão Destruir
Qualquer Coisa
Que Difira
Deles Mesmos

Não Sendo Capazes
De Criar Arte
Eles Não
Entenderão A Arte

Considerarão Seu Fracasso
Como Criadores
Apenas Como Falha
Do Mundo

Não Sendo Capazes De Amar Plenamente
Eles ACREDITARÃO Que Seu Amor É
Incompleto
ENTÃO TE ODIARÃO

E Seu Ódio Será Perfeito
Como Um Diamante Brilhante
Como Uma Faca
Como Uma Montanha
COMO UM TIGRE
COMO Cicuta

Sua Mais Refinada
ARTE


THE GENIUS OF THE CROWD


There is enough treachery, hatred,
violence,
Absurdity in the average human
being
To supply any given army on any given
day.
AND The Best At Murder Are Those
Who Preach Against It.
AND The Best At Hate Are Those
Who Preach LOVE
AND THE BEST AT WAR
--FINALLY--ARE THOSE WHO
PREACH
PEACE

Those Who Preach GOD
NEED God
Those Who Preach PEACE
Do Not Have Peace.
THOSE WHO PREACH LOVE
DO NOT HAVE LOVE
BEWARE THE PREACHERS
Beware The Knowers.

Beware
Those Who
Are ALWAYS
READING
BOOKS

Beware Those Who Either Detest
Poverty Or Are Proud Of It

BEWARE Those Quick To Praise
For They Need PRAISE In Return

BEWARE Those Quick To Censure:
They Are Afraid Of What They Do
Not Know

Beware Those Who Seek Constant
Crowds; They Are Nothing
Alone

Beware
The Average Man
The Average Woman
BEWARE Their Love

Their Love Is Average, Seeks
Average
But There Is Genius In Their Hatred
There Is Enough Genius In Their
Hatred To Kill You, To Kill
Anybody.

Not Waiting Solitude
Not Understanding Solitude
They Will Attempt To Destroy
Anything
That Differs
From Their Own

Not Being Able
To Crate Art
They Will Not
Understand Art

They Will Consider Their Failure
As Creators
Only As A Failure
Of The World

Not Being Able To Love Fully
They Will BELIEVE Your Love
Incomplete
AND THEN THEY WILL HATE
YOU

And Their Hatred Will Be Perfect
Like A Shining Diamond
Like A Knife
Like A Mountain
LIKE A TIGER
LIKE Hemlock

Their Finest
ART


25.9.02



Tipicamente Laura

Desculpem o post em inglês; mas é tão a cara da minha irmã que não resisti!

THE ULTIMATE WEAPON FOR PROTECTION

Today, reading Lynn's Blog, I found this little note:

"A group of political activists attacked pianist and conductor Daniel Barenboim in a Jerusalem restaurant, calling him a "traitor" for performing in the West Bank city of Ramallah last week, the Tel Aviv newspaper Ha'aretz reports. Barenboim's wife fended off the assault by throwing vegetables at the attackers, who were identified as activists from the rightist Kach party. The newspaper did not indicate that anyone was hurt."

My favorite part is where they describe Barenboim's wife "fending off the assault by throwing vegetables at the attackers". Vegetables? What kind of vegetables do they eat over there? And how are they cooked?

Para quem lê inglês e gostou, tem mais lá no Mostly Music.


Blog!



Villa-Lobinhos

Vocês já conhecem o Projeto Villa-Lobinhos? Não? Pois dêem uma chegada até aqui: vale a pena. Confiram também o blog do meu amigo Rodrigo Belchior, coordenador do projeto, que toma conta da garotada. Lá vocês podem acompanhar o cotidiano desses meninos fora de série.


Bancada Software Livre

Cut & Paste direto da página do CIPSGA:

Lançado hoje o site que vai divulgar os políticos brasileiros que estão defendendo o Software Livre

"O projeto visa também centralizar as iniciativas parlamentares, tais como projetos de lei e outras ações em defesa do GNU/Linux (o FUST por exemplo), além de servir de divulgação desta especialíssima bancada, que vem se esforçando para transformar o nosso pais num país melhor e tecnologicamente mais justo.

A iniciativa de membros da comunidade GNU preve a possibilidade de cadastramento no site das pessoas que quiserem assinar o manifesto. Direcione seu "browser" para para ter acesso as informações e conheça os políticos que estão dando sustentação à disseminação do GNU/Linux no Estado brasileiro.

O site permanecerá neste servidor pessoal até o final das eleições, quando então migrará definitivamente para bancada.softwarelivre.org.br."

24.9.02




Cut & Paste direto do Rosinha Não!:

LÁ VEM O GOVERNO TALIBÃ

"Eita nóis. Tá no JB: "Candidata do PSB diz que seus advogados estudam ação contra autores da campanha". Fica aí pra vocês um trailer do que poderemos esperar de um governo da Rosinha Bin Laden. A fofa não sabe lidar com as diferenças? Não aceita uma opinião diferente, um credo diferente, uma postura diferente? Censura e bota fogo! Lança um exorcismo via web: "Sai desse site, Satanás"! Se a Rosinha quer atentar contra a liberdade de opinião, OK. Pode vir quente que eu estou fervendo. É o livro da bíblia contra o livro da constituição brasileira."

Galera, vamos nos juntar a essa gente boa e divulgar ao máximo este movimento supra-partidário, em prol do bem estar de todos e felicidade geral do estado do Rio de Janeiro! Rosinha, realmente, NÃO!

Sobretudo depois disso.

Como é que, num regime democrático, uma candidata a governadora tem o desplante de ameaçar processar quem se manifesta contra a sua candidatura?! Qual é a idéia?! Teocracia?! Os Garotinhos foram ungidos por Deus, e nós não podemos sequer reclamar?!

Eu já vi este filme antes, nos anos 70 (é, meninos, eu já existia naquela época!) e garanto: é muito ruim.


Uma boa idéia...

Depois do Museu do Spam e da campanha Morte ao Spam, da Rossana Fischer, apoiada em peso pela comunidade blogBR, taí o Adote um spammer, a mais nova iniciativa para combate ao spam. A idéia é ótima e as suas sugestões podem, até, surtir efeito. Não acredito que algum dia a gente venha se livrar disso completamente, mas se pelo menos conseguirmos dissuadir alguns spammers ou chateá-los à morte, já terá sido alguma coisa...



A respeito de spam

Há um monte de comentários interessantes sobre os posts que fiz em relação aos spams enviado pelos senadores Artur da Távola e José Dirceu. Algumas observações, à guisa de resposta:

É claro que, como jornalista, tenho que estar disposta a receber emails de muita gente que não conheço, ou conheço ligeiramente, porque boa parte das notícias me chega assim. Eu não reclamo de nenhum candidato que me manda spam para O Globo; não acho legal, mas tudo bem, faz parte do jogo, até porque o meu email está lá impresso, e é um canal de comunicação público.

Acontece que tanto o spam do Zé Dirceu quanto o do Artur da Távola chegaram -- além do jornal -- também ao meu email particular, que não dei a nenhum dos dois, nem está publicado no jornal. Não foram, portanto, enviados à jornalista, mas sim à pessoa física. Que, aliás, nenhum dos dois conhece.

Quanto ao motivo da minha bronca com spam, além de todos os que já mencionei aqui tantas e tantas vezes, e que estão repetidos nos comentários por gente que também se sente agredida por essa violência: acabo de chegar em casa. São duas da manhã. Saí às três da tarde e, durante o dia inteiro, não tive tempo de checar a mailbox daqui, onde havia simplesmente 156 msgs à minha espera. Delas, apenas 27 não são spam!!! Isso num prazo de onze horas. Lá no jornal são cerca de 600, 700 msgs diárias -- e o percentual de aproveitamento talvez seja até menor.

A questão é que estou perdendo horas da minha vida, todo santo dia, por causa desta praga. Um tempo que não volta mais, que me está sendo descaradamente roubado, e que poderia estar usando de mil maneiras mais úteis, produtivas e agradáveis.

Posso portanto, em sã consciência, não odiar spam?!

22.9.02





Apesar de tudo...


Até tu, Artur da Távola?!

O que é que deu na cabeça dessa gente?! Agora é o Artur da Távola, outro bom candidato, que não precisaria fazer isso para se eleger, mandando spam?! Reconhecendo, ainda por cima, que isso não é coisa que se faça?! Vejam só:

"Sou internauta antigo. Abomino o bombardeio que entope a caixa de mensagens. Serei breve, o suficiente para dizer que sou candidato à reeleição como Senador e meu número é 456. Caso deseje conhecer algo acerca de minha vida parlamentar e projetos, abra o anexo ou acesse minha home page através do link abaixo. Do contrário, delete. Esta é a única mensagem que lhe enviarei."

Sinto muito, senador, mas o senhor acaba de perder o meu voto.


A Terra é azul

No site da WorldTime há uma página com uma linda imagem da Terra, mostrando a evolução do dia e da noite pelo planeta, e seus vários fuso horários. O atlas é interativo, de modo que clicando sobre um ponto determinado do mapa, escolhe-se o continente que fica em primeiro plano. Há um zoom para trazer a Terra mais para perto, uma lista de países com respectiva hora local e um calendário com feriados e datas especiais do país que está em primeiro plano. Bonito mesmo!




Muito bom!

Dica da Helenice: no Google em inglês, escrevam "go to hell" na janela de diálogo (não se esqueçam das aspas!), e cliquem em I'm feeling lucky pra ver onde vocês parar...


Meg fora de cena: pode?!

A Meg avisa no Sub Rosa que está dando um tempo. Tudo bem, eu sei que ela precisa de umas férias da gente, nós blogs seus súditos não somos uma turma fácil... mas volta logo, viu, Meg? Já tá todo mundo morrendo de saudades...

21.9.02



Blog!





Parte da alegre rapaziada da imprensa que cobre a noite carioca, num evento no Municipal. A Bia é a da frente, de preto e branco.


Blogs sobre rádio

A galera que faz o Diário de Bordo da Rádio Base está indignada com a falta de colegas:

"Cara, não nos conformamos em sermos, até o momento, o único blog brasileiro especializado em rádio. Se alguém conhecer mais algum, por favor, nos avise."

Tá dado o recado...


Foto Digital

Desta vez, quem dá o recado é o Cláudio Lousada. Fala, Cláudio!

Gostaria de acrescentar alguns dados ao seu post sobre a nova Canon. A Contax já oferece há algum tempo uma camera reflex digital (Contax N1, que está sendo atualizada) com lentes intercambiáveis cujo sensor CCD tem as mesmas dimensões do fotograma de 35mm. Só que ela tem 6Mp contra os 11.1 Mp da nova Canon. São três os fatores que vão marcar uma nova era de evolução nas cameras still digitais:

- Sensor de imagem do tamanho do fotograma de 35mm (24 x 36mm)
- Ter algo em torno dos 12 / 15 Mp
- Tecnologia Foveon X3

A tecnologia Foveon apresenta em apenas um sensor três camadas sensíveis, algo parecido com um filme fotográfico. Já é usado em uma camera da Sigma, a SD9. Na teoria, parece funcionar muito bem. Pode-se dizer que ele oferece a qualidade de 3 sensores no espaço de um.

A partir daí uma nova geração de cameras (tanto still como de vídeo) vai modificar o mercado, com uma nova era na produção desses equipamentos e na meta de qualidade, que vai chegar bem perto do filme. Pode-se imaginar também backs modulares para as 35mm que as transformarão em cameras digitais. A nova Canon EOS D1 tem dois dos três fatores que prometem mudar o cenário. Só falta alguém acrescentar o sensor Foveon a essa receita para que a fotografia digital amadureça de vez. (Cláudio Lousada)

20.9.02



Lula e a reserva de mercado

Como Serra, Ciro e Garotinho, Lula também veio ao GLOBO para conversar com a gente — mais especificamente, responder a perguntas de jornalistas e leitores. Brincou com a platéia, arrancou muitas risadas de todos e nos proporcionou uma tarde de agradável civismo. Saiu-se muito bem na maioria das perguntas, inclusive na que lhe fiz.

Eu lembrei que um dos fundamentos básicos do planejamento econômico dos militares (que ele andou elogiando) foi a reserva de mercado para a área da informática, que nos atrasou em várias gerações — e que ainda não foi completamente renegada pelo PT. Qual a opinião dele a respeito disso?

Com vocês, Lula:

“Vou te contar uma coisa. A reserva de mercado na área da informática foi aprovada inclusive com votos de deputados do PT, em 1982. Lembro que o grande defensor dela era o companheiro José Eudes, que era deputado federal do PT aqui. O que foi um equívoco. Se você determina a reserva de mercado para uma determinada área, então precisa fazer grandes investimentos para que você se transforme, efetivamente, num exportador do produto que você quer fabricar. Fizemos a reserva de mercado e não crescemos na área. Na verdade, você quase cria um pequeno monopólio.

Frustrando você, não vou dar o nome, porque a figura que eu vou citar é importante hoje no Brasil, é até ministro, mas certa vez viajei com uma figura para fora, defensor da reserva de mercado na informática, e quando vejo — nós estávamos vindo dos Estados Unidos — ele vem com um computador debaixo do braço, “porque o brasileiro não é muito bom”. Falei: “Mas peraí. Se você que defende está comprando aqui fora, por que que não abre logo esse negócio para todo mundo ter acesso?”

Não sou favorável à reserva de mercado na área de informática, não. Acho que a informática tem uma participação tão grande na vida do ser humano que nós precisamos estar abertos e ter acesso a tudo que for possível para que nosso país possa inclusive criar as condições para que as crianças pobres tenham acesso à informática. Para, quem sabe um dia, a escola pública vá permitir que as crianças mais pobres tenham acesso e que a gente possa daqui a dez, 15 ou 20 anos — penso sempre numa nova geração — ter uma geração muito mais bem equipada, mais bem informada. E acho que isso só virá se a gente tiver livre trânsito nessa área."


Lula no Globo

Hoje o Lula vem ao jornal, às 15hs, participar de uma sabatina semelhante à que já foi feita com os outros candidatos. Eu tenho direito a uma pergunta, mas não estou satisfeita com as que imaginei, e estou aceitando sugestões. O que perguntar ao Lula?

19.9.02





Primeiro lugar disparado nas paradas do Toplinks!
Seria cômico se não fosse trágico...


Sábio Dudi!

"Puts ressaca meu!!! eheeh Fui pro baile, dancei, farreei e até briguei -- eheheeh Vou pensar na próxima!"


O micro popular já existe

Há tempos se discute, aqui no Brasil, a criação de um "micro popular". Esta seria uma máquina barata, porém plenamente funcional, ao alcance, se não de todos -- óbvio -- pelo menos de boa parte da população. A idéia inicial punha seu preço em torno dos R$ 500, com linhas de financiamento especiais. Alguns modelos chegaram a ser desenvolvidos como protótipos, muito se disse e escreveu a seu respeito, mas nunca saíram do papel.

Agora, sem discussão alguma, com a tranqüilidade das grandes linhas de produção e distribuição, a Walmart americana acaba de lançar no mercado (de lá) uma máquina que custa U$ 199,86 (sem monitor). Roda Linux em sabor Lindows (uma versão amigável, bem bonita, para não assustar ninguém), vem com caixas de som, e é até parrudinha: clock de 800MHz, 128Mb de RAM, HD de 10Gb, drive de CD-ROM e conexão Ethernet 10/100 integrada, ou seja, pronta pruma banda larga. Se o usuário precisar de modem, são U$ 30 a mais.

Com o monitor de 15 polegadas mais barato da loja, são mais U$ 119. Tudo somado, U$ 348,86 -- mas na eBay se pode comprar, a qualquer instante, um monitor semelhante por cerca de U$ 30, ou até menos, dependendo da sorte.

Em suma: enquanto o governo daqui discute, os empresários de lá fazem.


Ah, tá explicado!

Me mandaram pela internet:

"Video-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o pac-man tivesse influenciando a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas."
(Kristian Wilson, Nintendo Inc, 1989)

Poucos anos depois surgiram as festas rave, a música techno e o ecstasy...


Ainda o Baile Blogue...

Está todo mundo confuso achando que agora temos dois bailes. Não temos não. Temos UM baile, que está aqui. E temos um espertinho que resolveu sequestrar a outra URL pra ver se aumenta a audiência do seu patético blog. Quer dizer: depois de um lammer que acha que é hacker porque consegue arrombar uma porta aberta, agora temos o espertinho "ético", que criou um 'blog público com o username e a senha (baileblogue) que nós estavámos usando pro Baile, e confiscou o verdadeiro Baile Blogue pra fazer propaganda de si mesmo. Este vai ser político quando crescer, não tenho nem dúvida. Rouba mas faz. Deve achar o Maluf o máximo. Tem um grande futuro -- mas, francamente, não sei quem é pior, se ele, que se acha "bacana" por nos ter "dado" um outro blog, ou o lammer que apagou tudo.

É muito triste constatar que algumas pessoas definitivamente não sabem fazer bom uso da liberdade -- sobretudo quando essas pessoas são jovens. A gente vive tentando evitar as trancas e cadeados, deixando a porta aberta e a alegria ao alcance de todos, mas pelo vsito isto é mesmo uma utopia inviável. Dudi, acho que a Joana deu uma excelente sugestão, veja:

"Dudi, o Baile Blogue tem apenas um usuário? O de senha e username baileblogue? Bom, não sei se o que eu vou falar é muito imbecil, é que eu não entendo muito dessas coisas, mas mesmo assim quero tentar ajudar.

Vc poderia criar um segundo usuário, o tal do blog comunitário, e este tal usuário não ter os direitos que tem o "administrador do blog". Com isso, esse usuário só poderia postar, mas não poderia mudar template, deletar ou fazer qualquer outra coisa além de escrever. A não ser que algum bom hacker o fizesse, mas pelo que vejo esse garoto não é um hacker dos melhores, é só um manezinho...

Aí vc deixaria a senha e o username desse segundo usuário disponível na página para nós continuarmos a dançar no baile, mas só vc poderia mudar o baile de lugar e acabar com ele.

Até a festa.

-Joana"


Até lá, sugiro a todo mundo que apague os links para o Baile Blogue antigo. Não vamos dar colher de chá a bandalho!



Quem não tem ido ao blog do Matusca está perdendo umas histórias ótimas...

18.9.02



Chamando todos os blogues!

GALLera, mobilização geral: vamos ajudar o Dudi a armar a resistência lá no Baile Blogue! Não vamos deixar que, mais uma vez, um adolescente com óbvios problemas sexuais venha a estragar a festa de todos!

Para quem ainda não foi lá: vá até o BloggerBR, e use baileblogue como nome de usuário e senha. Uma vez lá, dance, proteste, mande letra de música... enfim, como diz o nome do blog, Vale Tudo! Acho que só não vale acabar com a festa dos outros porque, cá entre nós, isso não tem a menor graça...

Update (às gargalhadas): Nisso é que dá amador mexer com profissional... A turma do Dudi -- que tem a Força -- foi lá no blog do ser_mané e mandou ver. Dá-lhe, Dudi!!! YESSSSS!!!!

Update 2 (sem achar a mínima graça): O ser_mané apagou o blogue de novo e redirecionou o Baile prum site pornô, provando assim, ao mundo, que grande hacker ele é. Haja paciência.... Tirei o link que havia posto pra o site dele (mostrando a invasão -- de verdade! -- do Dudi), porque acho que já demos muita colher de chá a este idiota.

Tou com o Lao: não sei se a gente reabre o baile já ou deixa pra depois! Leiam os comentários e opinem, por favor. O que fazer? Se abrirmos o baile novamente vamos dar a esta ameba com QI de protozoário a atenção que quer; por outro lado, se não abrirmos, a escumalha terá vencido... Há algum psicólogo na casa?

Update 2,5: Parece que a gALLera já tomou posição... A festa tá no ar de novo! Bom, vamos fazer o seguinte: como eu não vou poder ficar postando e despostando, postando e despostando, vale o escrito, com as devidas ressalvas. E vamos que vamos, que a festa nos chama... :-)


Fala sério...
(ou: arrombando porta aberta)

Vocês acreditam que um cara acha que conseguiu invadir o Baile Blog?! Viu o username e a senha lá, usou os dois e... está se achando o hacker! Quando a gente acha que já viu de tudo...

Não, não pode ser verdade. Acho que aí tem uma pegadinha qualquer. Ninguém pode ser tão burro.

Bem, sejá lá o que for, vale ir lá pra ver a resposta que o Dudi deu a esta ameba com QI de protozoário. Se for tudo verdade, é óbvio que a criatura não sabia com quem estava lidando...!


Rinocerontes

A Flávia fez uma ilustração muito bonita para mim no seu lindo Blog das Cores -- valeu, gatinha! Fui conferir e, passeando pelo que ela escreveu, encontrei este post que publicou a respeito dos ataques ao World Trade Center. Disse -- e pintou -- tudo.



As Torres, preto, branco e cinzas

Só sumindo pra escapar do interminável replay macabro, como disse, em outras palavras Cora Rónai.

Cheguei a pensar em trabalhar em uma foto das torres. Desisti a tempo. Motivo: reli “O Rinoceronte” de Ionesco. Então fiz um rinoceronte: preto, branco e cinza.

Neste ano tenho me sentido meio Bérenger, não no heroísmo mas na perplexidade. Vejo rinocerontes chegando, da direita e da esquerda, enquanto gente boa vai virando rinoceronte... O personagem de Ionesco, na última fala, já só, em meio a um mundo de rinocerontes, lamenta: -- “Infeliz daquele que quer conservar a sua originalidade!”

Mas finaliza reagindo: -- “ Sou o último homem, hei de sê-lo até o fim! Não me rendo!"

É preciso menos radicalismo pois é ele que cega a direita, a esquerda, o ocidente, o oriente, e vão todos achando que os rinocerontes até são belos... (Flávia)


Um viva pro YACCS

E, já que falamos em números... no dia 4 de março passado, eu postei este comentário:

Apenas testando o novo sistema... Vamos ver quanto tempo dura, né? {SIGH}

Eu vinha de três outros sistemas de comentários que ficaram no meio do caminho, e era razoável que não pusesse muita fé no YACCS. Hoje tiro o meu chapéu virtual pro Hossein Sharifi: este blog ultrapassou a marca dos 4.000 comentários, divididos por 461 posts.

Grande YACCS!


UM ANO DE PULSO ÚNICO!!!

O internETC. tem vários anjos da guarda, sem os quais não seria o que é, nem teria o jeitinho que tem. Para minha felicidade, um desses anjos é uma coruja, que trabalha no meu fuso horário: o Eduardo Stuart, a quem devo um blog livre de erros de Javascript.

Mais do que isso, porém, devo, como tanta gente, muitas horas de boa leitura e uma quantidade inacreditável de dicas úteis (e inúteis -- as melhores!), que ele publica no Pulso Único, um dos meus blogs favoritos. Pois o Pulso Único acaba de fazer um ano.

Parabéns, Eduardo querido -- e muitíssimo obrigada por tudo!

Só para vocês terem idéia do trabalho do garoto, aí vai um trechinho da nota que ele publicou ontem a respeito do aniversário:

"Para quem gosta de números, veja só o que o Pulso Único produziu nesses últimos 365 dias:

- Mais de 620 notas e artigos, com dicas, jogos, programas, sites interessantes, etc;
- Mais de 2500 links externos para outros sites;
- 60Mbytes de espaço em disco ocupado no servidor (HTML, imagens, arquivos para download, etc);
- 1976 mensagens trocadas com os visitantes do site;
- Mais de 107.500 visitantes (e crescendo!) =)
- Mais de 650 mil pageviews (e crescendo!) =)
- E muito mais..."


17.9.02

FGV Festa Giovanna Fundação Getúlio Vargas Fotos Cidade de Deus (Li no Querido Leitor, da Rosana Herman, que a galera está publicando essas palavras em branco sobre fundo branco para aumentar o número de visitas: será?!)




Estava aqui...

(E não é que ele é o Gato Bandini?!)




É, é a frase que eu postei no outro dia, mas agora ilustrada...

Pesquei no blog dançante do Dudi: vocês já foram até lá? Não percam, é a maior festa!


No estaleiro

Hoje, depois de quase dois meses de uma gripe enjoadíssima que vai e vem, de muita garganta inflamada, dor de cabeça e doses industriais de Trimedal, Tylenol e Flotac, acabei indo a um otorrino. Ele ficou ligeiramente chocado com o meu comportamento auto-medicante, me deu a bronca regulamentar e me mandou pruma tomografia computadorizada, onde me senti como personagem do ER ou uma criatura prestes a ser clonada. A gente se deita e um scanner circular vai e volta sobre a região a explorar, no meu caso a cabeça. Esquisitíssimo!

Parece que estou com uma tremenda sinusite. Não recomendo. O corpo inteiro fica moído e falta disposição para qualquer coisa, o que para mim é particularmente inconveniente neste momento, em que tenho pilhas de trabalho urgente para terminar. Estou meio de molho, pelo menos naquelas brechinhas pequenas que consigo para ficar de molho.

Sei que estou apenas constatando o óbvio, mas como é chato ficar doente...!

15.9.02



Até tu, Zé Dirceu?!

Eu posso até não saber ainda em quem vou votar, mas já sei perfeitamente em quem não voto: em spammer. Até aqui, como só vinha recebendo spam de candidato de quinta, isso não fazia mesmo muita diferença. Mas agora recebi um spam do Zé Dirceu!!! Também não vai fazer muita diferença, porque eu não voto em São Paulo; mas fiquei tão decepcionada! Eu tenho o Zé Dirceu na conta de homem sério, decente e bem intencionado. Não esperava isso dele. Ele diz, corretamente, que "O Brasil precisa de uma revolução ética". Ora, não é mandando spam para eleitor que se vai fazer esta revolução... :-(

Aliás: tenho uma sugestão pro Museu do Spam. Que tal fazer uma lista dos candidatos que mandam spam? No momento, eles estão perdidos no meio do acervo geral, e fica difícil encontrá-los.

Outra coisa: os spammers estão ficando cada vez mais cínicos! A última novidade que recebi veio como um email de uma certa Gisele (com um suspeitíssimo endereço ponto.nu -- de Niue, uma ilha da Polinésia -- e diz assim: "Oi, lembra de mim? Organizei aqui os sites interessantes que tenho em meus favoritos e estou compartilhando com vocês, como prometi! Divirtam-se!" Em seguida, vêm dez links tipo Google, INPI, Prada, Dicionários do UOL... passaria tranqüilamente por correspondência legítima, enviada para o endereço errado, se lá no meio não estivesse o endereço de um "bufffet impecável localizado na região do Mandaqui. Basta passar informações básicas sobre a festa e ficar tranquilo. Eles trabalham com carinho. Eu recomendo." Pode?!

Como é que vamos nos livrar disso?! ARGHHHHHHHHHHH!!!




Achei aqui...


Megapixel: inúteis especificações digitais

por Tom Taborda

(Enquanto o Tom não se decide a fazer o seu próprio blog, a gente aqui sai no lucro...)

Câmeras de 6 megapixels! Nova Canon 1DS de 11,1 Megapixels ! Acessório de 22 megapixels da Sinar para câmeras de médio-formato! E pensar que o colunista John C. Dvorak (PC Mag 05/dec/2001, pg 101) sonhava com o 'número mágico' de 8 megapixels para igualar a qualidade de um negativo de 35mm.

No entato, todas estas especificações são inúteis, para compararmos dados.

Minha primeira câmera digital, Olympus D-500L, oferecia 850 kilopixels. A nova câmera -- Fuji FinePix S1 -- tem um sensor de 3,4 megapixels Super CCD (equivalente a 6,13 megapixels), a área deste sensor é maior que a da Olympus, mas ainda menor que um negativo 35mm (36x24mm). E o tal acessório da Sinar preenche um negativo de tamanho médio (38,8x50 mm).

Assim, pura e simplesmente aumentando o tamanho (área) do sensor, vamos também aumentar o número de pixels, para preencher a nova área. Sem, no entanto, alterar o que quero convencionar como a 'Pixel Density'.

Precisamos urgentemente adotar um único padrão de especificações, correlacionando o número de pixels com a área do sensor, fornecendo um número do tipo '9,35 kiloPixel/mm²' (kPx/mm² - pixels por milímetro quadrado).

O sensor da Fujix tem 23,3x15,6 mm (363,48 mm² com 3,4 Mpixels na S1; e 6,5 Mpixels na S2); o da Canon EOS 1D 28,7x17,8mm (510,86mm²com 4,48 MPixels) e a nova Canon EOS 1DS tem finalmente os sonhados 36x24mm (864mm² com 11,1Mpixels).

Fazendo as contas (número de sensores dividido por área) descobrimos que:
- a Fujix S1 tem 9.354 pixels por milímetro quadrado
- a Canon 1D tem 8.769 pixels por milímetro quadrado
- a Sinar tem 11,34 kPixels/mm²
e a novíssima
- Canon 1DS tem 12.847 sensores por milímetro quadrado, ou 12,85 kPx/mm²

Caramba: mais de dez mil sensores espremidos num milímetro quadrado... Imagino qual será o limite teórico para a Pixel Density (falando nisso, quantos cristais fotossensíveis, por milímetro quadrado, existem num slide convencional de 35mm?)

Mas, fazendo as mesmas contas, descobrimos que a Fuji FinePix S2 Pro tem impressionantes 17,88 Kpixel/mm², num sensor menor.

Fazendo uma projeção matemática (multiplicando a Pixel Density pela área desejada), portanto, se a Fujix apenas aumentar o tamanho do sensor, para equivaler um negativo de 35mm, teremos uma câmera de 15,5 Megapixels; mas, como a tecnologia dos sensores hexagonais Super CCD da Fuji dobra a resolução efetiva, produzirá imagens equivalentes a 31 MegaPixels!

Eis uma bela corrida para acompanharmos. Os fotógrafos agradecem.

13.9.02



Parabéns atrasados...

... ao meu queridíssimo Victor. Tudo de bom, baby: aproveite bem esses 22 aninhos! Você é feliz e não sabe... Beijos!







Hoje é
dia de
BLOG!






O ateu e o urso

Recebi esta historinha do Christiano Rangel, que a recebeu do Fernando Antonio Mendes de Souza:

Um ateu estava passeando em um bosque, admirando o que, imaginava, a evolução havia criado:

-- Que belos animais! Que árvores majestosas! Que rios caudalosos!

Caminhava absorto nesses pensamentos, quando ouviu um ruído vindo de uns arbustos. Virou-se e se deparou com um imenso urso-pardo vindo em sua direção. Disparou a correr o mais rápido que podia, mas era inútil: o urso se aproximava mais e mais. Era tanto o seu medo que lágrimas vieram-lhe aos olhos, turvando-lhe a visão. O coração batia freneticamente; tentou imprimir maior velocidade a seus passos, mas cego pelo choro tropeçou e caiu, desamparado.

Rolou pelo chão, tentou levantar-se, mas logo o urso estava em cima dele, prestes a devorá-lo. Neste exato momento, o ateu exclamou:

-- Oh, meu Deus...!

O tempo parou; o urso ficou sem reação; o bosque mergulhou em profundo silêncio e até o rio parou de correr. Enquanto uma luz clara brilhava iluminando tudo misteriosamente, ouviu-se uma voz tronitruante, vinda do céu:

-- Tu negastes a minha existência durante todos esses anos, ensinastes aos outros que eu não existia e reduzistes a criação a um acidente cósmico. Esperas agora que eu te ajude a sair do apuro? Devo eu esperar que tenhas fé em mim?

O ateu olhou diretamente para a luz e respondeu:

-- É verdade, seria hipocrisia da minha parte pedir que, de repente, passasses a me tratar como cristão. Mas talvez, quem sabe? pudesses tornar o urso cristão...

-- Muito bem. Se é isso o que me pedes...

A luz foi embora, o rio voltou a correr, os sons da floresta voltaram e, então, o urso recolheu as patas. Fez uma pausa, abaixou a cabeça e disse, contrito:

-- Senhor, agradeço profundamente por este alimento que agora vou comer.

12.9.02



Uma Canon de... 11,1 megapixels!!!

Quem deu o aviso foi o André Gurgel: um release que a Canon divulgaria apenas no dia 24, às vésperas da Photokina, vazou. Passou meia hora na rede -- e aí, já era! Foi capturado e está aqui, estragando a surpresa: a SLR modelo EOS D1, uma câmera digital com assombrosos 11.1 megapixels.

"Mais do que altíssima resolução, a nova máquina oferece algo realmente inédito" -- explica o André. "Seu sensor interno tem o mesmo tamanho de um negativo 35mm. Este é o sonho dos fotógrafos profissionais em fase de migração para o meio digital, pois permite que se possa utilizar as mesmas lentes das câmeras 35mm convencionais, mas sem que o comprimento focal seja alterado. Até aqui, uma lente de 50mm se comporta como uma 80mm, por exemplo. O problema é ainda mais agudo com as grande-angulares, que são muito caras. Para se obter o efeito de uma 28mm é preciso uma 10mm -- mais cara ainda. Agora os profissas da arte luminosa têm tudo (ou quase) para se sentirem seguros sem aqueles rolinhos de filme nos bolsos."


Notícias do Barney, aqui





Esses são Alecrim e Pimenta, que moram com o Adão Iturrusgarai, e são tão chiques que até posam para fotos... Lindos! :-)


Salve nosso planeta. Mande Bush de volta ao dele.

Adesivo do Greenpeace, descolado pela Marina W.


Na mesma linha, mas ao contrário:

O que será da humanidade no dia em que a nave-mãe regressar à Terra e levar todos os gatos de volta?!

Ah! O Dudi avisa que agora tem Baile Blogue geral! Os meus pinguinzinhos já estão lá dançando...



Eu sei, eu sei -- todo mundo já cansou de falar sobre isso ontem, mas eu só agora voltei para casa, para o computador, para as notícias. Uma declaração do presidente Bush me chamou a atenção:

"Não permitiremos que nenhum terrorista ou tirano ameace a civilização com armas de assassinato em massa."

Tá: mas o exemplo começa em casa?


Estou devendo resposta a um monte de emails, a comentários feitos aqui e no álbum de visitas: mil perdões, pessoal, mas a barra está tão pesada...! Além do meu trabalho normal estou com duas pautas pesadas, uma tradução pelo meio, um conto sobre gatos que já estourou todos os prazos... Um dia eu ponho a vida (e este blog) em dia, prometo {sigh}.

Enquanto isso, aproveito a sorte de ter amigos que escrevem bem! Tom Taborda -- que até hoje não sei por que não tem um blog -- me mandou ontem esta mensagem. Estava sem acesso, só a recebi agora. Resolvi dividí-la com vocês. Com um dia de atraso -- ou de adiantamento, dependendo da ótica de calendário que se queira adotar:

"No dia 13/set/2001, enviei a msg abaixo para o Dines. Nas nossas 'videoretinas', temos estampadas imagens indeléveis do atentado.

Mas é sempre bom lembrar que estas marcantes imagens foram sendo criadas nas salas de edição, posteriormente. Fica a impressão, hoje, de uma brilhante cobertura da CNN, quando na verdade, do ponto de vista tele-jornalístico, foi um fiasco: demonstrou falta de agilidade, despreparo e incapacidade de cobrir o acontecimento (cá prá nós: uma única câmera num terraço distante é inadimissível! Nem mesmo o 'Cidade Alerta' faria uma coisa dessas, teria um helicóptero e alguns motoqueiros despachados para o local). Faltou chefia de reportagem na sucursal novaiorquina.

Como têm toneladas de dinheiro, nos dias seguintes foram comprando as imagens disponíveis, de amadores e profissionais independentes. E fica a idéia que cobriram o fato de todos os ângulos. A reputação está salva.

Mas os americanos são mesmo mestres em 'colocar todos seus fracassos nas Paradas de Sucesso' (vide o filme "Falcão Negro em Perigo/Black Hawk Down", um fiasco militar pintado com cores de heroísmo; patético, se comparado com "Galipoli", filme australiano sobre uma derrota militar, que é maravilhoso).


Dos terraços da CNN

por Tom Taborda


Avisam-me da inimaginável tragédia do WTC. Liguei as televisões (são três aqui no meu escritório -- uma na Globo, outra na Record e a terceira na DirecTV, alternado a CNN, a BBC e a TVEspaña; infelizmente não tenho a NET). O ato terrorista pegou não apenas o governo americano desprevenido, como também expôs o despreparo da CNN em cobrir o inesperado: uma única câmara, no alto de um terraço tão mal situado que, quando o segundo avião chocou-se, estava eclipsado pela torre da frente. E esta inepta locação manteve-se durante todos os dias seguintes. Tudo bem que, num primeiro momento, fosse o primeiro acampamento, enquanto outras equipes se posicionassem em outros terraços, outras janelas, outras ruas, outros pontos de vista. Mas isso não ocorreu, nós telespectadores ficamos reféns de um único ponto de vista. A 'estética' CNN, consolidada na Guerra do Golfo, consiste em mostrar prédios à distância sendo bombardeados. São prédios, construções inanimadas. Não existem pessoas, dentro dos prédios, não há gente, não há sangue, não há suor, lágrimas ou sofrimento. Não há vida. No dia seguinte, um novo terraço amorfo da CNN: em Cabul. A CNN confunde 'cobertura' com 'terraço'. E não agüento mais os terraços, o distanciamento da CNN! Não agüento mais a mesma escavadeira à distância, do mesmo ponto de vista, a vasculhar os escombros (não dá para colocar duas, três, cinco câmeras no local?). Será que há alguma restrição, unwritten law, do governo em relação às imagens de uma tragédia?

A Globo, convenhamos, deu 'um show' de jornalismo, ativando toda a sua infra-estrutura: os repórteres, produtores e câmeras, exibindo variados quadros e ângulos da tragédia. Até mesmo a imagem da janela do escritório, com as multidões escoando pelas ruas e, mais tarde, as mesmas ruas desertas com o carro de polícia parado, tinha mais emoção. Naquela noite, no Jornal Nacional, os editores de VT, mais uma vez mostraram porquê seus nomes aparecem nos bem-merecidos créditos de edição. Outro show de eficiência, que nenhuma outra emissora fez igual (abro um parênteses para louvar que sempre apreciei a qualidade das edições da TV Globo, mesmo quando flagrantemente apelativas, no emocional, são precisos nesta proposta; ninguem edita VT tão bem quanto os editores de VT da Globo, altamente profissionais, os melhores do mercado).

Com menos recursos locais, usando imagens de satélite foi igualmente satisfatória a cobertura da TVEspaña. Quase na madrugada, descobri zapando que a MTV.LA estava transmitindo a programação da CBS. Vi muito pouco, já o final do dia, mas a cobertura local me pareceu infinitamente superior à da CNN.

E, para terminar, como meu irmão, Felipe Taborda lembrou: ele desconfia de manipulação propagandístico das imagens, repetidamente mostradas, daqueles palestinos comemorando. Nada nas imagens atesta que eles estejam, de fato, comemorando o dito bombardeio (nenhum deles segura um jornal com as imagens das torres em chamas, por exemplo) e é uma mísera rua, meia dúzia de pessoas, com uma padaria cujo dono distribui bolos. Pode ser comemoração de um time de futebol ou até mesmo o nascimento do filho do dono da padaria. Ocorrida naquele dia, na semana anterior, ou imagens de arquivo. Já vimos antes comemorações nacionais anti-americanas nos países árabes e as imagens são completamente diferentes.

Desconfie sempre do que dizem ser as imagens, sobretudo propagandas que inflamam ódios.

10.9.02



Serra e os genéricos (do software)

Ontem José Serra veio ao Globo para uma espécie de debate diferente, em que não havia tempo marcado e em que vários de nós (mais cinco assinantes sorteados pelo jornal) fizemos perguntas sobre diversos assuntos. Ao longo da semana, os outros candidatos vão passar pela mesma sabatina.

Eu gostei da forma como ele respondeu, inclusive à minha pergunta, para a qual não tinha resposta -- tendo, em compensação, humildade e coragem para reconhecer isso. Eu quis saber se, como homem que já se bateu contra o cartel dos laboratórios farmacêuticos a favor dos remédios genéricos, ele não pensava em fazer a mesma coisa em relação a softwares genéricos. Ou seja, em adotar software livre nas agências e nas iniciativas governamentais.

Cora: Queria saber se há no seu programa de governo uma idéia de partir para o genérico do software?

Serra: Há uma idéia genérica (risos). Mas, partindo da idéia que você expôs, vai ser uma idéia menos genérica. Você me chamou a atenção para um aspecto que tenho que confessar que eu não sabia. É uma contribuição que você deu.

Acho a falha grave; mas acho que foi compensada pela sinceridade da resposta e pelo fato de, depois, ele me ter feito várias perguntas, de fato interessadas, a respeito do assunto. Teria sido muito simples inventar uma bobagem qualquer ou, como tanto se faz por aí, desconversar e sair pela tangente. Gostei que não tenha feito isso.

Se ele de fato correr atrás de informações sobre o assunto vai ser muito legal.

Em tempo: a Teresa Cruvinel escreve hoje sobre o caso.

8.9.02



9/11

A menos que a gente esteja disposta a se enterrar num buraco sem qualquer espécie de comunicação com o mundo exterior, vai ser impossível escapar do aniversário dos ataques terroristas aos EUA. Não há jornal ou revista que não faça, ou já não tenha feito neste fim de semana, uma cobertura especial dos acontecimentos e uma análise pormenorizada do ano que passou. A televisão está a mil -- para não falar, claro, na internet.

Algo me diz que, no dia 12, estaremos todos de ressaca dessa overdose de homenagens, reflexões e diatribes. Antes disso, porém, vale a pena dar um pulo no New York Times, que fez uma história multimídia fantástica da duas torres do WTC, dos primeiros projetos à derrocada final.

Entre dezenas de fotos, desenhos e artigos, um texto, particularmente, me chamou a atenção. Foi escrito por Ada Louise Huxtable, crítica de arquitetura (isso existe!) e publicado no próprio Times, em maio de 1966, quando as torres começaram a sair do papel. Chama-se Who's afraid of the big, bad buildings? e termina assim:

"Quem tem medo dos grandes prédios maus? Todo mundo, porque há tantos fatores no gigantismo que desconhecemos. A aposta de triunfo ou tragédia numa escala dessas -- pois no fundo é isso, uma aposta -- exige dividendos extraordinários. As torres do Trade Center podem vir a ser o começo de uma nova era dos arranha-céus, ou as maiores lápides do mundo."

Passados 35 anos, as duas profecias se realizaram.




Ganhei do Daniel: bonitinho!


Cuidado: game viciante!

Achei a dica no Stanley. Não recomendo, se você ainda quiser fazer alguma coisa hoje; caso contrário, vai fundo...

7.9.02




Dica do meu amigo Abel Alves: valeu!


Blog!



Blog Cine Fest

A Carminha fez um blog com todos os filmes do festival. Fica aqui.


Lindo!

Vocês já viram, com certeza, aquela imagem de gatinho preto que acompanha o cursor com os olhos, não viram? Bom, agora apareceu uma versão aperfeiçoada, que respira, mexe o rabo, as patinhas, os bigodes e as orelhas... e ainda por cima ronrona!!! Muito bonitinho! Achei na Helenice.

Update: Ele mia, também...! Que fofo :-)


Emergência felina!

Barney, que teve a sorte de encontrar uma galera internauta do bem, precisa de ajuda e de um lar. Ele está em Valinhos, São Paulo.


Blog Cine: últimos filmes

E aqui está a última leva de filmes do Blog Cine Fest. Esta primeira edição do festival foi ligeiramente bagunçada, mas acho que serviu para a gente brincar muito bem. Apareceram uns filminhos ótimos na mostra!

Aqui fica a idéia, para quem quiser levar adiante, com uma página ou blog especial, divisão por categorias, esquema de votação...

VASTOS PENSAMENTOS, Alex Cabedo
OPOSICAO???, Aurea
ETERNAMENTE MEIGO, Borboleta
A VIDA DE ANDRE e VIDA AINDA BESTA, Dilsim
H20 POTAVEL, Estive Espiubergue
BLOG REAL, Estive Spirro
GUERRA ELEITORAL, Joana Ribeiro
PRAZER TOTAL, Juliana Peres
ESQUINA DO DESTINO, Kaya
K1: MEIO MEDÍOCRE, Kerplunkt
PRESENTE DE NATAL, Larissa Lobo
REVELATION, 1.000ton, the monster
ET FAZ CONTATO e MESTRE MATUSA, Pilar, a Inútil
NADA E NADA, tpm


Que horror!

Mas é tão divertido... (thanks, Mario AV!)

6.9.02



Stallman in Rio

Djalma Valois, Mario Jorge, Elis e eu fomos jantar com Richard Stallman no Porcão. Adoro o Stallman, que por baixo da (necessária) intransigência política e do ar geek, é uma figura bem mais doce do que se pensa. Conforme o Djalma já havia me dito, ele cortou o cabelo e aparou a barba -- mas não tanto que se note à primeira vista!

RMS continua tendo os piores modos imagináveis à mesa: come com as mãos, cutuca os dentes com a ponta das unhas, mastiga ruidosamente... faz, em suma, todas aquelas coisas que, se fosse uma criança pequena, a gente punha de castigo. Como é o Stallman, a gente releva. O que este homem têm feito pela nossa liberdade é incomensurável e, por mim, ele pode até comer embaixo da mesa que eu não me importo.

Conversamos sobre uma série de coisas. Como a maioria dos americanos politicamente atentos que conheço, ele está preocupadíssimo com o sistemático cerceamento das liberdades individuais nos Estados Unidos, em nome de uma suposta "segurança". Acha que o governo sabia dos atentados -- concordo com ele; o governo talvez não tivesse noção exata do que aconteceria, mas certamente sabia que algo estava sendo tramado -- e que está usando a histeria coletiva para impor uma legislação que dará ao estado poderes totais sobre os cidadãos.

-- O que está acontecendo lá é assustador, e o pior é que a maioria das pessoas não está nem aí.

Nosso principal assunto foi, claro, o software livre. Perguntei a ele se acha que a Microsoft vem ajudando a causa direitinho e ele respondeu que indubitavelmente sim -- cada vez mais gente se junta ao movimento por puro ódio ao monopólio.

-- Mas, veja, o ódio à MS não deve ser a nossa principal motivação. Quando comecei a defender a idéia do software livre, em 1984, a MS não tinha a menor importância: a ATT é que era a empresa que todos odiávamos e temíamos. O importante é termos consciência de que software é algo importante demais para pertencer a este ou àquele grupo, esta ou aquela empresa.

Depois, o papo descambou para o lado pessoal. Falamos sobre sonhos (o dele é, básica e modestamente, salvar o mundo), música (adora Mestre Ambrósio) e relações a dois. A namorada não quer mais saber dele. Em compensação, ele estava querendo saber tudo sobre a Elis...

Foi uma noite muito divertida.

Ah, sim: uma historinha engraçada que me esqueci de contar, e que pesquei de um comentário postado aqui pela Enigmatic Mermaid, que fez a tradução simultânea da sua palestra em São Paulo. Há um momento já clássico nas apresentações do RMS em que ele põe uma bata e um disco de vinil na cabeça, e se transforma em Santo IGNUácio. Vai daí, alguém sempre pergunta:

-- Por favor, Santo IGNUácio, o senhor poderia me dizer se usar software da M$ é um pecado mortal?

-- Não, não, meu filho... usar software da M$ já é a penitência!

Ah, sim 2: O que a vida informata tem andado agitada aqui no Rio não é brincadeira... Hoje Stallman, ontem macmaníacos... ufa! Aliás, meninos, vocês ficaram todos muito bonitinhos na foto. Vejam no Info etc. da segunda que vem...

Ah, sim 3: Stallman deu um upgrade na sua técnica inigualável de usar três pauzinhos para comer; agora consegue usar quatro! O Djalma tem a foto, quando ele postar eu linko ou trago pra cá.

Ah, sim 4: A Comdex deste ano vai ter um painel imperdível: Stallman e John Perry Barlow vão debater com Hillary Rosen e mais uma pessoa do lado de cujo nome Stallman não lembra. Vou fazer o que puder para estar lá: Barlow e Stallman juntos?! WOW.

Aliás, conversando sobre isso, fiz uma descoberta chocante: a Comdex não paga nada aos palestrantes! Tá, eu nunca imaginei mesmo que houvesse algum cachê para os billgates que fazem os keynotes; pelo contrário, sempre me perguntei se não haveria um dinheiro rolando no outro sentido, isto é, das empresas para a Comdex, dada a visibilidade da abertura. Mas juro que pensei que as outras palestras fossem remuneradas.

5.9.02



Pretérito imperfeito

Fuçando os arquivos do jornal, para descobrir quando escrevi pela primeira vez sobre o Napster, encontrei isso. Foi publicado no dia primeiro de novembro de 1999:

"As gravadoras e a indústria da música em geral estão subindo parede de costas, mas é impossível subestimar o impacto do MP3. Não só pela facilidade de envio de músicas pela Internet, sem nenhuma perda sensível de qualidade (grande trauma das gravadoras) mas, sobretudo, pela praticidade da coisa: não há nada melhor do que ter as suas músicas todas ao alcance do mouse; eu já estou com um disco extra de 6.2Gb só por causa disso.

Ao contrário do que possam pensar os executivos da indústria, que associam automaticamente os termos "MP3" e "pirata", muito pouco disso, mas muito pouco mesmo, já não me pertencia anteriormente, em CD.

Enquanto as gravadoras chiam e vão, inutilmente, protestar junto às autoridades americanas, como acabam de fazer ("Tiooooo!!! Olha só o que eles estão fazendo!!!!" - que atitude ridícula) a turma manda ver. Inúmeros sites de música úteis e inofensivos já foram trucidados pelas companhias; o que mostra quão pouco a indústria de música entende de Internet e, sobretudo, de internautas.

Quando deixar um arquivo MP3 online passa a ser prejudicial à saúde, o que fazem os bons navegantes? Tiram tudo do ar, naturalmente. E se ligam no Napster www.napster.com>, que cria conexões diretas entre as bibliotecas dos usuários. Não temam: no dia em que inventarem um artifício legal para tirar o Napster do ar, aparecerão dez outros sistemas parecidos, quiçá até melhores.

As gravadoras só têm chance de sobreviver ao MP3 se, em vez de ficarem ameaçando a humanidade, aproveitarem (e já!) o extraordinário poder de penetração do MP3, reinventando-se como negócio e, principalmente, mentalidade.

Ah, sim, só para dar idéia das proporções da coisa: no mês passado, "MP3" superou "sex" como palavra mais requisitada nas ferramentas de busca da rede."

Mais tarde, no dia 31 de julho de 2000, escrevi isso:

Ao contrário do que a RIAA pensa (ou diz pensar), a questão do Napster tem menos a ver com pirataria do que com liberdade de escolha, ou seja, liberdade de expressão. Ninguém é ingênuo a ponto de supor que o Napster não é, eventualmente, utilizado para fins escusos - mas as copiadoras da Xerox e os aparelhos de videocassete também são. Tanto que já foram, em seu tempo, alvo de processos semelhantes. Sobreviveram, e nem por isso as editoras ou a indústria cinematográfica morreram.

Sistemas como o Napster oferecem aos usuários algo que jamais tiveram (tivemos!) antes: a possibilidade de acesso imediato a quase tudo o que já se fez ou se está fazendo em música, e não simplesmente ao que as gravadoras acham relevante. Foi preciso que o Napster aparecesse para que eu descobrisse, por exemplo, o repertório sensacional do Chad Mitchell Trio, um grupo dos anos 70 do qual eu só conhecia, até outro dia, uma mísera música. Foi graças ao Napster, também, que encontrei uma gravação melhor do que a outra de "Waltzing Mathilda", a canção nacional dos australianos, e de "Sarie Marais", que os sul-africanos cantam com um nó na garganta. As gravadoras, no entanto, acham que eu só preciso de pagode e de música sertaneja de péssima qualidade.

Toda a gritaria que a RIAA está fazendo em nome de supostos direitos autorais violentados é muito bonita, e tem até algum fundamento, mas não comove ninguém, e por uma razão muito simples: a sociedade como um todo lucra muito mais com a riquíssima diversidade cultural de um Napster do que com a manutenção de um status quo que beneficia, principalmente, os executivos milionários de uma indústria biliardária. Simples assim.

Ouçam Glenn Reynolds, líder da banda techno Mobius Dick e professor de Direito na Universidade do Tennessee:

"A propriedade intelectual não é um direito divino. Não está na Constituição. É só uma ferramenta de política social - não para tornar as pessoas ricas, mas sim para promover inovação nas ciências e nas artes. Quando o sistema se estrutura não de forma a avançar este propósito, mas tão-somente para garantir a preservação da riqueza, perde a sua legitimidade; e quando a própria legislação de direitos autorais passa a ser vista como ferramenta que permite a meia dúzia de ricaços oprimir as massas, poderá haver, sim, uma reação que eventualmente prejudique as gravadoras, ainda que elas dêem um jeito de lidar com o fenômeno Napster. Por mim, sinceramente, isso está ótimo."


Kombi no Rebouças: "Veículo rastreado por fofoqueiro"




Parabéns, Repórter Mosca!
Seja muito feliz, hoje e sempre...


Eu conheço o Hiro!



Blog Cine: mais filmes


DANGEROUS LIASONS, e
RIO 14 GRAUS, an.temp.im
O EIXO DO MAL, André Sá
YETI, O ABOMINAVEL HOMEM DAS CIDADES, e
O AMOR, Chris
PABLITO BOM DE PAPO, Dennis
DESTEMPERO I, II, III, IV e V, Dodô
JOURNEY TO GEROPAN, Dudi
CAFE PARA DOIS, Florião
DIVAGANDO, Helenice
GAROTA DE IPANEMA, e
BLOND GIRL, Heringer
A VIDA E DOCE MESMO, Jan
O CORVO, Lao
CLONES, Lu
ANJO CAÍDO, Pablo Santos
BLOGMANIA, Pataloka
THE GREAT BEYOND, Psico Délia
THE DAY I MET JIMI, Raulzito

4.9.02




Blog Cine: o troféu!

A Flávia, do Blog das Cores, já criou um troféu pro festival! Ela explica a sua origem e fontes de inspiração:

"Como meu forte não é roteiro mas sim o visual, criei um possível troféu para o festival que se aproxima. Qualquer semelhança não é coincidência: seta do mouse, Oscar e Kikito, tudo no feminino. Falta um nome."


Outro barulhinho bom...

3.9.02



Blog Cine: a trama se adensa!


PessoALL, aqui estão os primeiros filmes da mostra! Muito bons!!! Angela, Carminha -- vocês que me parecem as mais entusiasmadas com a idéia, não querem assumir os trabalhos e fazer um blog para o festival?

Respondendo à pergunta da Angela, para onde mandar os filmes: minha sugestão é que os cineblogastas mandem o link e o título das suas produções aqui para os comentários, onde poderão ser vistos por todos e eventualmente pescados por quem se propuser a fazer um blog do festival. Que, cá entre nós, ficaria bem maneiro com um cartaz (voluntários, please!) e um troféu, que o Matusca quer porque quer... (mais voluntários...!)...

JUST HANGING AROUND, Bia, a Badaud
SENTIMENTO, Carminha
BRRRRRR e BRRRRRR II, A MISSAO, Cora
NARCISI MEETS NARCIS, Dudi Maia Rosa
PELA TAM, NÃO!, Eduardo Stuart
RELATIVIDADE, Flavia
ILHA DE KARAS, Leila
RIO 16 GRAUS PARTE 1, 2, 3, 4 e 5, Mario AV
MATUSALEM & MATUSCA, Matu Matu Produções
TUTORIAL e F.A.Q., Oba Fofia
LOUD SKATE TEAM, Roberto Chahim
MONOLOGO, Rossana Fischer
USA/RIO = ou - 10, Stanley
VIVA EL BLOGO LOCO, Suely


Blog Cine Fest

Gente, ampliando uma idéia da Carminha: vamos fazer um festival de cinema dos blogs? Cada um faz seu filme, depois a gente posta eles todos juntos! Podemos criar até diferentes categorias: drama, clima, comédia, blog... o que for. Sem competição, só por curtição, mesmo... E nem seria necessário ter blog -- o grupo dos Comentaristas Sem Blog (Tom, Bia Badaud & Cia...) fica automaticamente convocado. O que vocês acham?

Já há alguns exemplos muito legais linkados nos comentários do post onde eu chamo para o meu curta -- isso sem falar na Angela, pioneira da modalidade: descobri o "estúdio" lá no Tempo Imaginário.


Napster: the end (?)

O WSJ acaba de informar que a venda do Napster para a Bertelsmann AG foi indeferida pelo juiz que cuida do seu processo de falência. Isso, em tese, significa o fim do Napster (que, em termos práticos, já estava morto há tempos): na última sexta-feira, Carolyn Jensen, CIO do Napster, declarou à imprensa que, caso a venda à Bertelsmann não fosse aprovada, a companhia demitiria os poucos funcionários que ainda lhe restam e encerraria atividades.

Caso isso realmente venha a acontecer, encerra-se aqui, de vez, um dos capítulos mais esdrúxulos da história da internet -- aquele em que, não percendo que tinham em mãos a maior e melhor ferramenta de marketing jamais concebida, através da qual poderiam mapear seu público com precisão milimétrica (e, de quebra, ganhar rios de dinheiro -- mas isso é outra história), as gravadoras gastaram alguns quaquilhões para destruí-la.

Com isso, chamaram a atenção do mundo inteiro para as suas práticas abusivas, sua ganância, seu desprezo pelo consumidor e pelo artista, e -- last but not least -- sua infindável burrice cultural e tecnológica.

Enquanto faziam isso, chamavam a atenção do mundo inteiro também para uma outra coisa, ainda mais importante: os sistemas peer-to-peer -- que, até a RIAA entrar na justiça contra o Napster, não passavam de pequenos núcleos de insiders. Na amplificação, a luta virou guerrilha: para cada sistema que a RIAA derrube, aparecem dois novos. Os usuários se dispersaram? Com certeza. Mas a quantidade de gente que freqüenta hoje um Kazaa ou um WinMX é infinitamente superior à que freqüentava o Napster nos seus áureos tempos.

Ninguém precisa chorar pelo Napster. Ele cumpriu o seu destino de forma admirável. Virou a mesa, soltou o gênio da garrafa e liberou a música na rede.

Nada mau para quem viveu tão pouco tempo.


Blog!



Fiz um curta!
Update: fiz uma continuação!


LEIAM:

"Chega da hipocrisia burguesa de que criança tem de brincar, correr livre feito bicho, alienada do contexto social. Chega de fingir que a criança só é feliz quando entra no esquema de consumo que favorece aos Brinquedos da Estrela. Chega de sair por aí falando que são monstros aqueles que colocam as crianças no trabalho.

Abram seus olhos e vejam a realidade social. Não imponham regras que servem, mal e mal, para suas próprias casas de condomínio. Há crianças cuja realidade não inclui piscinas, pomadinhas de proteção solar nem touquinhas para banho. Não inclui sequer alimento, felicidade, fantasia." Continua no ótimo blog do Claudio, um homem que pensa muito bem (mas rolem a tela bastante porque não tem permalink e foi postado no dia 24 de agosto...)


Neste blog há uma excelente lista de links!




Veuve Clicquot em copo de requeijão é isso aí.
Fim de papo.


Ganhei do Dudi, tá?! Não é pra qualquer um não...

2.9.02



Stallman in Rio

Alô, pessoal do Debian, do GNU-Linux, do software livre e admiradores do Richard Stallman em geral: RMS vai estar inaugurando a escolinha do Comitê de Incentivo à Produção de Software GNU e Alternativos (CIPSGA) na próxima quinta-feira, dia 5. A escola fica na Tijuca, na Rua Gonzaga Bastos 25, loja C, e o evento vai ao ar às 16hs.

Para quem espera o guru de barbas e cabelos longos, aviso: já me disseram que o homem está irreconhecível. Agora tem uma noiva oficial nos EUA que é a cara da Ana Paula Arósio, e que andou dando um trato básico no seu (dele) visual. Cortou o cabelo, aparou a barba, arrumou as roupas, uma coisa.

Só vendo...


Mundo animal

Quer dizer... mundo felino!

Novidades:

1) Há um novo blog coletivo na praça, o Causa Felina. Ëstá sendo feito por gente muito boa. Se você tem gatos para dar, quer adotar um gato ou é, simplesmente, um ser humano que conhece o seu lugar, dê um pulo até lá.

2) Várias pessoas me chamaram a atenção para um site que vende CDs para gatos. Disso, realmente, eu nunca tinha ouvido falar. Conheço vídeos para gatos -- uma vez até comprei um para a Família Gato, mas não fez muito sucesso. Mosca e Cotton assistiram um pouco do filme -- quase todo de pássaros -- mas logo se desinteressaram. Acho que não gostaram dos diálogos. O resto da galera nem isso.



3) O Sergio postou no álbum de visitas esta história ótima a respeito de seus gatos:

Tenho dois gatos recolhidos no Campo de São Bento, em Niterói, há cerca de três anos. São da mesma idade, mas de ninhadas diferentes. Hoje falo do Missifús, um gatinho preto e magro, arredio e com alma de caçador. Alma esta frustrada por viver em apartamento... Dois anos atrás pulou do sexto andar atrás de passarinho, por sorte sobreviveu sem seqüelas.

O causo é que outro dia estava assistindo no Discovery Channel a um documentário rodado na Austrália chamado Ten Million Cats, sobre gatos levados para fazendas por colonizadores e que acabaram adaptando-se à vida selvagem no meio-ambiente australiano.
Já havia notado que o Missi prestava atenção no monitor do micro, ficava seguindo o cursor do mouse com muito interesse. Mas no documentário acho que a coisa começou pelos miados em uma cena de acasalamento. O bichinho ficou ligado! Subiu na cômoda e acompanhou tudo até o final.

Mais um tempo e, qualquer documentário de vida selvagem no Discovery ou National Geographic e estava lá o Missi em cima da cômoda de novo. Olhos arregalados, pupilas dilatadas, orelhas em pé. Mais de uma vez ameaçou pular sobre algum passarinho ou rato na tela. O que seria um desastre, já que minha TV fica a uns dois metros de altura.

Mas ele é espectador exigente. Documentários de vida submarina, por exemplo, não funcionam. Apesar dos peixes, que são sua comida preferida. Sua descoberta da TV foi há uns quatro meses -- e a coisa progrediu. Agora se chego em casa e ligo um telejornal, ele pode ficar miando em volta, aquele miado baixinho de gato que implora algo. Aí a solução é tentar achar filme de bichinho, como digo para ele. É claro que não é isso todo dia, só quando ele tem vontade de assistir a alguma coisa.

Daí minha conclusão de que o Missi não só olha para a TV, como entende uma cena de caça, por exemplo. Ele observa, decodifica e reage -- em suma, ele realmente assiste televisão e tem seus programas preferidos. Parece coisa de maluco, mas é o que está acontecendo. Você conhece algum caso parecido? Fiquei curioso de saber, pois nunca ouvi falar e mesmo hoje me parece estranho.


Olha, com esse interesse todo não conheço não, Sergio. Como eu disse, o Cotton e o Mosca assistiram ao vídeo de pássaros (o Mosca corria pra trás da TV sempre que um pássaro saía do quadro) mas logo enjoaram. E o Lucas sempre fica ao meu lado quando assisto a algum filme, mas nem sempre se concentra na ação...



Palavra de expert

Bom, temos, finalmente, uma opinião abalizada sobre o empolgante debate Veuve Clicquot em copo de requeijão versus M. Chandon em taça de cristal! Fala Ricardo Rangel, que sabe tudo sobre vinhos:

Copo certo é *fundamental* para se beber vinho bom, não só por o que ele faz pelo sabor e pelo aroma, como por razões estéticas e filosóficas. No caso do Champagne, que deve ser bebido gelado e que tem gás, all the more so. Beber Champagne em copo de requeijão é um desperdício de prazer e de dinheiro. Nenhuma bebida merece copo de requeijão, mas, se isso é tudo o que se tem, melhor beber cerveja (de preferência Kaiser :-).

A contraposição entre forma e conteúdo pode ser enganosa: no vinho, como na arte, forma *É* conteúdo. Don't take my word for it. Experimente servir Veuve Clicquot em copo de requeijão e Chandon brasileiro em flûte de cristal e veja quem ganha.

Em tempo: não desfaça muito do Chandon brasileiro, não: trata-se de um espumante muito digno. Aliás, o espumante brasileiro é quase sempre a melhor alternativa ao Champagne legítimo, e sempre melhor dos que esses Proseccos que nos enfiam goela abaixo nas festas por aí. No ano passado participei de uma degustação às cegas de espumantes, e um Louis Roederer empatou com o Chandon Excellence brasileiro (!) e perdeu pro Miolo (!!!).



Coisa de gênio!

Manja aqueles livros para crianças em que cada letra corresponde a um animal? Existem mil versões na praça, mas vai ser difícil aparecer uma mais inteligente, mais bem bolada ou mais bem feita do que a do designer Roberto de Vicq de Cumptich (bom, só esse nome já é meio caminho andado...).

Usando uma única tipografia (o Bembo) ele criou os animais todos a partir das letras que compõem o seu nome. É simplesmente genial. Ponto.

Por falar em tipografia, não deixem de visitar o abc Typography, o museu virtual de onde tirei o link pro Bembo do parágrafo acima.

Não é impressionante como tem coisa boa na Web?!

1.9.02



Trovarsi

Marina fez o jogo do currículo com a Angela. Não resisti e fui junto...

Angela: Já dormi numa casa da árvore.
Marina: Ahhhhhh, eu nunca!
Cora: Nem eu!
A: Já beijei vários atores mas nunca na boca.
M: Também.
C: Idem. Aliás, como tem ator por aí, né?
A: Já namorei um francês. Já namorei um italiano.
M: Nunca namorei um estrangeiro, humft!
C: Um americano. Aliás, dois; mas um foi há tanto tempo...
A: Nunca fui expulsa da escola. Mas fui suspensa.
M: Também, fumando no banheiro.
C: Várias vezes; por vários motivos.
A: Já mastiguei hóstia pra ver se era verdade que saía o sangue do Deus.
M: Eu não. Pecado. (Ou já?)
C: Passo: eu sou judia.
A: Já roubei nas Lojas Americanas. Parei. Era muito boa.
M: Nunca roubei nas L.A. Uma vez vi uma colegial roubando uma bala e mostrei pra minha mãe. Eu era bem pequena. Ela me fez crer que aquele era o pior dos crimes. Minha mãe também... francamente!
C: Nem eu. Mas dois meninos franceses amigos meus sim, numa loja em Paris, e foram pegos. E não sabiam se ficavam com mais vergonha de estarem roubando, ou do que roubavam: maquilagem. Bons tempos!
A: Já dancei, mambo, valsa.
M: Nunca...
C: Never.
A: Nunca consegui sambar.
M: Nem eu, mas cheguei a ter umas aulas com Dona Juju, a copeira. Na cozinha do trabalho mesmo (hohoho)
C: Nem pensar, sou um desastre ambulante.
A: Nunca abortei.
M: Nem eu.
C: Nem eu.
A: Já sentei ao lado do Sting.
M: Também, pisc*
C: Eu não!!! :-(
A: Já dormi no colo de um desconhecido.
M: Também! Vôo SP-NY. Dormi direto deitada em cima dele, só acordei quando ele me cutucou pra dizer que a comida ia ser servida. Ele achou normal, sempre tinha ouvido dizer que as cariocas eram "fáceis". Bleargh.
C: Nunca.
A: Já senti desejo e ternura pela mesma pessoa.
M: Também já.
C: Eu também.
A: Já andei de helicóptero com um tio louco, que pousava como se fosse avião.
M: Nunca andei de helicóptero.
C: Eu já andei várias vezes, mas nunca com parentes. Ainda bem.
A: Já fiquei três minutos e cinqüenta e oito segundos sem respirar.
M: Debaixo d'água? Beijando? Se for beijando eu também!
C: Caraca!
A:Já ajudei a construir um veleiro.
M: Ahhh....
C: Já ajudei a consertar um motor de lancha em pleno mar, serve?
A: Já participei de um filme.
M: Já fui figurante de novela, sem querer
C: E eu, de um video-clip.
A: Já beijei um sapo pra ver se virava príncipe.
M: Eca!
C: Beijar não beijei, mas já escrevi sobre um sapo que virava príncipe.
A: Nunca comi caviar ou escargot e jamais comerei.
M: Idem, idem.
C: Como sempre que posso; adoro!
A: Acampei. Muito. Mas nunca consegui montar barraca sozinha.
M: Eu nunca acampei.
C: Nem eu.
A: A primeira vez que entrei no mar tinha seis meses, soube nadar desde sempre, sempre amei o mar.
M: Não sei com que idade entrei no mar pela primeira vez mas também sempre soube nadar.
C: Aprendi a nadar antes de andar: Mamãe me levava pra piscina quando ia treinar. E o mar... bom, o mar estava sempre perto, logo ali. Até hoje.
A: Já tive um pomar.
M: Já tive um pomar também.
C: Eu não.
A: Já tive um filho.
M: Também, dois.
C: Também. Dois.
A: Já caí de moto e me ralei todinha.
M:Já me arrebentei numa mobilete.
C: Vocês, hein?
A: Já tive uma casa.
M: Também. Minha casa tinha sete quartos e uma piscina cheia de escorpiões.
C: Também. Mas menorzinha. Sem piscina. Ou escorpiões.
A: Já saí do meu corpo.
M: Ahhhh! Esse é meu sonho!
C: Eu sairia se pudesse trocar com alguém. Sharon Stone, por exemplo.
A: Aprendi a dirigir com um piloto.
M: Pisc*
C: Eu até hoje não sei se aprendi direito.
A: Já guiei num autodromo. Já fiz a serra de Petropolis no talo, desgarrando no precipício.
M: Uau...
C: Uau...
A: Já fiquei pendurada num precipício.
M: Puxa...
C: Puxa...
A: Já caí de um precipício.
M: Puxa!
C: Puxa!
A: Nunca saí do Brasil mas conheço algumas cidades do mundo como a palma da minha mão.
M:Já saí do país. NY é meu mapa sentimental.
C: Vivo saindo mas, às vezes, o que me dá mais gosto é voltar. E sonhar com novas viagens.
A:Já li meu destino nas mãos, nos astros, na areia, nas cartas, nas pedras, nos olhos, na aura, na alma, no passado e no futuro; nunca o presente.
M: Já leu em borra de café? Perdi o interesse por essas coisas.Nunca conheci ninguém que acertasse. A não ser um rapaz uma vez, que vendia posters do Che Guevara no pilotis da Puc. Ele olhou nos meu olhos e disse: Você está grávida. Pediu licença para apalpar meu tornozelo e teve certeza. Fiz exame, deu negativo. Mas a ciência estava atrasada e ele certo.
C: Fiz meu mapa astral no astrology.com. Tinha que ser, né?
A: Já fiquei cinquenta e três dias sem sair de casa.
M: Por motivo bom ou por motivo ruim?
C: Quando fiquei doente passei quase duas semanas sem sair.
A: Nunca ganhei em jogo.
M: Ganhei 1350 reais num bingo com o Pratinha :))
C: Nem em jogo, nem em sorteio, nada. Nunca.
A: Já engordei quarenta e dois quilos.
M: Sempre fui magrinha.
C: Ai, que inveja!!! Engordei mais de 20 quilos quando fiquei grávida.
A: Conheci seis pessoas que cometeram suicídio.
M: Eu era pequena e minha empregada me levou para ver a vizinha da porta ao lado. Ela estava caída no chão da sala, com o sangue escorrendo do ouvido, nunca vou esquecer. De noite perguntei do que ela havia morrido e minha mãe chutou uma doença qualquer. Não foi surpresa pra mim, eu já sabia que os adultos mentiam. Depois, muitos anos depois, meu primo fez a mesma coisa mas não tive coragem de vê-lo. E no mês seguinte, a Ana Cristina César se jogou da área do seu prédio. Foi o primeiro enterro que fui, como adulta, representando minha família.
C: Conheci. Algumas.
A: Já tive um acesso de riso num velório.
M: Eu sempre em igrejas...
C: Eu tinha sempre, em qualquer ocasião solene. Depois passou.
A: Já tive um acesso de riso numa peça do Geraldo Tomás.
M: Hohoho (acho que também teria)
C: Bem feito!
A: Já tive um acesso de riso na cama.
M: Hummm
C: Hummm
A: Já tive olho no olho com uma onça pintada.
M: Ahhh
C: Já tive sérias discussões com os gatos.
A: Aliás, no quesito natureza, já corri de jacaré, já fui abraçada por urso, já fui perseguida por coruja, já fiquei agarrada às cordas do píer enquanto passava o tornado.
M: To começando a achar minha vida sem graaaaça....
C: Eu também, Ma!
A: Já caí do cavalo.
M: Também, e desmaiei.
C: Só andei em pangarés mansos de pracinha, quando era criança, e olhe lá.
A: Nos verões da minha infância nadei com golfinhos.
M: :)
C: Nadei com golfinhos em Noronha.
A: Jamais imaginei que fosse precisar ir tantas vezes a uma delegacia.
M: Só fui a uma até hoje.
C: Eu também: em Roma, onde me assaltaram.
A: Já perdi a oportunidade de ficar calada.
M: Eu tantas....
C: Eu prefiro não falar nesse assunto.
A: Já chorei por compaixão.
M: Muito, muito
C: ihhhhhhhhh, demais!
A: Já ri de desprezo.
M: Idem.
C: Não, nunca. Gostaria.
A: Já me achei o máximo.
M: Também...Ai, que saudade (heheh)
C: E eu...! Nem me lembro mais da sensação: deve ter sido há pelo menos uns dez quilos.
A: Já me achei.
M: Esse é o ano em que vou me achar. Inshalá!
C: Eu achava que achei, mas descobri que não. Agora estou procurando. Se alguém souber de um caminho mais curto avise, por favor.